domingo, 9 de setembro de 2012

À SEMELHANÇA DO AUTÊNTICO



Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. João 7:24.
Um dos grandes problemas do ser humano é a aparência. Todos nós temos uma tremenda dificuldade em analisar os fatos, quando há ampla semelhança entre a realidade e a imitação. As cópias e os covers têm causado dificuldades terríveis no campo da ética e a falsificação, prejuízos incalculáveis no comércio. Muitas vezes ninguém sabe qual é o verdadeiro ou o falso. Isto também é uma charada indecifrável no seio da igreja.
Há muita gente parecida com cristão que não é cristã. Tudo começa com a origem. A cria de um tucura é um tucurinha. Tucura é gado sem raça aprimorada. Filho de Nelore PO (Puro por Origem) tem genética de qualidade no sangue. Nenhum criador experiente confunde um tucura pé-duro com um Nelore de elite. Vamos trabalhar neste exame aqui, do ponto de vista cristão. Quem é quem no reino da graça?
O fato de alguém ter um comportamento parecido com a conduta cristã, não significa que aquela pessoa é de fato uma filha de Abba. O humanismo é especialista em imitações baratas. O joio é semelhante ao trigo, assim como muitos religiosos são falsificações do verdadeiro cristianismo. Mas, ninguém os julgue segundo a aparência.
Há uma turma enorme que gosta demais de atuação. O mundo do desempenho fascina os alucinados pelo exterior que querem ver apenas a fachada. Para estes iludidos com a forma, o apóstolo Paulo rebate: Não nos recomendamos novamente a vós outros; pelo contrário, damo-vos ensejo de vos gloriardes por nossa causa, para que tenhais o que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração. 2 Coríntios 5:12.
A aparência e o coração são duas realidades diferentes. “Quem vê cara não vê coração”, diz o adágio popular. Sócrates foi irretocável, mas faltava-lhe a vida de Cristo. O centurião Cornélio era justo, mas não era novo nascido. Ele tinha casca e não cerne.
Saulo foi um religioso de exterioridade. Viveu como fariseu, que segundo Jesus, é a turma velada do sepulcro caiado. A religião farisaica só se preocupa com o reboco. Passa massa corrida em parede deteriorada. Além do que, sepulcro pintado é apenas o depósito da carniça no seu íntimo, de forma abafada. Paulo não queria mais esta hipocrisia em sua vida cristã aceita pela graça incondicional de Cristo. Ele pulou fora.
A academia das aparências e a passarela dos esnobes foram sempre lutas na vida deste homem sem apreensão com o desempenho. Ele foi contundente ao dizer: E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram; Gálatas 2:6. Paulo não estava preocupado com a importância de Pedro, Tiago e João. Ele queria ver a vida de Cristo neles.
Esta é a questão fundamental. Não é tão-somente a conduta correta que deve ser observada, mas o caráter manso e humilde de coração manifesto pela vida de Cristo. Aqui reside o ponto central da vida autêntica. Cristo vive em mim? Sim, é santificação.
Ouvi, algum tempo atrás, uma mensagem gravada, em que o pregador dizia que o novo nascimento não era o fato mais importante da vida cristã. O mais importante era o crescimento espiritual. Como? Perguntei sem cerimônia. Eu estava sozinho e a pergunta veio ao vivo e gritante. Eu sou limitado, mas não posso admitir o crescimento de alguém que não nasceu. Como pode haver crescimento espiritual de um morto?
Pouco tempo depois ouvi outra pessoa dizer que não era preciso evangelizar alguém que convivia na igreja. Se ela estivesse frequentando a igreja, era porque tinha sido evangelizada, por isso mesmo, só precisava ser alimentada para o seu crescimento espiritual. Ninguém poderia estar na igreja, se o Pai não tivesse trazido. Uau!
Eu pensava que a velha doutrina que dizia: “só há salvação na igreja”, havia sido explicada e resolvida com a reforma protestante, mas parece que a coisa continua viva e ativa pelos meandros da eclesiologia atual. Só que eu não consigo digerir essa coisa.
A pergunta do salmista me estimula: Até quando julgareis injustamente e tomareis partido pela causa dos ímpios? Salmos 82:2. Jesus falou de novo nascimento para um religioso de estirpe. Nicodemos era um mestre da religião judaica, que vivia no templo, ensinando nas sinagogas, mas não havia nascido do alto. Ele era um homem justo, que não havia sido justificado. Era uma pessoa reta, que nada sabia da santidade em Cristo.
Conforme a Bíblia, o grão de trigo precisa morrer para poder dar fruto. Jesus era o grão de trigo e ele precisava morrer para poder gerar vidas renascidas. Mas, como um homem sem pecados poderia morrer? Campbell Morgan dizia que é não-natural a morte de um homem sem pecado. Desde que o salário do pecado é a morte e, Jesus, um homem sem pecado morreu, todos têm que concluir que aquela morte não poderia ser a sua.
Segundo Jesus, sem o novo nascimento, ninguém poderá entrar no reino de Deus. Não há novo nascimento ou nascimento do alto sem a morte do único homem que veio do alto, Jesus. Ora, Jesus, o homem do alto, o homem sem pecado não poderia morrer, jamais. Mas ele morreu, logo, ele teve que assumir o pecado de alguém para poder morrer, já que só o pecado, de acordo com a Bíblia, pode levar alguém à morte.
Não há nascimento sem a morte da semente. Esta é uma lei biológica, mas também espiritual. Antes do nascimento é necessário que a semente morra. Insensato! O que semeias não nasce se primeiro não morrer; 1 Coríntios 15:36. Antes do novo nascimento é preciso que Adão seja crucificado com Cristo. Não tem outro jeito. É a lei do plantio.
Para Lance Lambert, judeu messiânico da atualidade, “não há vida de ressurreição nem poder sem a morte da cruz. Se você e eu vamos conhecer, em experiência, a vida mais abundante, a vida que transborda. Se vamos conhecer a vida de ressurreição e poder, então, nós temos de conhecer a morte da cruz trabalhando em nós”.
A base do novo nascimento é a morte da velha vida na cruz com Cristo e a substituição daquela vida pela nova vida ressurreta de Cristo. Adão não pode ser educado ou reformado espiritualmente falando. Para Adão não há recuperação. Ele tem que morrer. E a única morte que engloba a natureza adâmica é a morte de Jesus, o homem sem pecado, incluindo os pecados da raça humana, no seu corpo, sobre o madeiro.
Para Lambert “a chave verdadeira para a vida transbordante, para a vida mais abundante, a vida de ressurreição, não é o quanto eu vivo, mas o quanto eu morro. O problema não é como viver a vida cristã. O problema é como morrer. Se você tiver o segredo de morrer com Cristo, não terá de aborrecer a mente sobre como viver a vida cristã”.
Temos que examinar com imparcialidade. São também estes provérbios dos sábios. Parcialidade no julgar não é bom. Provérbios 24:23. Julgar pela aparência é uma temeridade. Ver a conduta e não analisar a fé que procede do coração quebrantado e contrito é muito arriscado. Sem a morte do velho homem não há possibilidade do nascimento do novo, criado em Cristo Jesus. Não há nova criatura sem a morte da velha.
O ser humano nasce no mundo como um ser perverso. Jesus nasceu aqui como justo. Agora estamos com um problema teológico sério em razão de sua morte, diante deste texto de Salomão. O que justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro. Provérbios 17:15. Como o Senhor pode sair desta abominação que justifica o perverso e condena o justo, sem ferir seu caráter divino?
Jesus era justo, não tinha pecado algum. Nós somos pecadores e por isso, perversos por natureza. Como podemos ser justificados por aquele que não pode ser condenado? Esta é a obra do evangelho da graça. Fomos atraídos por Jesus na cruz e ele assumiu os nossos pecados como se dele fossem. Assim, o justo é condenado como perverso e os perversos são justificados, a ponto de serem feitos justos, pela justiça divina em sua graça.
Esta justiça não é comportamental à primeira vista, mas imputada. Somos justificados pela sua justiça, enquanto ele foi condenado pelos nossos pecados. Mas a coisa vai mais longe, pois ele não somente levou os nossos pecados, mas nós também fomos incluídos em seu corpo para morrermos juntamente com ele.
A minha experiência com Cristo não é uma questão de aparência. Nada tem a ver com a conduta humana, mas com a vida de Cristo. Paulo, vergastando os teóricos da religião que se preocupavam com o comportamento, foi decisivo: Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade. Colossenses 2:23.
A vida do cajueiro é uma questão da semente. Nela está a essência genética da planta e o poder do seu crescimento. A coisa mais importante para a vida do cajueiro é o seu nascimento e, a coisa mais importante para o seu nascimento é a morte da semente. O cajueiro não pode crescer se não nascer e, também, não pode nascer se a semente não morrer. É verdade que o solo, a água e os nutrientes vão ter grande importância no seu desenvolvimento, mas se não nascer, nada disso tem qualquer valor para ele.
Não adianta o tucura querer viver como se fosse um Nelore. Aqui estamos diante de uma questão genética. Se você tem a natureza de Adão, você vai se desenvolver dentro da sua natureza adâmica. Você pode até mascarar muitas coisas, mas será sempre um adâmico. A vida de Cristo é uma questão da Sua natureza. Não adianta tentar imitá-la, pois ela só se manifesta pelo caráter do próprio Cristo, vivendo em nosso ser. Aleluia. Amém.

Solo Deo Glória.

AS ESTRATÉGIAS DE SATANÁS PARA A DESTRUIÇÃO DAS FAMÍLIA




Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte, corrompidos os vossos entendimentos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. 2 Coríntios 11:3.
A primeira instituição criada por Deus foi a família. Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne. Gênesis 2:24. O homem e a mulher foramformados e criados para viver em comunhãodentro do matrimônio. Os filhos são bem vindos, são heranças do Senhor, como extensão desse relacionamento. Famílias que vivem debaixo da vontade e dos propósitos de Deus são famílias estruturadas e, consequentemente, famílias sadias, que geram sociedades sadias. Por essa razão, a família tem sido muito atacada nos dias atuais. O inferno tem se levantado com todas as forças para destruir as famílias. Os ardis do inimigo são muito sutis. É difícil percebê-los, principalmente porque esses ardis estão sempre mascarados de coisas boas.
O povo que se diz cristão está assistindo a queda da família como se nada estivesse acontecendo. As famílias estão indo a passos largos para o inferno, pois o foco e a preocupação estão em amealhar riquezas, as quais estão destinadas para o fogo eterno. Percebe-se hoje que a busca por riquezas, status e poder domina tanto incrédulos como cristãos. Observa-se a terceirização da família, a transferência de responsabilidade. O projeto dessas famílias sempre é pautado por aquilo que se quer dar aos filhos, em termos materiais. Porém, isto é muito sutil, porque quando buscamos em primeiro lugar o dinheiro, Deus não está ocupando o lugar que deveria ser Dele.
Uma das principais estratégias de satanás é encobrir o evangelho da glória de Cristo Jesus, como está escrito: Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 2 Coríntios 4:3-4. Não existe nada mais poderoso neste universo criado por Deus, do que o evangelho da atração em Cristo Jesus. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. João 12:32.
Esse fato extraordinário da graça de Deus manifestada em Cristo Jesus precisa ser revelado por meio do Santo Espírito de Deus. É necessário crer de todo o coração e mente que, na morte de Cristo, toda a humanidade foi atraída, morta, sepultada e ressuscitada juntamente com Ele, pois tão somente quando esta for uma experiência real é que se pode ser liberto do poder das trevas e de satanás, como está escrito: Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor. Colossenses 1:13.
Agora, se satanás conseguir manter as pessoas na ignorância quanto a esse tão importante fato, ele não precisará fazer absolutamente mais nada, pois a ignorância quanto a obra sobrenatural da redenção em Cristo, já é o suficiente para destruir todo ser humano e, consequentemente, suas famílias.
É dever urgente dos pais que têm essa revelação pregar a Cristo crucificado para sua família. A palavra de Deus é clara em dizer: Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a Fé e é pior do que o incrédulo. 1 Timóteo 5:8.
É verdade que só um crucificado pode pregar a Cristo crucificado. Só um reconciliado pode reconciliar. Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. 2 Coríntios 5:18-19.O maior presente que um pai pode deixar a seu filho é a certeza de que ele vai adentrar no Reino de Deus não pelos seus próprios esforços, mas pela graça de Deus na pessoa de Cristo. Os filhos precisam ouvir essa mensagem da boca de seus pais.
Outra estratégia que o inimigo tem utilizado nos dias atuais é a desvalorização do papel da mulher estabelecido pela sabedoria e presciência de Deus. Ele providenciou para os homens uma auxiliadora para ajudá-los nesse tão importante papel de liderar uma família para a glória de Deus. Disse o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. Gênesis 2:18.Infelizmente,muitos maridos entendem erroneamente que Deus teria criado a mulher para ser capacho do homem, para ser escrava subserviente, para ser aquela que atende suas necessidades sexuais. Auxiliados por esse machismo que vem do mais profundo inferno, eles não tratam as esposas como deveriam, ou seja, como um vaso mais frágil. Por essa razão, sofrem as consequências de sua insensatez.
Maridos! Saibam de uma coisa: quando o relacionamento marido e esposa não está de acordo com os planos de Deus, os filhos se perdeme a família fica desestruturada. As consequências são muitas: filhos com baixo desempenho escolar, filhos doentes e que até regridem no processo de aprendizado. Aliás, esses são inclusive alguns recursos que os filhos se valem na tentativa de reconciliar o casal novamente. O maior presente que os pais podem dar a seus filhos é a certeza que o papai e a mamãe se amam, e aconteça o que acontecer eles estarão sempre juntos.
Todo cristão precisa urgentemente se equipar com a armadura de Deus. O inimigo conhece muito bem as dificuldades e os pontos fracos de cada um e sabe atacá-los como ninguém. A Palavra de Deus é clara em dizer que todo cristão não deve ignorar seus ardis, que precisa equipar-se com essa armadura: Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Efésios 6:11. Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Efésios 6:16. Paulo também nos ensina: Para que satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. 2 Coríntios 2:11.O inimigo tem seus estratagemas, suas sutilezas e suas artimanhas para enredar e manter o homem debaixo de sua mão opressora. Por isso, é necessário que todo crente esteja vestido adequadamente para enfrentar a batalha e permanecer inabalável nos dias maus.
Jesus foi enfático ao dizer: Já não falarei muito convosco, pois se aproxima o príncipe deste mundo. Ele nada tem em mim. João 14:30.Com a aproximação de satanás, Jesus não disse que ele não tinha nada haver com ele, o que seria uma resposta verdadeira, mas Ele disse: Ele não tem nada em mim! Sem sombra de dúvidas, isso está escrito para o ensino. Então, a pergunta que deve ser feita é: o que o príncipe deste mundo tem em mim? Se ele tem algo em mim, é porque permiti que ele se colocasse em minha vida. Talvez por ser um crente morno, misturado com o mundo, que não está equipado com a armadura de Deus. Podemos estar sofrendo os ataques de satanás por termos nos conformado com este mundo.
Outra estratégia de satanás para com o povo de Deus é atacar a mente. O principal acesso na vida dos cristãos é pela mente. A mente tornou-se um campo de batalha, onde o inimigo ataca incansavelmente. Por isso, a exortação de sermos vigilantes e de levarmos todo o pensamento cativo à obediência de Cristo. As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas. Derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo. 2 Coríntios 10:4-5.O cristão deve pensar nas coisas do alto, ocupar a mente com tudo o que é verdadeiro, honesto, puro, justo e amável, permitindo que a palavra nele habite ricamente.
Pela regeneração, pelo novo nascimento, o inimigo perde todo acesso, todo controle que outrora possuía sobre o homem. A Palavra de Deus diz que ele está como um leão velho, fraco e desdentado a rugir em derredor do crente. Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar. 1 Pedro 5:8.
O cristão não deve nem valorizar nem subestimar o inimigo, mas deve colocá-lo em seu devido lugar, ou seja, debaixo dos pés de Jesus Cristo, o Salvador. Quando o apóstolo Paulo começa a falar sobre a armadura de Deus, ele diz: No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Efésios 6:10.Somente quando o crente está fortalecido no Senhor e na força do seu poder, é que pode ser mais do que vitorioso, porque sem Ele nada se pode fazer.
A maior necessidade do cristão hoje é andar na presença de Deus. É não ser um crente morno. É colocar Deus em primazia na sua vida. É render-se diante Dele e lhe dizer: “Pai eu preciso de ti. Sonda-me, conhece o meu coração”. É ficar o tempo todo em sua presença para realmente sair vitorioso contra as astutas ciladas do inimigo, para conseguir ser o bom perfume de Cristo e ter uma família equilibrada que glorifique a Deus. Não se deve permitir ser menos do que a graça de Deus pode fazer na sua vida, e na vida de suas famílias. Pelo poder de Deus, fomos desarraigados desse mundo tenebroso.
O trabalho de satanás é fazer o crente conformar-se com este mundo e, dessa maneira, fazê-lo perder a batalha. Por isso, a exortação: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2.
Que nosso Deus e Pai possa abrir os olhos do nosso entendimento, para reconhecermos as astutas ciladas de satanás, sermos pessoas saradas para poder sarar nossas famílias e viver não olhando para trás, mas para o alvo da nossa vida, a bendita pessoa de seu filho Jesus Cristo. A Ele e somente a Ele seja a glória para todo o sempre. Amém. 

Solo Deo Glória.

sábado, 8 de setembro de 2012

NÃO VOS ENGANEIS

Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. 2 Coríntios 11:3.
A natureza do engano constitui-se de aparência de sinceridade, de pureza e de semelhança. O Diabo não se apresentou a Eva abertamente dizendo: "Eu sou o diabo, o inimigo de Deus, e venho para O caluniar e arruinar-te". O engano da serpente veio adornado da proposta "como Deus sereis". O homem não-regenerado está na condição de enganado: Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Tito 3:3. O religioso que anda segundo a lei também está nesta condição: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Mateus 23:27. O homem é antes de tudo enganado pelo seu próprio coração: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Jeremias 17:9.

O temor de Paulo não era que os coríntios rompessem de forma aberta e completa com Cristo, mas que se afastassem paulatinamente da simplicidade e pureza que haviam aprendido para as invenções estranhas e doutrinas de falsos mestres. No engano as doutrinas serão entregues como se fossem verdades, "parece mais não é". Alguém disse: De todas as artes, a mais bela é a de saber disfarçar-se. Satanás opera sob o disfarce da luz. Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras. 2 Coríntios 11:13-15. A sutileza no falar, a máscara usada pelos falsos pregadores, somadas ao adágio popular que diz "me engana que eu gosto", e juntando-se "a coceira nos ouvidos", tudo isso tem contribuído para que muitos se afastem da simplicidade do evangelho.
Quando é que somos enganados? 1)Quando nos dizem que não temos pecado: Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. 1 João 1:8. A Palavra de Deus afirma: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3:23; 2)Quando pensamos que somos alguma coisa, não sendo nada: Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Gálatas 6:3; 3)Quando pensamos que somos sábios: Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. 1Coríntios 3:18; 4)Quando achamos que os injustos herdarão o reino de Deus: Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. 1Coríntios 6:9; 5)Quando fomentamos especulações irreverentes: Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 1Coríntios 15:33; 6)Quando usamos nosso próprio raciocínio para compreendermos a palavra de Deus, e uma linguagem sofisticada para explicarmos a simplicidade do evangelho, que é morte e ressureição: Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes. Colossenses 2:4; 7)Quando cremos que é por meio de obras que obtemos a salvação, sendo que, na verdade, a nossa incapacidade é a matéria-prima da graça: Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado. João 6:28-29; 8)Quando confiamos no pregador, na estrutura, nos rituais, nos feitos, nas maravilhas e até mesmo na própria "experiência espiritual": Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Mateus 7: 22. A insensatez de todos aqueles que não possuem mais do que a aparência, será manifestada: Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os
que praticais a iniqüidade. Mateus 7:23.

O falso se assemelha tanto ao verdadeiro, que o Senhor Jesus nos adverte do perigo: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Mateus 24:24.

O apóstolo Paulo na sua oração aos crentes de Éfeso, faz o seguinte pedido: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos. Efésios 1:17-18. Nesta oração ele faz o pedido para que Deus nos dê espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento dele. E o Senhor Jesus disse: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6. Tudo aquilo que está fora de Cristo é falso. Não existe, rigorosamente falando, nenhum outro lugar seguro fora da Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele é o único fundamento pelo qual o homem pode descansar. Deus entregou tudo ao Seu filho; O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. João 3:35. Deus confiou ao Seu filho, e não a nós, a realização de todas as coisas. A nós cabe um simples olhar para a Pessoa do Senhor Jesus Cristo: Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2.

O fundamento da salvação é o Cristo morto e ressuscitado. Ver Jesus, com os olhos da fé, pregado na cruz e assentado no trono, é uma visão que deve dar paz sólida à consciência e perfeita liberdade ao coração. O Senhor Jesus liquidou todas as coisas na cruz a favor do Seu povo. O Cristo ressuscitado é a prova eterna de uma redenção efetuada, e Nele temos a garantia de uma verdadeira experiência. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Gálatas 2:19-20.
 
Solo Deo Glória.



ABORRECENDO A PRÓPRIA VIDA

Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Lucas 14:26.
A condição estabelecida pelo nosso Senhor para ser Seu discípulo, não é só aborrecer, pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs, mas a própria vida. Aborrecer, expressa vigorosamente o contraste e a separação que deve haver entre, os afetos naturais do discípulo e a sua devoção total ao Senhor. E, a palavra “vida” aqui, é a palavra grega psique, que pode ser traduzida por alma.
Mas, o que está errado com a vida da alma?Que relação há entre a alma e a vida da alma? Por que precisamos aborrecer a própria vida? Deus formou o corpo do homem do pó da terra e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida. A palavra vida, no hebraico, está no plural; literalmente poderíamos traduzir por fôlego de vidas.Assim sendo, o homem foi formado decorpo, alma e espírito.
O sopro de Deus formou no homem o órgão espiritual, projetado para ser preenchido por Deus, isto porque, é pelo espírito que o homem experimenta, de fato, a presença de Deus e, pelo qual pode ter comunhão com Ele e adorá-Lo.
O corpo do homem foi projetado para interagir com o mundo material. O homem tem cinco sentidos, sem os quais não é possível sentir, presenciar, e também apreciar as coisas deste mundo.
Quando o espírito e o corpo se fundiram, surgiu a alma vivente. Uma alma viva foi formada. Portanto, o homem é uma unidade tripartite, possuindo um corpo para interagir com o meio e um espírito para se interagir com Deus.
E, o que podemos dizer da alma? A almacorresponde à consciência de si mesmo. E, por meio dela, o homem experimenta as emoções e também o capacita a exercer a sua própria vontade.
Pelo fato de existir um mundo espiritual, o homem tem um espírito; pelo fato de existir o mundo da alma, o homem tem a sede da personalidade plantada nela. Porque há um mundo material, o homem tem um corpo. É por esta razão que o homem é constituído de três partes: O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23.
Contudo, logo após a queda, o homem perdeu a capacidade de se comunicar com Deus. O espírito que lhe fora dado para interagir com Deus, literalmente morreu. A partir daí, o homem passou a viver “almaticamente”, isto é, com uma alma muito grande, predominante.
De fato o que aconteceu na queda do homem, no jardim do Éden, foi uma substituição de posição. A vida da alma deveria ser regida pela vida do espírito. Entretanto, pelo fato do espírito estar “morto,” a vida do espírito foi substituída pela vida autossuficiente e egocêntrica da alma. E, assim, o problema do homem passou a ser a vida do eu que está dentro de sua alma. Eis a razão porque o Senhor Jesus disse: Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á. Mateus 10:39.
Na verdade, não há nada de errado na existência da alma, pois, foi o próprio Deus quem a criou. O problema é a “vida” pecaminosa que está alojada dentro dela, implantada logo após a queda. É essa vidaque o homem precisa perder.
Se alguém ama a sua vida neste mundo, perdê-la-á, porque esta “vida” não está em harmonia com Deus e nem pode estar. O homem “natural” não tem prazer nas coisas de Deus. Porém, se alguém, pela graça de Deus, perder a “vida” por causa de Cristo, passará para uma posição nova e eterna.
É necessário aborrecer a própria vida para andar com Deus, isto é, perdê-la. Portanto, levar a cruz e seguir a Cristo é o único meio do homem se tornar Seu discípulo.
Cristo veio a este mundo para salvar o homem “natural” – essencialmente mau, perdido e sem esperança. Este homem “natural,” no qual “não habita bem nenhum,” por estar morto em seus delitos e pecados, necessita de redenção. Para salvá-lo, Cristo veio em graça, porque não há no homem força ou capacidade para deixar de ser o que é. Em conseqüência disto, o homem depende inteiramente da graça que vem de Deus.
A alma deveria ser governada pela vida do espírito. Entretanto, pela queda, a vida do espírito foi substituída pela vida egocêntrica da alma. Na cruz, o processo se dá de forma inversa.
Na cruz a velha vida, ou a vida autossuficiente, é destruída e substituída pela vida de Cristo. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:19-20.
Com base neste texto podemos definir um cristão como aquele que foi substituído. Não mais a vida egocêntrica, mas Cristo. A velha vida foi substituída pela vida de Cristo. Agora, Cristo é a nossa vida.
Cristo é a Pessoa que alimenta a nossa alma. Este é o fato que sempre deve estar perante o nosso espírito. Vivemos pela fé no Filho de Deus que nos amou e Se deu por nos. A fé individual nos liga a Cristo. Ele é precioso em nossa vida pessoal por ser, agora, a razão da fé íntima da nossa alma.
A partir deste momento, a alma se ocupa com o comando da vida de Cristo e, se deleita no descanso. Porque não é a alma que deve viver a vida de Cristo, mas Cristo se manifestando no viver da alma. Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis. João 14:19.
A Sua presença em Espírito na vida dos Seus é tão real quanto a Sua presença em carne aqui na terra, vós me vereis. E, isso significa conhecê-Lo com os olhos do coração. E, além do mais, esta visão espiritual de Cristo que o coração tem, pela presença do Espírito Santo, liga-se à vida do próprio Senhor.
Porque eu vivo, vós também vivereis, diz o Senhor. Nós vemos a Jesus em espírito, porque temos a vida espiritual. E esta vida está Nele, e Ele é esta vida, porque “esta vida está no Filho”. Ela é tão segura como a duração da vida do próprio Senhor Jesus.
A nova vida é, em cada ato, a manifestação Dele próprio, porque Ele é a nossa vida: Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Colossenses 3:3-4.
Esta é a preciosa e consoladora verdade a respeito do cristão. Pelo fato de Cristo ter morrido e ressuscitado por ele, e ele morrido e ressuscitado com Cristo, o cristão recebeu a vida de Cristo, por isso, tudo que Cristo fez por ele, lhe pertence.
Assim, o cristão está morto, porque Cristo morreu por ele. O cristão vive, porque Cristo vive nele, e a vida que está nele é Cristo. Esta vida de Cristo, a força da tentação, a culpa, os ataques do inimigo e o pecado, não podem destruí-la.
Numa palavra, a vida em Cristo é a grande verdade que define o cristão. O Cristão é aquele que está em Cristo. A única garantia que temos da vida eterna é esta: estou em Cristo! Lamentavelmente, sabemos que há muita gente dentro das igrejas, porém fora de Cristo.
Perder a própria vida significa morrer. Morrer significa que tudo o que se ligava à velha vida teve o seu fim naquela cruz. A condenação, o medo e a impotência são vistos pela ótica da suficiência do nosso Senhor Jesus Cristo, quando a vida que está em nós é a vida de Cristo.
Além do mais, esta vida está escondida com Cristo, em Deus, isto é, guardada, selada e nada neste mundo ou no porvir pode tocar ou manchar esta vida, porque é a vida de Cristo.
Aqueles que foram salvos se tornaram vasos de Sua manifestação. Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então... Vasos que estão sendo trabalhados para refletirem a imagem de Cristo. Vasos dos quais a vida de Cristo exala, segundo o poder da presença do Espírito Santo. Portanto, a verdadeira vida cristã não é senão a manifestação da vida de Cristo implantada no crente pela operação do Espírito Santo.
É de fundamental importância para aqueles que nasceram de novo, experimentar o significado da expressão: “Cristo vive em mim”. Qual é o peso desta expressão? Significa simplesmente que daqui em diante eu não preciso tentar viver a vida cristã, confio inteiramente que Cristo é suficiente para viver em mim.
Como creio e confio que Cristo vive em mim, não mais farei qualquer movimento. Portanto, devemos aprender a viver diante de Deus – a não fazermos qualquer movimento por nós mesmos, mas apenas nos movermos em Sua direção. Na verdade, não devemos nem tentar, simplesmente ficarmos quietos.
Agir por conta própria é maior tentação que podemos sofrer. A vida vitoriosa não é senão essa: Não precisar viver. Não precisamos nos esgotar por causa do viver, precisamos apenas desistir e descansar.
Que a nossa oração seja esta: Senhor, em todas as circunstâncias, tome a iniciativa. Tu és o meu Senhor, então faça a Tua vontade!Amém!
 
Solo Deo Glória.

domingo, 2 de setembro de 2012

DESORIENTE SEU NATAL

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz. Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9: 6 e 7
Tratar dos sintomas de uma doença sem levar em conta as causas é um problema sério. É um perigo muito grande tratar da felicidade das pessoas sem a troca do coração. Dar às pessoas impressão de que elas podem ser felizes sem que haja uma cura profunda da alma humana. E é isto que queremos tratar aqui, sobre a áurea do espírito do Natal. O que está por trás do espírito do Natal? Qual é o incentivo à alegria e à felicidade das pessoas, sem levar em conta a troca do coração? Por que estamos valorizando a euforia natalina, a paz natalina, tratada através de uma série de expedientes que não produzem o verdadeiro estado de paz que Deus veio dar ao coração dos homens? Como desorientar o Natal que está tão orientalizado?
E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente; e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista e boa para alimento e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Gênesis 2: 8 e 9. A palavra da banda do oriente ou ao lado, para o oriente, coloca em foco tudo o que a Bíblia diz, de onde provém a mentalidade que tenta orientar o homem, desorientando-o.
A palavra oriental ou oriente ou orientar decorre exatamente desta procedência: a busca do sol , do lado do oriente onde há um sol nascente. Daí vem toda a filosofia que rege a tentativa do homem de se auto dirigir. Deus, quando criou todas estas árvores, colocou duas árvores centrais no jardim, como vimos no texto. A do conhecimento da ciência do bem e do mal e a árvore da vida. Nos versos 16 e 17 deste mesmo capítulo, Ele dá uma ordem ao homem: E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: de toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Deus criou todas as árvores, e o homem deveria comer delas livremente. Mas uma árvore era proibida; a árvore da ciência do bem e do mal. A árvore da vida não foi proibida ao homem comer. Ele poderia comer livremente do fruto desta árvore. Porém a árvore da ciência do bem e do mal estava proibido ao homem comer, porque no dia em que ele comesse, certamente morreria. A desobediência surgiu exatamente de um sentimento que foi introduzido no coração do homem, pela serpente. Se o homem comesse da árvore da ciência do bem e do mal, ele se tornaria como Deus. E a mulher foi até ao jardim e contemplou aquela árvore. Veja o verso 6 do capítulo 3 de Gênesis, o que diz: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. A mulher ficou fascinada com a idéia brilhante que poderia torná-los iguais a Deus. E ela ficou olhando detidamente para aquela árvore e viu três coisas marcantes: a árvore era agradável aos olhos; aquilo que nos agrada aos olhos, que enche os nossos olhos, fascina; o fruto era gostoso, saboroso ao paladar. Ela nunca tinha comido, mas intuiu: é bom para ser comido. E era uma árvore desejável para dar entendimento, pois nela estava inserida a ciência do conhecimento do bem e do mal. E ela ficou olhando com aquele desejo da imaginação - que exatamente é a coisa que está na áurea do Natal. Porque tudo que existe no Natal é imaginativo: o Papai Noel tem uma riqueza de imaginação muito grande. Ela foi lá e pegou o fruto, e comeu, e deu ao marido, que também comeu. E quando eles caíram no pecado, os versos 7 e 8 nos dizem o que aconteceu: Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
Toda a trama do pecado está envolvida com a flora: o fruto de uma planta foi o objeto da cobiça. As folhas de outra planta foram usadas para confeccionar as tangas, e as árvores do jardim se tornaram em esconderijo do casal. O homem tem usado a floresta para manifestar a sua forma de adoração. As formas de adoração mais primitivas do homem são aquelas ligadas à floresta, às coisas da mata. Junto com o fetichismo da floresta está toda uma filosofia orientalista que manifesta sobre os homens a tendência de buscar os poderes fitológicos, ou poderes das plantas que podem gerar no homem, energias. A proposta é fazer com que o homem se torne cada vez mais naturalista e energeticamente poderoso. Faz parte desta religião, que está tomando conta do mundo, até na alimentação: não se come carne vermelha, porque carne representa sacrifício e sacrifício apela para a morte, e morte aponta para o sacrifício e morte de Cristo. Caim detestou a idéia de sacrifício, preferindo ficar dentro da religião das plantas. O homem comeu de uma árvore, cobriu-se com folhas de árvore, escondeu-se atrás das árvores, porque a religião do homem, a religião humanista, é a religião das plantas, do naturalismo das florestas. Depois do pecado, o homem foi proibido por Deus de poder comer da árvore da vida. O verso 24 do capítulo 3, mostra exatamente isto: E, expulso o homem, colocou querubins ao Oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. Deus colocou querubins ao oriente do jardim. Não ao ocidente, não ao norte nem ao sul, mas ao oriente do jardim, para proteger, para guardar a árvore da vida, a fim de que o homem não pudesse comer do fruto da árvore da vida. Gênesis 22: 3: Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. Deus proibiu. Deus impediu que o homem comesse do fruto da árvore da vida depois do pecado, para que ele não se tornasse um pecador eterno. Se o homem comesse da árvore da vida com o pecado no seu coração, ele seria eternamente pecador, sem condições da salvação. No primeiro caso, Deus não impediu, porque Ele deu liberdade ao homem para que comesse de todas as árvores, inclusive da árvore da vida. Mas depois do pecado, o amor de Deus é tão grande que não permitiu mais ao homem comer da árvore da vida, evitando assim, que ele se tornasse um pecador permanente, no tempo e no espaço. Então Deus providenciou o escape, impedindo o acesso à arvore da vida.
Contudo, o protótipo da religião de Caim é este: quando veio apresentar a sua oferta, veio apresentar uma oferta que era fruto do seu esforço. Era o fruto das plantas da terra, que ele havia produzido. Entretanto Deus rejeitou a oferta de Caim. Rejeitou aquele ato religioso, porque foi uma oferta que custou-lhe suor. O suor é um produto do pecado, é conseqüência da rebeldia: com o suor do teu rosto ganharás o teu pão, foi a sentença a partir do pecado. Caim se desgostou e futicou seu irmão. Ele matou seu irmão, porque a religião tem a tendência de matar, de perseguir, de destruir aqueles que lhes são contrários. O Evangelho, não. O Evangelho salva. O Evangelho de Jesus Cristo é para salvar. Religião é esta confusão generalizada no mundo; estas perseguições, estes engodos, esse tirar vantagem do povo. O Evangelho dá; a religião pede. A religião exige; o Evangelho concede. O Evangelho é graça; a religião é esforço. E como os religiosos normalmente se irritam com a graça, eles matam os graciosos. Foi o que aconteceu com Caim. E depois, Deus disse: Mas, Caim, se você fez mal, o pecado está na porta, a ovelha está lá esperando para você sacrificá-la e cabe a ti dominá-la; e se você fizer isto , você vai ser aceito. Mas ele não quis e saiu, diz o capítulo 4, verso 16, da face do Senhor. Presta atenção para onde ele foi: Retirou-se Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao Oriente do Éden. Para onde ele foi? Onde é o Oriente? O lugar onde Deus havia colocado os anjos para ninguém entrar em contato com a árvore da vida. Mas foi para o Oriente que ele se dirigiu. A palavra Oriente aparece com letra maiúscula na Bíblia, porque não está falando dos quatro pontos cardeais, mas da localização da filosofia que está governando o mundo. Caim foi para o Oriente do Éden, de onde pretendia penetrar no território da árvore da vida.
Gênesis 13: 11 mostra qual foi a desgraça de Ló. Este sobrinho de Abrão, que saiu juntamente com Abrão da sua terra, da terra de Ur dos caldeus, terra que significa luz. Ur significa luz, e a Caldéia é exatamente o Oriente. É da luz da filosofia oriental que Deus tirou Abrão e disse: Vem para cá para o Ocidente, para o outro lado, Eu quero você no ocaso, na morte e não na vida do sol nascente. Eu quero você sem este poder que a humanidade quer levantar no mundo.
A família de Abrão teve dificuldades com a disputa dos pastores por causa das ovelhas e do gado que cresceram. Eles começaram a ter problemas e houve necessidade de uma separação. Mas a desgraça de Ló está neste versículo: Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. Partiu Ló para o Oriente. Isto significa muito mais do que uma região. Significa uma orientação; um comando de influências no modo de viver.
A desgraça de Jacó foi se envolver com a filosofia do Oriente, quando saiu da casa dos seus pais. Ele foi buscar uma mulher no Oriente para se casar. E esta mulher foi que trouxe os primeiros vestígios da idolatria, para a família dos patriarcas. Raquel furtou os ídolos da casa de seu pai e os trouxe como marca da religião oriental. Ela colocou os ídolos debaixo da sela, e sentada na sela dizendo-se menstruada, para que o pai não tocasse nela. Nesta condição ela encontrava-se imunda. Foi lá do Oriente que ela trouxe os seus primeiros ídolos. Pôs-se Jacó a caminho e se foi à terra do povo do Oriente. Gênesis 29:1.
Quando Jacó teve um sonho em que ele viu uma escada por onde os anjos desciam e subiam, Deus lhe fez uma promessa de que nele seriam benditas todas as famílias. Nele, o povo de Israel iria ser uma bênção para a humanidade. Gênesis 28:14 diz que ele seria uma bênção em todas as partes do mundo, nos quatro cantos: A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Aí está falando já de Jesus Cristo, o descendente de Jacó, que seria uma bênção para todas as famílias da terra. Mas Jacó, ao invés de tomar uma orientação de Deus e não ir para o Oriente, se desorientou e foi exatamente para o Oriente buscar a forma de comportamento orientalizado que veio através da sua esposa. Quando Balaque quis amaldiçoar o povo de Israel, foi pedir a Balaão, um mago, um profeta que vinha do Oriente, para buscar os poderes dos altos orientais, dos montes orientais, a fim de amaldiçoar o povo de Deus: Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem, amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel. Números 23:7.
A sabedoria de Salomão, o homem mais sábio que já existiu na face da terra para governar, é maior do que a sabedoria do Oriente. Mas foi Hirão, filho da viúva, um oriental, que deturpou a sabedoria de Salomão e trouxe problemas sérios para o Rei Salomão, fazendo com que ele construísse um templo, que Deus não havia requerido. E nos moldes do oriente, que se casasse com aquele mundo de mulheres; mulheres que trouxeram influências para o povo de Israel, disseminando a idolatria, para nunca mais ser livre. Pois, quando o povo tirou a idolatria dos ídolos visíveis, depois do cativeiro babilônico, entrou na idolatria da numeralogia, da Cabala, que até hoje está acabando com Israel. No livro de 1 Reis 4:29 e 30 temos o pensamento de Salomão, maior do que o oriental: Deu também a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. A palavra de Deus começa a chamar a atenção bem significativamente: a sabedoria de Salomão era maior do que a sabedoria do Oriente, porque a sabedoria de Salomão era revelada por Deus e a sabedoria do Oriente é a do homem, apresentando os seus próprios pensamentos. É do Oriente que vem toda a deturpação do povo de Deus: Isaías 2: 5 e 6: Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor. Pois tu, Senhor, desamparaste o teu povo, a casa de Jacó, porque os seus se encheram da corrupção do Oriente e são agoureiros como os filisteus e se associam com os filhos dos estranhos. Do Oriente vem a filosofia que deturpou e que deturpa toda a obra de Deus. É do Oriente que vem o pensamento positivista, o pensamento ariano do homem superior. Da cabeça do Brahma superior é que vem a divisão das castas, a seleção do homem especial que governa o mundo. É do Oriente que vem todo o sinal relevante do anticristo . E a Bíblia está chamando a atenção para a deturpação que procede desta influência orientalista. Estamos começando a entrar no significado do Natal. Estamos falando da adoração do deus sol que é o deus do Oriente, de onde o Japão tem o seu rei como o filho do sol nascente. Um dos princípios da adoração ao sol, começou no Oriente, desenvolvendo-se pelos babilônios e chegando vivo ao povo de Israel, nos tempos do profeta Ezequiel . No capítulo 8, verso 16, ele mostra como foi que as pessoas se faziam adoradores do sol. Dentro do templo, eles se ajoelhavam olhando para o sol: Levou-me para o átrio de dentro da Casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor e com o rosto para o Oriente; adoravam o sol, virados para o Oriente. Viravam as costas para o átrio do Deus da santidade e olhavam para o Oriente, de onde deriva todo o conhecimento da revelação religiosa do mundo. Hoje, a maior religião que manifesta esta idéia é o Induísmo, como o seu sincretismo universal. Também, por meio do Maometismo, o pensamento oriental conseguiu implantar o desenvolvimento da filosofia maçônica, que governa grande parte da estrutura do pensamento Ocidental. É da banda do Oriente dos kadoshes (ou sábios), que ficam com a cabeça voltada para o oriente, para receber os poderes imanentes das forças cósmicas da lua, do sol e da estrela de Sírio, que é a estrela governante do planeta Terra, que vem a filosofia que orienta os governos.
Os magos, aqueles magos decantados em prosa e verso e cantados pelo Natal, são os grandes genocidas da história, porque vieram trazidos por uma revelação de Deus para adorar uma criança. Traziam os seus presentes de ouro, incenso e mirra e é por aí que dizem serem três magos. Mas a Bíblia não diz que eram três. Puseram até nome nesses magos. Mas a Bíblia não diz quantos magos eram nem qual os seus nomes. Eles vieram do Oriente trazendo os seus presentes. Alguns autores chegam a dizer que estes presentes foram as primeiras formas de corrupção da religião da posse, tentando conquistar o reino de Deus pelo próprio esforço. Nós vamos fazer alguma coisa, para que Deus nos dê em troca o seu reino, porque nós merecemos. Esta é a filosofia da religião do Natal, que incita a dar presente às pessoas que merecem, para que elas fiquem felizes, pelos merecimentos que têm. Aqui não se enfatiza o evangelho da graça, que se coloca em benefício de quem não merece, para dar e fazer tudo em favor de quem nada merece. O Evangelho contradiz totalmente a religião do Natal, pois Cristo se oferece em favor dos falidos. Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.
O modelo do Natal é um esquema de valores da religião do esforço. Lá vêm os magos do Oriente, Mateus 2:1 e 2, trazendo presentes para entregar a Jesus. Porém, trouxeram também junto com a bagagem a morte das crianças que Herodes mandou matar. É sempre assim: o Oriente começa com a Palavra de Deus, começa com a revelação de Deus e depois vai buscar a opinião dos homens. Quando os magos chegaram em Jerusalém, eles largaram a estrela que Deus lhes havia dado e foram procurar a opinião dos homens. E por causa disto, eles causaram o morticínio daquelas crianças todas que Herodes mandou matar. Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Nós estamos aqui trazendo a nossa adoração do Oriente. Deus não está interessado em coisas que o homem oferece a Ele, mas Deus está interessado em corações. Deus habita num alto e sublime trono e habita no coração quebrantado e contrito. A adoração de Deus é aquela que é oferecida não apenas com as coisas, mas com todo o ser: Estamos entregues nas Tuas mãos.
Mas existe do Oriente os poderes que vêm no final dos tempos trazer a maior deturpação da história da Igreja: Apocalipse 16:12 a 14, mostra que os reis do Oriente, os sábios, vão atravessar o rio Eufrates para poder transmitir a doutrina dos demônios às pessoas, para que elas realizem os poderes da mente: Derramou o sexto anjo a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. Estes poderes estão sendo transmitidos no mundo todo. São os poderes da mente, os poderes cósmicos, os poderes do homem, da auto-suficiência, através da busca, dos desejos do homem. No livro de Provérbios 13: 12, há uma coisa interessante: que a árvore de vida é considerada como a árvore dos desejos e que o homem não gosta de esperar. Quê! esperar, para o homem, é uma coisa muito difícil: ele quer a concretização dos desejos imediatamente. A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida.
Esta árvore da vida é a manifestação dos desejos do homem. O homem não pode ter a árvore da vida porque ele está no pecado, mas ele busca conquistar a árvore da vida pelos seus próprios desejos, realizando-se naquilo que ele pode se fazer desejável. E como ele não pode conquistar, começou lá na Babilônia a manifestação de uma árvore da vida chamada árvore verde. Árvore verde era no momento em que secava tudo por causa do inverno. O inverno é o símbolo da morte, onde todos os animais se enfurnam e desaparecem e as plantas caem as folhas e secam. Só ficavam umas árvores verdes, que são o pinheiro cipreste e as heras. Estas ficavam verdes, e as árvores verdes eram adoradas como a vida eterna, a vida que nunca se acabava. E esta árvore verde começou a entrar no povo de Israel e começou a trazer problemas bem interessantes. Jeremias 2: 20 mostra que o povo quando estava na Babilônia estava sendo influenciado por esta árvore verde: Quando eu já há muito quebrava o teu jugo, e rompia as tuas ataduras, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo em todo outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e corrompendo (ou prostituindo-se). Debaixo das árvores verdes vocês estão entrando para a adoração. De que? Da busca da árvore da vida, da vida eterna sem o sacrifício, sem a morte. É a simbologia da Babilônia. Em Jeremias 3: 6 mostra que a árvore tornou-se a fonte da prostituição espiritual do povo de Israel: Disse mais o Senhor nos dias do rei Josias: Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi-se a todo o monte alto, e debaixo de toda a árvore verde, e ali andou prostituindo-se. Ainda em Jeremias 3: 13, o uso da árvore verde se tornou o símbolo em Judá, da transgressão da Palavra de Deus: Somente reconhece a tua iniqüidade: que contra o Senhor teu Deus transgrediste, e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda a árvore verde, e não deste ouvidos à minha voz, diz o Senhor.
Durante 336 anos, a igreja cristã não teve festa de Natal. No ano 336 a cristandade começou a festejar o Natal de Jesus Cristo, no dia 25 de dezembro, dia que jamais a Bíblia sustentaria para o nascimento de Jesus. Porque Jesus não nasceu no inverno. Provavelmente deve ter nascido na primavera, quando os pastores estariam no campo, cuidando dos seus rebanhos. Não é provável Jesus ter nascido naquela época do inverno. No entanto, o Imperador Constantino havia dado uma condição, em que mais tarde, tornaria permissível a postura de aceitabilidade dos sistemas religiosos vigentes. A conversão deixaria de ser uma radical transformação de vida, para se constituir apenas numa adesão formal a um outro sistema religioso. As pessoas do Império ficaram satisfeitas por pertencer ao cristianismo oficial sem a necessidade de abandonar toda a bagagem do paganismo. Naquela época, as festas de Dioniso, o deus da embriaguez, que tinha como coroa uma guirlanda de hera e um pinheiro verde colocado sobre o seu altar, eram comemoradas em culto ao deus sol, no dia 25 de dezembro, dia do solstício do inverno, no hemisfério norte. Com muito jeito e astúcia, a verdade de Jesus Cristo como o sol da justiça, dirigiu-se para o Oriente verdadeiro, fazendo com que Ele se tornasse o foco da adoração, substituindo a ênfase mitológica. E com isto tudo, foi-se também introduzindo as fogueiras de Natal, que era a forma do paganismo adorar o fogo - porque não podendo atingir o sol, adorava o fogo. Adornavam as festas, as bacanais, com fogueiras, onde Baco e Dioniso que são o mesmo deus, eram adorados com comilança e bebedice à vontade. E para amenizar o sofrimento trocavam-se presentes, a fim de que as pessoas ficassem contentes no momento da ressaca, logo depois daquele festejo. Davam-se os presentes uns aos outros, para amenizar os sofrimentos e abrandar a culpa da comemoração dissoluta.
Estes expedientes descomedidos foram expurgados dos seus exageros e transplantados para dentro da igreja. A orgia se transformou na recatada ceia de Natal, passando a fazer parte do processo de celebração e pouco a pouco começaram a surgir pequenas deturpações: fogueiras se transfiguram em velinhas como fogo, depois em luzinhas, pisca-pisca. As luzinhas são mais bonitinhas. Elas não queimam, não poluem e ficam acendendo nas cidades; acendem e apagam produzindo uma sensação extasiante. É muito bonito e dá uma idéia deslumbrante de euforia. Mas sem troca de coração, que alegria é esta? Maravilhoso, sim! só que não resolve o problema do coração. Do mesmo modo que se eu tomasse um remédio que mascarasse os sintomas poderia trazer prejuízo tremendo. Esta alegria da emoção, esta alegria da visão, esta alegria produzida pelos sentimentos é um prejuízo para o homem. A alegria do Natal é a alegria de ter paz. É a justiça de Deus se manifestando no coração do homem. Não é a alegria de bebida, de comida, de presentes. Não é a alegria de festas, de compras, de cores, de música, de luz, de momentos deleitosos. É a alegria da justiça, porque o reino de Deus, Romanos 14:17 diz claramente: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. O texto que lemos no princípio disse: Do incremento deste principado e da paz não haverá fim sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça.
Jesus Cristo não veio a este mundo para passar a mão na cabeça de ninguém nem veio dar presentinho. Ele veio a este mundo para tirar você de você. Veio para tirar a mim de mim, porque, quem me faz ser insuportável sou eu mesmo, com as minhas manias, com os meus preconceitos, com a minha tacanhez, com a minha soberba, com a minha arrogância, com o meu pecado. Eu preciso ser livre de mim. Jesus não teve lugar na cidade de Belém, senão numa estrebaria, num lugar pobre, vazio. E é também no lugar pobre e vazio do seu coração que Ele quer habitar. Ele não veio para ser um Deus fulgurante, montado num corcel gordo e fogoso. Ele veio como o servo sofredor que montou num jegue, que se despiu da glória, para nos esvaziar desta soberbia que faz tanto mal ao homem. É a alegria proveniente da justiça de Deus, que crucifica a nossa natureza velha juntamente com Cristo e nos dá uma nova natureza, por meio de sua ressurreição. A religião do Oriente, a religião de Caim, da árvore verde do paganismo nega o sacrifício vicário, não aceita o sacrifício de Cristo. O que ela quer são as boas obras, a justiça própria, as coisas que fazemos para a nossa aceitação.
Bonhomme Noël. Sabe o que significa? O Bom Homem Noel, o Papai Noel da tradição francesa que presenteia a todas as criancinhas boas, que valoriza aquelas que são boazinhas e as recompensa com os melhores presentes. Porém, a mesma tradição falava de um outro personagem, Père Fouettard que trazia varas, chicotes para bater nas crianças más. Père Fouettard desapareceu, sumiu da história. Esta é a mitologia trazida pelos galeses, onde Papai Noel se confunde com São Nicolau, padroeiro da Rússia, ou São Klaus da Inglaterra, figura inventada nas lendas, para demonstrar a bondade em favor dos bons. Papai Noel que só surgiu no folclore religioso cristão a partir de 1860, como a figura do velho bondoso de barbas brancas, distribuindo os seus presentes, para engodar as crianças com a idéia de recompensa ao mérito. Temos que enganar as pessoas com as lendas, com as historietas, para que elas tenham sonhos e tenham imaginação; e nessas imaginações elas criem, porque um homem sem imaginação fica saturado da realidade. Mas o homem precisa mais do que imaginação: precisa de vida, e vida eterna, que não é produzida por árvore verde, mas é produzida por Cristo ressuscitado. Não basta você ser bom. Cuidado com este tipo de argumentação: Olha, se você for bom, Papai Noel vai descer pela chaminé e vai dar presente para você porque você é bonzinho. Vocês não são bons e não tem ninguém bom. Todo mundo é mau e nasceu com coração mau. Nós nascemos com coração perverso, mas Jesus Cristo veio para salvar a nós que somos pecadores por natureza. Ele não desceu por uma chaminé de lareira a fim de brindar os bons. Ele desceu através da encarnação para assumir uma cruz e morrer a nossa morte, ressuscitando para nos dar vida. Ele não está querendo que você se apresente a Ele dizendo: Eu sou bonzinho. Não! você pode chegar para Ele dizendo: Eu sou um malandro; sou passador dos outros para trás; sou um mentiroso. Lá na escola eu colo, eu minto, eu faço tudo que não presta porque eu tenho esta natureza. Mas, Jesus, tem misericórdia de mim! Não queiram ser bons, não finjam bondade para ninguém, porque tudo isso é mentira da sociedade oriental. Vá com o nome certo: diga para o médico que você está doente, dê os sintomas certos, pois o médico pode lhe tratar e curar. Diga para Jesus que você tem um coração perverso, pois só Ele pode trocar o seu velho coração e dar um novo. Ele dá para quem não presta. Ele não veio bater nas crianças. Não veio castigar os homens maus nem obsequiar os bons. Ele veio buscar e salvar os perdidos. E Ele já morreu a morte que você precisava morrer, para dar a você vida eterna. Não a vida da árvore de Natal, mas árvore da vida, que nós não podemos comer lá no paraíso, com o pecado. Precisamos parar de inventar historietas e contos para enganar crianças, e falar a verdade, porque a verdade salva: E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. O Evangelho não é invenção. Não propõe iludir as pessoas com novelas. O Evangelho é Jesus fazendo, realizando, trazendo paz; paz na Terra aos homens a quem Ele quer bem; aos homens a quem Ele ama. É Jesus descendo para salvar os homens pecadores e maus. Este é o verdadeiro Natal. Precisamos ser desorientados desse Natal oriental e voltarmos para a santidade do Evangelho de Jesus Cristo. Jesus veio a este mundo para nos salvar de nós mesmos, salvar do nosso egoísmo, trazendo o presente mais espetacular que alguém pode ganhar, a salvação de sua alma. É o Natal da vida de Cristo.
Assim como os micróbios e bactérias contaminam as pessoas transmitindo doenças, os micróbios e os vírus espirituais dentro do cristianismo, infiltraram a vida cristã de toda esta podridão, de todo este lixo, causando o maior dano. É preciso distinguir o verdadeiro significado do Natal. Não sou contra a celebração do Natal, não sou um iconoclasta, não sou um destruidor, nem um desmancha prazer. Mas agora é um tempo de verificação real para refletirmos no verdadeiro valor desta comemoração. Natal não é festividade familiar apenas. Natal é a vida de Cristo no seu coração, 24 horas por dia, 365 dias. É Cristo vivendo; vivendo no seu coração. Enquanto aquela árvore murcha, Cristo verdeja na sua vida. Enquanto aquela árvore não dá fruto, Cristo é o fruto de justiça na sua vida. Não queira ser um religioso, batista, presbiteriano, católico, da Igreja Universal, mas seja universalmente conhecido filho de Deus, nascido de novo por Jesus Cristo, que veio numa estrebaria para livrar você do inferno; que veio de uma família pobre para levar você para um palácio nobre do céu; que veio a este mundo para tornar você uma nova criatura. Este é o Natal, Natal que está além das festividades!
Um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz e o seu reino não terá fim no seu coração!
 
Solo Deo Glória.