domingo, 6 de maio de 2012

QUEM É O FILHO DO HOMEM?

E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Mateus 16:13
Esta foi a pergunta que o Senhor Jesus fez aos seus discípulos: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Entre aqueles que se lhe opunham, alguns diziam que Ele estava possuído de demônios, outros o acusavam de glutão e beberrão. Na verdade, o Senhor Jesus não estava preocupado em saber o que os homens estavam falando a Seu respeito – quer bem, quer mal.
A pergunta levantada por nosso Senhor Jesus não foi se Ele era o Filho do homem, mas quem esse Filho do homem era. Aqueles que esperavam a chegada do Messias diziam que Ele era João Batista, outros afirmavam ser Ele Elias, Jeremias ou algum dos profetas. Nicodemos disse que Ele era um mestre que veio da parte de Deus. A mulher samaritana disse que Ele era um profeta.
O que realmente Jesus desejava saber era o que os discípulos pensavam Dele. Jesus queria extrair dos discípulos: Há diferentes opiniões a meu respeito, mas o que vocês dizem quem Eu Sou? Então, Pedro confessou a sua fé, respondendo-Lhe: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Essa confissão não foi uma simples opinião, mas uma revelação sussurrada por Deus Pai ao ouvido de Pedro.
A resposta de Pedro foi muito clara. Pedro confessa que Jesus é o Cristo. Ele era Aquele que devia vir, o Messias que Deus tinha prometido. Nessa revelação podemos ver dois pontos importantes: Pedro confessou Jesus como Cristo, e, mais, que Jesus é o Filho de Deus. O primeiro está relacionado com a Pessoa de Jesus, e o segundo com os Seus feitos.
O salmo segundo havia anunciado que, apesar das manobras dos chefes perversos do povo e da orgulhosa inimizade dos reis da terra, o Senhor seria consagrado sobre o monte Sião. Era o Filho, gerado de Deus: Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Salmo 2:1-2.
Contudo os reis e os juízes da terra são chamados a se submeterem Àquele que toma as nações por Sua herança: Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Salmo 2:6-8.
Quanto à pessoa do Senhor Jesus, Ele é o Filho de Deus, mas quanto à Sua obra, Ele é o Cristo de Deus. O Filho refere-se ao que Ele é; o Cristo refere-se ao que Ele faz. Filho indica Sua relação com o próprio Deus, enquanto Cristo fala do Seu relacionamento com o plano de Deus.
Pedro confessou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus não é apenas Aquele que cumpre as promessas e responde as profecias. Do Deus vivo Ele é Filho. Filho Daquele em Quem está a vida e o poder vivificante. O filho herda desse poder de vida em Deus, um poder que tudo vence e que não pode ser destruído. Quem poderá destruir essa vida? A vida de Deus é eterna.
O Filho do Deus vivo não será vencido. Por isso, aquele que está em Cristo jamais será derrubado ou destruído pelo império da morte. O homem sucumbiu e se tornou escravo do pecado e sob o domínio da morte. Mas, Deus em Cristo triunfou sobre o poder da morte - na ressurreição de Cristo a morte foi vencida.
A ressurreição foi a demonstração desse poder. A morte foi vencida. O brado de vitória pode ser dado por todo aquele que está em Cristo: E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Coríntios 15:54-57.
Depois da confissão de Pedro: Jesus, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Mateus 16:17. Pedro precisava saber que essa declaração não tinha sido fruto da sua imaginação; não tinha como origem a sua própria mente. Era uma revelação dada por Deus. Isto ficou claro para Pedro. Foi significativo para ele ouvir da parte de Jesus que esta revelação veio de Deus; isso porque, somos propensos a assumir a autoria daquilo que não é nosso. Nesse campo precisamos ser cuidadosos.
O Senhor prossegue falando: Pois também e te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Mateus 16:18. Esta declaração: “sobre esta pedra”, remete a revelação de Pedro, quando ele disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Novamente afirmamos que essa revelação não foi baseada em opinião pessoal nem em ensinamentos humanos, mas veio diretamente do coração de Deus Pai.
A pedra é Cristo, o Filho do Deus vivo. Essa revelação é absolutamente necessária aos homens. Somos agregados à família de Deus por essa revelação. Porque é em Cristo crucificado que obtemos a morte para o pecado. É em Cristo crucificado que vemos o nosso velho homem crucificado. É em Cristo crucificado que vemos o fim do nosso eu.
Jesus ensina aos Seus discípulos que a cruz é o único caminho, o caminho estabelecido para quem quisesse segui-Lo: E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Lucas 9:23-24.
Não há alternativa, a cruz determina o fim de nós mesmos, e, pela ressurreição, somos colocados diante de Deus. Cristo crucificado e nós crucificados com Ele é o fundamento da nossa salvação. A nossa morte com Cristo golpeia o velho homem, aniquilando-o por completo: Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Romanos 6:7
Precisamos conhecer o Senhor Jesus como Filho de Deus, mas para tanto, é necessário que se tenha a revelação da Pessoa de Cristo. Porque foi em Cristo que o nosso eu pecaminoso foi crucificado. Foi na nossa morte com Cristo que Deus nos transportou do império das trevas para o reino do Filho do seu amor. Muitos querem se relacionar com Jesus, mas não querem perder a sua própria vida.
Quem é Jesus? O Cristo, o Filho do Deus vivo. O apóstolo Paulo inspirado por Deus, nos revela quem é o nosso Senhor Jesus Cristo e a posição que ocupa no universo: Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude. Colossenses 1:15-19.
O propósito de Deus é que Seu Filho tenha total supremacia sobre todas as coisas e que este universo esteja sob o Seu governo. O centro governante deste universo é Ele, o Filho de Deus - a explicação da criação. Se não fosse por Ele, nunca teria havido uma criação. Tire-O fora e a criação perde seu propósito e seu objetivo, e não precisa mais ir adiante.
Cada átomo deste universo inteiro mostra a glória de Jesus Cristo. Nele, tudo subsiste, se não fosse o Senhor Jesus Cristo, o universo inteiro se desintegraria, desmembrar-se-ia; ele estaria sem seu fator unificador; ele cessaria de ter uma razão para ser mantido como uma completa e concreta unidade.
Aqui também se encaixa toda a gama da “redenção que está em Cristo Jesus”. A obra universal que Ele consumou por meio de Sua cruz destruindo a obra do diabo e, potencialmente, o próprio diabo. A eficácia de Seu incorruptível sangue, e a provisão de justificação e santificação para todos os que creem, estes, por regeneração, se tornam uma nova criatura em Cristo Jesus.
O altar de bronze do tabernáculo, assim como o do templo, era um altar bem grande. Era possível pôr toda a mobília restante do tabernáculo inteiro dentro dele. Sim, o altar tem que ser bem grande; deve haver um grande espaço para Cristo crucificado. Ele irá preencher todas as coisas e Ele será a plenitude, e não haverá lugar para nós no final de tudo.
Não importa o quanto lemos e estudamos, nunca teremos a explicação do universo, no todo ou em parte, até que venhamos a enxergar o lugar do Senhor Jesus no eterno propósito de Deus. As simples, contudo abrangentes, palavras “toda a riqueza” nos revelam a grandiosidade do Filho de Deus: Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo. Colossenses. 2:1-2.
Que Deus pela Sua graça abra os nossos olhos para vermos a beleza do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Solo Deo Glória

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