Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei,
pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Gálatas
5:1.
A religião é um presídio de segurança máxima que o Diabo
inventou para aprisionar os tontos que buscam a independência de Deus. Ela dá a
impressão de que você está livre, mas as suas exigências são asfixiantes.
Ninguém pode viver livremente em liberdade condicional. Essa liberdade vigiada é
uma mentira do inferno.
Adão se tornou um prisioneiro do pecado e a sua descendência já
nasceu algemada. Não há livre arbítrio para o pecador que só pode pecar. Todos
nós viemos ao mundo sob a ditadura do pecado e encarcerados ao nosso ego.
Os nossos primeiros pais foram livres antes do pecado. Eles
podiam pecar e não pecar. Depois da queda, a história é outra. Nascemos
pecadores ou escravos do pecado.
A religião é uma proposta que visa ao homem pecador alcançar a
Deus pelos seus méritos, justiça pessoal e boas obras. Ela propõe a aceitação de
Deus pelos feitos dos seres humanos que se esmeram na conduta e conquista dos
seus direitos de filiação.
O evangelho é outra realidade. Ele não focaliza o que fazemos
para alcançar a Deus, mas o que o próprio Deus fez para nos alcançar,
salvando-nos de nós mesmos e nos libertando de nossa teomania, isto é, nossa
loucura de querer ser Deus.
A religião escraviza, mas o evangelho liberta. A religião exige
o cumprimento da lei como forma de nossa aceitação. No evangelho, Jesus cumpre a
lei e nos atribui, pela fé, a sua justiça como a realidade espiritual de nossa
aceitação. E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a
quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: Romanos 4:6.
A liberdade é um dos patrimônios mais preciosos dados pelo Pai,
o Deus de toda a graça, aos seus filhos amados, que caminham em plenitude rumo à
Nova Jerusalém. Nenhum filho de Abba pode andar neste mundo, alegremente, como
um bem-aventurado, sob um regime de custódia ou aprisionado em uma gaiola de
ouro. Ninguém pode ser feliz vivendo em cadeias de grades de ferro ou em grades
invisíveis.
Apresento esta lenda chinesa como uma ilustração bem
interessante, para que você possa avaliar os sistemas de aprisionamento usados
pela religião, em nome do amor, a fim de sufocar as pessoas que pretendem
mantê-las em cárceres apertados. Considere este assunto com toda atenção, pois é
preferível um pássaro voando a um bando aprisionado.
O ROUXINOL E A GAIOLA DE OURO
Conta uma antiga lenda chinesa que certo dia o Imperador,
passeando pelos jardins do palácio, ouviu cantar um rouxinol. E era tão lindo o
seu canto, que as cores pareciam tornar-se mais vivas e o mundo mais belo.
Encantado, determinou que o pássaro fosse capturado e levado ao
palácio, para que pudesse ouvi-lo cantar em todas as horas do dia; e que os mais
hábeis artesãos recebessem os metais mais preciosos e as gemas mais raras, para
que pudessem construir a mais rica gaiola que já se viu neste mundo.
Assim se fez. E ao pássaro extraordinário foi reservado um
local de honra, no palácio, onde a esmerada iluminação fazia refulgir todo o
esplendor da magnífica gaiola.
Entretanto, o rouxinol definhava a cada dia. As suas penas,
antes brilhantes e vistosas, tornaram-se opacas e nunca mais se ouviu o seu
canto.
O Imperador ordenou, em vão, que lhe fossem trazidos os mais
atraentes e saborosos petiscos, que com as próprias mãos ofertava ao pássaro
amado.
Um dia, o rouxinol fugiu. E nem todos os emissários do império,
enviados pela China inteira, foram capazes de encontrá-lo novamente.
Então a tristeza dominou o Imperador, minando as suas forças.
Em pouco tempo viu-se o poderoso regente preso ao leito, dominado por misteriosa
e persistente doença. Fizeram de tudo e de nada adiantavam os remédios
receitados pelos maiores médicos do mundo, que para curá-lo, foram chamados.
E veio uma madrugada em que, em meio ao delírio da febre,
julgou o Imperador ver ao pé de seu leito o rouxinol.
Queixou-se, desvairado: - Ingrato, eis que te dei tudo de
mim! Dei-te a gaiola mais rica que jamais existiu, o melhor lugar do palácio e
até mesmo os melhores petiscos do mundo, com as minhas próprias mãos!Eu te amava
e mesmo assim me abandonaste!
Respondeu-lhe o rouxinol: - Dizes que me amavas... e, mesmo
assim, era mais importante a tua vaidade. Para que todos pudessem ver e ouvir o
pássaro maravilhoso que possuías, me encerraste em uma gaiola, ao teu lado,
privando-me de tudo que eu mesmo amava. Julgas, acaso, que a gaiola mais rica
possa substituir a beleza e a imensidão do céu? Ou que os esplendores do palácio
me sejam mais agradáveis que voar livre entre as flores, vendo a sua beleza e
respirando o seu aroma, sentindo o calor do sol e o orvalho fresco da
manhã?
Certo é que me alimentaste com as tuas mãos e que para mim
procuraste os petiscos que melhores julgavas. Mas como podes acreditar que me
fossem mais saborosos que os alimentos por mim mesmo escolhidos e por meu
próprio bico colhidos?
Porém, não me cabe julgar-te. Sei que é assim entre os
homens; o que chamais amor não é senão a satisfação das vossas vontades. Em nome
do que dizeis sentir, buscais acorrentar a vós aquele que jurais amar; e não
acreditais que alguém vos ame, a menos que se curve a vossos desejos, esquecendo
as suas próprias necessidades. O que chamais “dor de amor” é, na verdade, o
vosso egoísmo contrariado.
Deixa-me, apenas, mostrar-te o que é o amor. Porque, embora
os emissários que enviaste para capturar-me não me tenham encontrado, eu jamais
me afastei de ti; escondi-me em um arbusto do jardim, de onde, às vezes, podia
ver-te, sem que me visses.
E renunciei ao canto, que me denunciaria, para desfrutar da
liberdade.
Entretanto retorno, agora que precisas de mim. E apenas te
peço que não tentes prender-me, ou o amor se perderia na revolta. É certo que
não estarei contigo todo o tempo que quiseres, mas hás de ouvir-me sempre que me
for possível.
Deixa-me cantar para ti porque te amo, não porque assim o
desejas!
Raiava o dia. E o Imperador, já melhor da febre que o
castigara, julgou ouvir um som maravilhoso que se espalhava pelo quarto,
trazendo de volta a alegria e as cores da vida. Abriu os olhos para a luz do
amanhecer, como se os abrisse para a esperança.
No parapeito da janela, cantando como nunca, estava o
rouxinol.
A religião é a gaiola de ouro. É o lugar da clausura e da
tristeza, enquanto o evangelho é a liberdade do Jardim da ressurreição Jesus
Cristo. Se você canta acuado, o seu louvor é um lamento. É horrível ver crente
religioso cantando sob pressão.
Pouca coisa diz tanto como o canto livre do passarinho liberto.
Se você é de fato um filho de Abba, você faz parte do coral alforriado
que adora com liberdade, sem medo de ser um bem-aventurado. Felizes são os que
vivem fora das gaiolas como rouxinóis diante do trono de Sua Alteza, o Rei dos
reis. Aleluia.
Solo Deo Glória
| |
O propósito deste blog na sua forma completa é capacitar seus leitores a entenderem a Bíblia. Apresenta instrução básica eficiente do ponto de vista bíblico. Procura remover todas as falsas pressuposições racionalistas, moralistas, antropocêntricas e idólatras que já infectaram,e, na medida desta infecção, cegaram todo homem e toda cultura deste mundo a partir da queda de Adão.
domingo, 6 de maio de 2012
A RELIGIÃO OU O EVANGELHO?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário