Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.
João 7:24.
Um dos grandes problemas do ser humano é a aparência. Todos nós
temos uma tremenda dificuldade em analisar os fatos, quando há ampla semelhança
entre a realidade e a imitação. As cópias e os covers têm causado
dificuldades terríveis no campo da ética e a falsificação, prejuízos
incalculáveis no comércio. Muitas vezes ninguém sabe qual é o verdadeiro ou o
falso. Isto também é uma charada indecifrável no seio da igreja.
Há muita gente parecida com cristão que não é cristã. Tudo
começa com a origem. A cria de um tucura é um tucurinha. Tucura é gado sem raça
aprimorada. Filho de Nelore PO (Puro por Origem) tem genética de qualidade no
sangue. Nenhum criador experiente confunde um tucura pé-duro com um Nelore de
elite. Vamos trabalhar neste exame aqui, do ponto de vista cristão. Quem é quem
no reino da graça?
O fato de alguém ter um comportamento parecido com a conduta
cristã, não significa que aquela pessoa é de fato uma filha de Abba. O
humanismo é especialista em imitações baratas. O joio é semelhante ao trigo,
assim como muitos religiosos são falsificações do verdadeiro cristianismo. Mas,
ninguém os julgue segundo a aparência.
Há uma turma enorme que gosta demais de atuação. O mundo do
desempenho fascina os alucinados pelo exterior que querem ver apenas a fachada.
Para estes iludidos com a forma, o apóstolo Paulo rebate: Não nos
recomendamos novamente a vós outros; pelo contrário, damo-vos ensejo de vos
gloriardes por nossa causa, para que tenhais o que responder aos que se gloriam
na aparência e não no coração. 2 Coríntios 5:12.
A aparência e o coração são duas realidades diferentes. “Quem
vê cara não vê coração”, diz o adágio popular. Sócrates foi irretocável, mas
faltava-lhe a vida de Cristo. O centurião Cornélio era justo, mas não era novo
nascido. Ele tinha casca e não cerne.
Saulo foi um religioso de exterioridade. Viveu como fariseu,
que segundo Jesus, é a turma velada do sepulcro caiado. A religião farisaica só
se preocupa com o reboco. Passa massa corrida em parede deteriorada. Além do
que, sepulcro pintado é apenas o depósito da carniça no seu íntimo, de forma
abafada. Paulo não queria mais esta hipocrisia em sua vida cristã aceita pela
graça incondicional de Cristo. Ele pulou fora.
A academia das aparências e a passarela dos esnobes foram
sempre lutas na vida deste homem sem apreensão com o desempenho. Ele foi
contundente ao dizer: E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência
(quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do
homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram;
Gálatas 2:6. Paulo não estava preocupado com a importância de Pedro, Tiago e
João. Ele queria ver a vida de Cristo neles.
Esta é a questão fundamental. Não é tão-somente a conduta
correta que deve ser observada, mas o caráter manso e humilde de coração
manifesto pela vida de Cristo. Aqui reside o ponto central da vida autêntica.
Cristo vive em mim? Sim, é santificação.
Ouvi, algum tempo atrás, uma mensagem gravada, em que o
pregador dizia que o novo nascimento não era o fato mais importante da vida
cristã. O mais importante era o crescimento espiritual. Como? Perguntei sem
cerimônia. Eu estava sozinho e a pergunta veio ao vivo e gritante. Eu sou
limitado, mas não posso admitir o crescimento de alguém que não nasceu. Como
pode haver crescimento espiritual de um morto?
Pouco tempo depois ouvi outra pessoa dizer que não era preciso
evangelizar alguém que convivia na igreja. Se ela estivesse frequentando a
igreja, era porque tinha sido evangelizada, por isso mesmo, só precisava ser
alimentada para o seu crescimento espiritual. Ninguém poderia estar na igreja,
se o Pai não tivesse trazido. Uau!
Eu pensava que a velha doutrina que dizia: “só há salvação na
igreja”, havia sido explicada e resolvida com a reforma protestante, mas parece
que a coisa continua viva e ativa pelos meandros da eclesiologia atual. Só que
eu não consigo digerir essa coisa.
A pergunta do salmista me estimula: Até quando julgareis
injustamente e tomareis partido pela causa dos ímpios? Salmos 82:2. Jesus
falou de novo nascimento para um religioso de estirpe. Nicodemos era um mestre
da religião judaica, que vivia no templo, ensinando nas sinagogas, mas não havia
nascido do alto. Ele era um homem justo, que não havia sido justificado. Era uma
pessoa reta, que nada sabia da santidade em Cristo.
Conforme a Bíblia, o grão de trigo precisa morrer para poder
dar fruto. Jesus era o grão de trigo e ele precisava morrer para poder gerar
vidas renascidas. Mas, como um homem sem pecados poderia morrer? Campbell Morgan
dizia que é não-natural a morte de um homem sem pecado. Desde que o salário do
pecado é a morte e, Jesus, um homem sem pecado morreu, todos têm que concluir
que aquela morte não poderia ser a sua.
Segundo Jesus, sem o novo nascimento, ninguém poderá entrar no
reino de Deus. Não há novo nascimento ou nascimento do alto sem a morte do único
homem que veio do alto, Jesus. Ora, Jesus, o homem do alto, o homem sem pecado
não poderia morrer, jamais. Mas ele morreu, logo, ele teve que assumir o pecado
de alguém para poder morrer, já que só o pecado, de acordo com a Bíblia, pode
levar alguém à morte.
Não há nascimento sem a morte da semente. Esta é uma lei
biológica, mas também espiritual. Antes do nascimento é necessário que a semente
morra. Insensato! O que semeias não nasce se primeiro não morrer; 1 Coríntios
15:36. Antes do novo nascimento é preciso que Adão seja crucificado com
Cristo. Não tem outro jeito. É a lei do plantio.
Para Lance Lambert, judeu messiânico da atualidade, “não há
vida de ressurreição nem poder sem a morte da cruz. Se você e eu vamos conhecer,
em experiência, a vida mais abundante, a vida que transborda. Se vamos conhecer
a vida de ressurreição e poder, então, nós temos de conhecer a morte da cruz
trabalhando em nós”.
A base do novo nascimento é a morte da velha vida na cruz com
Cristo e a substituição daquela vida pela nova vida ressurreta de Cristo. Adão
não pode ser educado ou reformado espiritualmente falando. Para Adão não há
recuperação. Ele tem que morrer. E a única morte que engloba a natureza adâmica
é a morte de Jesus, o homem sem pecado, incluindo os pecados da raça humana, no
seu corpo, sobre o madeiro.
Para Lambert “a chave verdadeira para a vida transbordante,
para a vida mais abundante, a vida de ressurreição, não é o quanto eu vivo, mas
o quanto eu morro. O problema não é como viver a vida cristã. O problema é como
morrer. Se você tiver o segredo de morrer com Cristo, não terá de aborrecer a
mente sobre como viver a vida cristã”.
Temos que examinar com imparcialidade. São também estes
provérbios dos sábios. Parcialidade no julgar não é bom. Provérbios 24:23.
Julgar pela aparência é uma temeridade. Ver a conduta e não analisar a fé que
procede do coração quebrantado e contrito é muito arriscado. Sem a morte do
velho homem não há possibilidade do nascimento do novo, criado em Cristo Jesus.
Não há nova criatura sem a morte da velha.
O ser humano nasce no mundo como um ser perverso. Jesus nasceu
aqui como justo. Agora estamos com um problema teológico sério em razão de sua
morte, diante deste texto de Salomão. O que justifica o perverso e o que
condena o justo abomináveis são para o Senhor, tanto um como o outro. Provérbios
17:15. Como o Senhor pode sair desta abominação que justifica o perverso e
condena o justo, sem ferir seu caráter divino?
Jesus era justo, não tinha pecado algum. Nós somos pecadores e
por isso, perversos por natureza. Como podemos ser justificados por aquele que
não pode ser condenado? Esta é a obra do evangelho da graça. Fomos atraídos por
Jesus na cruz e ele assumiu os nossos pecados como se dele fossem. Assim, o
justo é condenado como perverso e os perversos são justificados, a ponto de
serem feitos justos, pela justiça divina em sua graça.
Esta justiça não é comportamental à primeira vista, mas
imputada. Somos justificados pela sua justiça, enquanto ele foi condenado pelos
nossos pecados. Mas a coisa vai mais longe, pois ele não somente levou os nossos
pecados, mas nós também fomos incluídos em seu corpo para morrermos juntamente
com ele.
A minha experiência com Cristo não é uma questão de aparência.
Nada tem a ver com a conduta humana, mas com a vida de Cristo. Paulo,
vergastando os teóricos da religião que se preocupavam com o comportamento, foi
decisivo: Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de
si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor
algum contra a sensualidade. Colossenses 2:23.
A vida do cajueiro é uma questão da semente. Nela está a
essência genética da planta e o poder do seu crescimento. A coisa mais
importante para a vida do cajueiro é o seu nascimento e, a coisa mais importante
para o seu nascimento é a morte da semente. O cajueiro não pode crescer se não
nascer e, também, não pode nascer se a semente não morrer. É verdade que o solo,
a água e os nutrientes vão ter grande importância no seu desenvolvimento, mas se
não nascer, nada disso tem qualquer valor para ele.
Não adianta o tucura querer viver como se fosse um Nelore. Aqui
estamos diante de uma questão genética. Se você tem a natureza de Adão, você vai
se desenvolver dentro da sua natureza adâmica. Você pode até mascarar muitas
coisas, mas será sempre um adâmico. A vida de Cristo é uma questão da Sua
natureza. Não adianta tentar imitá-la, pois ela só se manifesta pelo caráter do
próprio Cristo, vivendo em nosso ser. Aleluia. Amém.
Solo Deo Glória.
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O propósito deste blog na sua forma completa é capacitar seus leitores a entenderem a Bíblia. Apresenta instrução básica eficiente do ponto de vista bíblico. Procura remover todas as falsas pressuposições racionalistas, moralistas, antropocêntricas e idólatras que já infectaram,e, na medida desta infecção, cegaram todo homem e toda cultura deste mundo a partir da queda de Adão.
domingo, 9 de setembro de 2012
À SEMELHANÇA DO AUTÊNTICO
AS ESTRATÉGIAS DE SATANÁS PARA A DESTRUIÇÃO DAS FAMÍLIA
Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua
astúcia, assim também sejam de alguma sorte, corrompidos os vossos
entendimentos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. 2 Coríntios
11:3.
A primeira instituição criada por Deus foi a família.
Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e
serão os dois uma só carne. Gênesis 2:24. O homem e a mulher foramformados e
criados para viver em comunhãodentro do matrimônio. Os filhos são bem vindos,
são heranças do Senhor, como extensão desse relacionamento. Famílias que vivem
debaixo da vontade e dos propósitos de Deus são famílias estruturadas e,
consequentemente, famílias sadias, que geram sociedades sadias. Por essa razão,
a família tem sido muito atacada nos dias atuais. O inferno tem se levantado com
todas as forças para destruir as famílias. Os ardis do inimigo são muito sutis.
É difícil percebê-los, principalmente porque esses ardis estão sempre mascarados
de coisas boas.
O povo que se diz cristão está assistindo a queda da família
como se nada estivesse acontecendo. As famílias estão indo a passos largos para
o inferno, pois o foco e a preocupação estão em amealhar riquezas, as quais
estão destinadas para o fogo eterno. Percebe-se hoje que a busca por riquezas,
status e poder domina tanto incrédulos como cristãos. Observa-se a terceirização
da família, a transferência de responsabilidade. O projeto dessas famílias
sempre é pautado por aquilo que se quer dar aos filhos, em termos materiais.
Porém, isto é muito sutil, porque quando buscamos em primeiro lugar o dinheiro,
Deus não está ocupando o lugar que deveria ser Dele.
Uma das principais estratégias de satanás é encobrir o
evangelho da glória de Cristo Jesus, como está escrito: Mas, se o nosso
evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos
quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
2 Coríntios 4:3-4. Não existe nada mais poderoso neste universo criado por
Deus, do que o evangelho da atração em Cristo Jesus. E eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. João 12:32.
Esse fato extraordinário da graça de Deus manifestada em Cristo
Jesus precisa ser revelado por meio do Santo Espírito de Deus. É necessário crer
de todo o coração e mente que, na morte de Cristo, toda a humanidade foi
atraída, morta, sepultada e ressuscitada juntamente com Ele, pois tão somente
quando esta for uma experiência real é que se pode ser liberto do poder das
trevas e de satanás, como está escrito: Ele nos libertou do império das
trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor. Colossenses
1:13.
Agora, se satanás conseguir manter as pessoas na ignorância
quanto a esse tão importante fato, ele não precisará fazer absolutamente mais
nada, pois a ignorância quanto a obra sobrenatural da redenção em Cristo, já é o
suficiente para destruir todo ser humano e, consequentemente, suas famílias.
É dever urgente dos pais que têm essa revelação pregar a Cristo
crucificado para sua família. A palavra de Deus é clara em dizer: Ora, se
alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado
a Fé e é pior do que o incrédulo. 1 Timóteo 5:8.
É verdade que só um crucificado pode pregar a Cristo
crucificado. Só um reconciliado pode reconciliar. Ora, tudo provém de Deus,
que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação. 2 Coríntios 5:18-19.O maior presente que um pai pode deixar a
seu filho é a certeza de que ele vai adentrar no Reino de Deus não pelos seus
próprios esforços, mas pela graça de Deus na pessoa de Cristo. Os filhos
precisam ouvir essa mensagem da boca de seus pais.
Outra estratégia que o inimigo tem utilizado nos dias atuais é
a desvalorização do papel da mulher estabelecido pela sabedoria e presciência de
Deus. Ele providenciou para os homens uma auxiliadora para ajudá-los nesse tão
importante papel de liderar uma família para a glória de Deus. Disse o Senhor
Deus: não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja
idônea. Gênesis 2:18.Infelizmente,muitos maridos entendem erroneamente que
Deus teria criado a mulher para ser capacho do homem, para ser escrava
subserviente, para ser aquela que atende suas necessidades sexuais. Auxiliados
por esse machismo que vem do mais profundo inferno, eles não tratam as esposas
como deveriam, ou seja, como um vaso mais frágil. Por essa razão, sofrem as
consequências de sua insensatez.
Maridos! Saibam de uma coisa: quando o relacionamento marido e
esposa não está de acordo com os planos de Deus, os filhos se perdeme a família
fica desestruturada. As consequências são muitas: filhos com baixo desempenho
escolar, filhos doentes e que até regridem no processo de aprendizado. Aliás,
esses são inclusive alguns recursos que os filhos se valem na tentativa de
reconciliar o casal novamente. O maior presente que os pais podem dar a seus
filhos é a certeza que o papai e a mamãe se amam, e aconteça o que acontecer
eles estarão sempre juntos.
Todo cristão precisa urgentemente se equipar com a armadura de
Deus. O inimigo conhece muito bem as dificuldades e os pontos fracos de cada um
e sabe atacá-los como ninguém. A Palavra de Deus é clara em dizer que todo
cristão não deve ignorar seus ardis, que precisa equipar-se com essa armadura:
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra
as astutas ciladas do diabo. Efésios 6:11. Tomando, sobretudo, o escudo
da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Efésios 6:16. Paulo também nos ensina: Para que satanás não alcance
vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. 2 Coríntios 2:11.O
inimigo tem seus estratagemas, suas sutilezas e suas artimanhas para enredar e
manter o homem debaixo de sua mão opressora. Por isso, é necessário que todo
crente esteja vestido adequadamente para enfrentar a batalha e permanecer
inabalável nos dias maus.
Jesus foi enfático ao dizer: Já não falarei muito convosco,
pois se aproxima o príncipe deste mundo. Ele nada tem em mim. João 14:30.Com
a aproximação de satanás, Jesus não disse que ele não tinha nada haver com ele,
o que seria uma resposta verdadeira, mas Ele disse: Ele não tem nada em
mim! Sem sombra de dúvidas, isso está escrito para o ensino. Então, a
pergunta que deve ser feita é: o que o príncipe deste mundo tem em mim? Se ele
tem algo em mim, é porque permiti que ele se colocasse em minha vida. Talvez por
ser um crente morno, misturado com o mundo, que não está equipado com a armadura
de Deus. Podemos estar sofrendo os ataques de satanás por termos nos conformado
com este mundo.
Outra estratégia de satanás para com o povo de Deus é atacar a
mente. O principal acesso na vida dos cristãos é pela mente. A mente tornou-se
um campo de batalha, onde o inimigo ataca incansavelmente. Por isso, a exortação
de sermos vigilantes e de levarmos todo o pensamento cativo à obediência de
Cristo. As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus,
para destruição das fortalezas. Derrubamos raciocínios e toda altivez que se
levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à
obediência de Cristo. 2 Coríntios 10:4-5.O cristão deve pensar nas coisas do
alto, ocupar a mente com tudo o que é verdadeiro, honesto, puro, justo e amável,
permitindo que a palavra nele habite ricamente.
Pela regeneração, pelo novo nascimento, o inimigo perde todo
acesso, todo controle que outrora possuía sobre o homem. A Palavra de Deus diz
que ele está como um leão velho, fraco e desdentado a rugir em derredor do
crente. Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor,
rugindo como leão, buscando a quem possa tragar. 1 Pedro 5:8.
O cristão não deve nem valorizar nem subestimar o inimigo, mas
deve colocá-lo em seu devido lugar, ou seja, debaixo dos pés de Jesus Cristo, o
Salvador. Quando o apóstolo Paulo começa a falar sobre a armadura de Deus, ele
diz: No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder. Efésios 6:10.Somente quando o crente está fortalecido no Senhor e na
força do seu poder, é que pode ser mais do que vitorioso, porque sem Ele nada se
pode fazer.
A maior necessidade do cristão hoje é andar na presença de
Deus. É não ser um crente morno. É colocar Deus em primazia na sua vida. É
render-se diante Dele e lhe dizer: “Pai eu preciso de ti. Sonda-me, conhece o
meu coração”. É ficar o tempo todo em sua presença para realmente sair vitorioso
contra as astutas ciladas do inimigo, para conseguir ser o bom perfume de Cristo
e ter uma família equilibrada que glorifique a Deus. Não se deve permitir ser
menos do que a graça de Deus pode fazer na sua vida, e na vida de suas famílias.
Pelo poder de Deus, fomos desarraigados desse mundo tenebroso.
O trabalho de satanás é fazer o crente conformar-se com este
mundo e, dessa maneira, fazê-lo perder a batalha. Por isso, a exortação: E
não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus. Romanos 12:2.
Que nosso Deus e Pai possa abrir os olhos do nosso
entendimento, para reconhecermos as astutas ciladas de satanás, sermos pessoas
saradas para poder sarar nossas famílias e viver não olhando para trás, mas para
o alvo da nossa vida, a bendita pessoa de seu filho Jesus Cristo. A Ele e
somente a Ele seja a glória para todo o sempre. Amém.
Solo Deo Glória.
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sábado, 8 de setembro de 2012
NÃO VOS ENGANEIS
Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua
astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade
e pureza devidas a Cristo. 2 Coríntios 11:3.
A natureza do engano constitui-se de aparência de sinceridade,
de pureza e de semelhança. O Diabo não se apresentou a Eva abertamente dizendo:
"Eu sou o diabo, o inimigo de Deus, e venho para O caluniar e arruinar-te". O
engano da serpente veio adornado da proposta "como Deus sereis". O homem
não-regenerado está na condição de enganado: Pois nós também, outrora, éramos
néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e
prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.
Tito 3:3. O religioso que anda segundo a lei também está nesta condição: Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros
caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de
ossos de mortos e de toda imundícia! Mateus 23:27. O homem é antes de tudo
enganado pelo seu próprio coração: Enganoso é o coração, mais do que todas as
coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Jeremias 17:9.
O temor de Paulo não era que os coríntios rompessem de forma aberta e completa com Cristo, mas que se afastassem paulatinamente da simplicidade e pureza que haviam aprendido para as invenções estranhas e doutrinas de falsos mestres. No engano as doutrinas serão entregues como se fossem verdades, "parece mais não é". Alguém disse: De todas as artes, a mais bela é a de saber disfarçar-se. Satanás opera sob o disfarce da luz. Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras. 2 Coríntios 11:13-15. A sutileza no falar, a máscara usada pelos falsos pregadores, somadas ao adágio popular que diz "me engana que eu gosto", e juntando-se "a coceira nos ouvidos", tudo isso tem contribuído para que muitos se afastem da simplicidade do evangelho.
Quando é que somos enganados? 1)Quando nos dizem que não temos
pecado: Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e
a verdade não está em nós. 1 João 1:8. A Palavra de Deus afirma: Pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3:23; 2)Quando pensamos que somos
alguma coisa, não sendo nada: Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não
sendo nada, a si mesmo se engana. Gálatas 6:3; 3)Quando pensamos que somos
sábios: Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio
neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. 1Coríntios 3:18; 4)Quando
achamos que os injustos herdarão o reino de Deus: Ou não sabeis que os injustos
não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem
adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem
bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. 1Coríntios
6:9; 5)Quando fomentamos especulações irreverentes: Não vos enganeis: as más
conversações corrompem os bons costumes. 1Coríntios 15:33; 6)Quando usamos nosso
próprio raciocínio para compreendermos a palavra de Deus, e uma linguagem
sofisticada para explicarmos a simplicidade do evangelho, que é morte e
ressureição: Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes.
Colossenses 2:4; 7)Quando cremos que é por meio de obras que obtemos a salvação,
sendo que, na verdade, a nossa incapacidade é a matéria-prima da graça:
Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de
Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por
ele foi enviado. João 6:28-29; 8)Quando confiamos no pregador, na estrutura, nos
rituais, nos feitos, nas maravilhas e até mesmo na própria "experiência
espiritual": Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura,
não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e
em teu nome não fizemos muitos milagres? Mateus 7: 22. A insensatez de todos
aqueles que não possuem mais do que a aparência, será manifestada: Então, lhes
direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os
que praticais a iniqüidade. Mateus 7:23.
O falso se assemelha tanto ao verdadeiro, que o Senhor Jesus
nos adverte do perigo: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando
grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.
Mateus 24:24.
O apóstolo Paulo na sua oração aos crentes de Éfeso, faz o seguinte pedido: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos. Efésios 1:17-18. Nesta oração ele faz o pedido para que Deus nos dê espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento dele. E o Senhor Jesus disse: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6. Tudo aquilo que está fora de Cristo é falso. Não existe, rigorosamente falando, nenhum outro lugar seguro fora da Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele é o único fundamento pelo qual o homem pode descansar. Deus entregou tudo ao Seu filho; O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. João 3:35. Deus confiou ao Seu filho, e não a nós, a realização de todas as coisas. A nós cabe um simples olhar para a Pessoa do Senhor Jesus Cristo: Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2. O fundamento da salvação é o Cristo morto e ressuscitado. Ver Jesus, com os olhos da fé, pregado na cruz e assentado no trono, é uma visão que deve dar paz sólida à consciência e perfeita liberdade ao coração. O Senhor Jesus liquidou todas as coisas na cruz a favor do Seu povo. O Cristo ressuscitado é a prova eterna de uma redenção efetuada, e Nele temos a garantia de uma verdadeira experiência. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Gálatas 2:19-20.
Solo Deo Glória.
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ABORRECENDO A PRÓPRIA VIDA
Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e
mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode
ser meu discípulo. Lucas 14:26.
A condição estabelecida pelo nosso Senhor para ser Seu
discípulo, não é só aborrecer, pai, mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs, mas a
própria vida. Aborrecer, expressa vigorosamente o contraste e a separação que
deve haver entre, os afetos naturais do discípulo e a sua devoção total ao
Senhor. E, a palavra “vida” aqui, é a palavra grega psique, que pode ser
traduzida por alma.
Mas, o que está errado com a vida da alma?Que relação há entre
a alma e a vida da alma? Por que precisamos aborrecer a própria vida? Deus
formou o corpo do homem do pó da terra e soprou-lhe nas narinas o fôlego de
vida. A palavra vida, no hebraico, está no plural; literalmente poderíamos
traduzir por fôlego de vidas.Assim sendo, o homem foi formado decorpo, alma e
espírito.
O sopro de Deus formou no homem o órgão espiritual, projetado
para ser preenchido por Deus, isto porque, é pelo espírito que o homem
experimenta, de fato, a presença de Deus e, pelo qual pode ter comunhão com Ele
e adorá-Lo.
O corpo do homem foi projetado para interagir com o mundo
material. O homem tem cinco sentidos, sem os quais não é possível sentir,
presenciar, e também apreciar as coisas deste mundo.
Quando o espírito e o corpo se fundiram, surgiu a alma vivente.
Uma alma viva foi formada. Portanto, o homem é uma unidade tripartite, possuindo
um corpo para interagir com o meio e um espírito para se interagir com Deus.
E, o que podemos dizer da alma? A almacorresponde à consciência
de si mesmo. E, por meio dela, o homem experimenta as emoções e também o
capacita a exercer a sua própria vontade.
Pelo fato de existir um mundo espiritual, o homem tem um
espírito; pelo fato de existir o mundo da alma, o homem tem a sede da
personalidade plantada nela. Porque há um mundo material, o homem tem um corpo.
É por esta razão que o homem é constituído de três partes: O mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23.
Contudo, logo após a queda, o homem perdeu a capacidade de se
comunicar com Deus. O espírito que lhe fora dado para interagir com Deus,
literalmente morreu. A partir daí, o homem passou a viver “almaticamente”, isto
é, com uma alma muito grande, predominante.
De fato o que aconteceu na queda do homem, no jardim do Éden,
foi uma substituição de posição. A vida da alma deveria ser regida pela vida do
espírito. Entretanto, pelo fato do espírito estar “morto,” a vida do espírito
foi substituída pela vida autossuficiente e egocêntrica da alma. E, assim, o
problema do homem passou a ser a vida do eu que está dentro de sua
alma. Eis a razão porque o Senhor Jesus disse: Quem acha a sua vida
perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á. Mateus
10:39.
Na verdade, não há nada de errado na existência da alma, pois,
foi o próprio Deus quem a criou. O problema é a “vida” pecaminosa que está
alojada dentro dela, implantada logo após a queda. É essa vidaque o homem
precisa perder.
Se alguém ama a sua vida neste mundo, perdê-la-á, porque esta
“vida” não está em harmonia com Deus e nem pode estar. O homem “natural” não tem
prazer nas coisas de Deus. Porém, se alguém, pela graça de Deus, perder a “vida”
por causa de Cristo, passará para uma posição nova e eterna.
É necessário aborrecer a própria vida para andar com Deus, isto
é, perdê-la. Portanto, levar a cruz e seguir a Cristo é o único meio do homem se
tornar Seu discípulo.
Cristo veio a este mundo para salvar o homem “natural” –
essencialmente mau, perdido e sem esperança. Este homem “natural,” no qual “não
habita bem nenhum,” por estar morto em seus delitos e pecados, necessita de
redenção. Para salvá-lo, Cristo veio em graça, porque não há no homem força ou
capacidade para deixar de ser o que é. Em conseqüência disto, o homem depende
inteiramente da graça que vem de Deus.
A alma deveria ser governada pela vida do espírito. Entretanto,
pela queda, a vida do espírito foi substituída pela vida egocêntrica da alma. Na
cruz, o processo se dá de forma inversa.
Na cruz a velha vida, ou a vida autossuficiente, é destruída e
substituída pela vida de Cristo. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei,
para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas
Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de
Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:19-20.
Com base neste texto podemos definir um cristão como aquele que
foi substituído. Não mais a vida egocêntrica, mas Cristo. A velha vida foi
substituída pela vida de Cristo. Agora, Cristo é a nossa vida.
Cristo é a Pessoa que alimenta a nossa alma. Este é o fato que
sempre deve estar perante o nosso espírito. Vivemos pela fé no Filho de Deus que
nos amou e Se deu por nos. A fé individual nos liga a Cristo. Ele é precioso em
nossa vida pessoal por ser, agora, a razão da fé íntima da nossa alma.
A partir deste momento, a alma se ocupa com o comando da vida
de Cristo e, se deleita no descanso. Porque não é a alma que deve viver a vida
de Cristo, mas Cristo se manifestando no viver da alma. Ainda por um pouco, e
o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também
vivereis. João 14:19.
A Sua presença em Espírito na vida dos Seus é tão real quanto a
Sua presença em carne aqui na terra, vós me vereis. E, isso significa
conhecê-Lo com os olhos do coração. E, além do mais, esta visão espiritual de
Cristo que o coração tem, pela presença do Espírito Santo, liga-se à vida do
próprio Senhor.
Porque eu vivo, vós também vivereis, diz o Senhor. Nós
vemos a Jesus em espírito, porque temos a vida espiritual. E esta vida está
Nele, e Ele é esta vida, porque “esta vida está no Filho”. Ela é tão segura como
a duração da vida do próprio Senhor Jesus.
A nova vida é, em cada ato, a manifestação Dele próprio, porque
Ele é a nossa vida: Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente
com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então,
vós também sereis manifestados com ele, em glória. Colossenses 3:3-4.
Esta é a preciosa e consoladora verdade a respeito do cristão.
Pelo fato de Cristo ter morrido e ressuscitado por ele, e ele morrido e
ressuscitado com Cristo, o cristão recebeu a vida de Cristo, por isso, tudo que
Cristo fez por ele, lhe pertence.
Assim, o cristão está morto, porque Cristo morreu por ele. O
cristão vive, porque Cristo vive nele, e a vida que está nele é Cristo. Esta
vida de Cristo, a força da tentação, a culpa, os ataques do inimigo e o pecado,
não podem destruí-la.
Numa palavra, a vida em Cristo é a grande verdade que define o
cristão. O Cristão é aquele que está em Cristo. A única garantia que temos da
vida eterna é esta: estou em Cristo! Lamentavelmente, sabemos que há muita gente
dentro das igrejas, porém fora de Cristo.
Perder a própria vida significa morrer. Morrer significa que
tudo o que se ligava à velha vida teve o seu fim naquela cruz. A condenação, o
medo e a impotência são vistos pela ótica da suficiência do nosso Senhor Jesus
Cristo, quando a vida que está em nós é a vida de Cristo.
Além do mais, esta vida está escondida com Cristo, em Deus,
isto é, guardada, selada e nada neste mundo ou no porvir pode tocar ou manchar
esta vida, porque é a vida de Cristo.
Aqueles que foram salvos se tornaram vasos de Sua manifestação.
Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então... Vasos que estão
sendo trabalhados para refletirem a imagem de Cristo. Vasos dos quais a vida de
Cristo exala, segundo o poder da presença do Espírito Santo. Portanto, a
verdadeira vida cristã não é senão a manifestação da vida de Cristo implantada
no crente pela operação do Espírito Santo.
É de fundamental importância para aqueles que nasceram de novo,
experimentar o significado da expressão: “Cristo vive em mim”. Qual é o peso
desta expressão? Significa simplesmente que daqui em diante eu não preciso
tentar viver a vida cristã, confio inteiramente que Cristo é suficiente para
viver em mim.
Como creio e confio que Cristo vive em mim, não mais farei
qualquer movimento. Portanto, devemos aprender a viver diante de Deus – a não
fazermos qualquer movimento por nós mesmos, mas apenas nos movermos em Sua
direção. Na verdade, não devemos nem tentar, simplesmente ficarmos quietos.
Agir por conta própria é maior tentação que podemos sofrer. A
vida vitoriosa não é senão essa: Não precisar viver. Não precisamos nos esgotar
por causa do viver, precisamos apenas desistir e descansar.
Que a nossa oração seja esta: Senhor, em todas as
circunstâncias, tome a iniciativa. Tu és o meu Senhor, então faça a Tua
vontade!Amém!
Solo Deo Glória.
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domingo, 2 de setembro de 2012
DESORIENTE SEU NATAL
Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz. Do
incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no
seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e
para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9: 6 e
7
Tratar dos sintomas de uma
doença sem levar em conta as causas é um problema sério. É um perigo muito
grande tratar da felicidade das pessoas sem a troca do coração. Dar às pessoas
impressão de que elas podem ser felizes sem que haja uma cura profunda da alma
humana. E é isto que queremos tratar aqui, sobre a áurea do espírito do Natal. O
que está por trás do espírito do Natal? Qual é o incentivo à alegria e à
felicidade das pessoas, sem levar em conta a troca do coração? Por que estamos
valorizando a euforia natalina, a paz natalina, tratada através de uma série de
expedientes que não produzem o verdadeiro estado de paz que Deus veio dar ao
coração dos homens? Como desorientar o
Natal que está tão orientalizado?
E plantou o
Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente; e pôs nele o homem que havia
formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista
e boa para alimento e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do
mal. Gênesis 2: 8 e
A palavra oriental ou oriente
ou orientar decorre exatamente desta procedência: a busca do sol , do lado do
oriente onde há um sol nascente. Daí vem toda a filosofia que rege a tentativa
do homem de se auto dirigir. Deus, quando criou todas estas árvores, colocou
duas árvores centrais no jardim, como vimos no texto. A do conhecimento da
ciência do bem e do mal e a árvore da vida. Nos versos 16 e 17
deste mesmo capítulo, Ele dá uma ordem ao homem: E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: de toda
a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal, não comerás; porque, no dia em que
dela comeres, certamente morrerás. Deus criou todas as árvores, e o
homem deveria comer delas livremente. Mas uma árvore era proibida; a árvore da
ciência do bem e do mal. A árvore da vida não foi proibida ao homem comer. Ele poderia comer livremente do fruto desta
árvore. Porém a árvore da ciência do bem e do mal estava proibido ao homem
comer, porque no dia em que ele comesse, certamente morreria. A desobediência surgiu exatamente de um sentimento
que foi introduzido no coração do homem, pela serpente. Se o homem comesse da árvore da ciência do
bem e do mal, ele se tornaria como Deus. E a mulher foi até ao jardim e
contemplou aquela árvore. Veja o verso 6 do capítulo 3 de Gênesis,
o que diz: Vendo a mulher que a árvore era boa para se
comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe
do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. A mulher ficou fascinada com a idéia
brilhante que poderia torná-los iguais a Deus. E ela ficou olhando detidamente
para aquela árvore e viu três coisas marcantes: a árvore era agradável aos
olhos; aquilo que nos agrada aos olhos, que enche os nossos olhos, fascina; o
fruto era gostoso, saboroso ao paladar. Ela nunca tinha comido, mas intuiu: é
bom para ser comido. E era uma árvore desejável para dar entendimento, pois nela
estava inserida a ciência do conhecimento do bem e do mal. E ela ficou olhando
com aquele desejo da imaginação - que
exatamente é a coisa que está na áurea do Natal. Porque tudo que existe no Natal
é imaginativo: o Papai Noel tem uma riqueza de imaginação muito grande. Ela foi lá e pegou o fruto, e comeu, e deu ao
marido, que também comeu. E quando eles caíram no pecado, os versos 7
e 8 nos dizem o que aconteceu:
Abriram-se, então, os olhos de ambos; e,
percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para
si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do
dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre
as árvores do jardim.
Toda a trama do pecado está
envolvida com a flora: o fruto de uma planta foi o objeto da cobiça. As folhas
de outra planta foram usadas para confeccionar as tangas, e as árvores do jardim
se tornaram em esconderijo do casal. O homem tem usado a floresta para
manifestar a sua forma de adoração. As formas de adoração mais primitivas do
homem são aquelas ligadas à floresta, às coisas da mata. Junto com o fetichismo
da floresta está toda uma filosofia orientalista que manifesta sobre os homens a
tendência de buscar os poderes fitológicos, ou poderes das plantas que podem
gerar no homem, energias. A proposta é fazer com que o homem se torne cada vez
mais naturalista e energeticamente poderoso. Faz parte desta religião, que está
tomando conta do mundo, até na alimentação: não se come carne vermelha, porque
carne representa sacrifício e sacrifício apela para a morte, e morte aponta para
o sacrifício e morte de Cristo. Caim detestou a idéia de sacrifício, preferindo
ficar dentro da religião das plantas. O homem comeu de uma árvore, cobriu-se com
folhas de árvore, escondeu-se atrás das árvores, porque a religião do homem, a
religião humanista, é a religião das plantas, do naturalismo das
florestas. Depois do pecado, o homem foi
proibido por Deus de poder comer da árvore da vida. O verso 24 do capítulo
3, mostra exatamente isto: E, expulso o homem, colocou querubins ao
Oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para
guardar o caminho da árvore da vida. Deus colocou querubins ao oriente
do jardim. Não ao ocidente, não ao norte nem ao sul, mas ao oriente do jardim,
para proteger, para guardar a árvore da vida, a fim de que o homem não
pudesse comer do fruto da árvore da
vida. Gênesis 22: 3: Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem
se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a
mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. Deus proibiu. Deus impediu que o homem comesse
do fruto da árvore da vida depois do pecado, para que ele não se tornasse um
pecador eterno. Se o homem comesse da árvore da vida com o pecado no seu
coração, ele seria eternamente pecador, sem condições da salvação. No primeiro
caso, Deus não impediu, porque Ele deu liberdade ao homem para que comesse de
todas as árvores, inclusive da árvore da vida. Mas depois do pecado, o amor de
Deus é tão grande que não permitiu mais ao homem comer da árvore da vida,
evitando assim, que ele se tornasse um pecador permanente, no tempo e no espaço.
Então Deus providenciou o escape, impedindo o acesso à arvore da vida.
Contudo, o protótipo da
religião de Caim é este: quando veio apresentar a sua oferta, veio apresentar uma oferta que era fruto do
seu esforço. Era o fruto das plantas da terra, que ele havia produzido.
Entretanto Deus rejeitou a oferta de Caim. Rejeitou aquele ato religioso, porque
foi uma oferta que custou-lhe suor. O suor é um produto do pecado, é
conseqüência da rebeldia: com o suor do teu rosto ganharás o teu
pão, foi a sentença a partir do
pecado. Caim se desgostou e futicou seu
irmão. Ele matou seu irmão, porque a religião tem a tendência de matar, de
perseguir, de destruir aqueles que lhes são contrários. O Evangelho, não. O
Evangelho salva. O Evangelho de Jesus Cristo é para salvar. Religião é esta
confusão generalizada no mundo; estas perseguições, estes engodos, esse tirar
vantagem do povo. O Evangelho dá; a religião pede. A religião exige; o Evangelho
concede. O Evangelho é graça; a religião é esforço. E como os religiosos
normalmente se irritam com a graça, eles matam os graciosos. Foi o que aconteceu
com Caim. E depois, Deus disse: Mas,
Caim, se você fez mal, o pecado está na porta, a ovelha está lá esperando para
você sacrificá-la e cabe a ti dominá-la; e se você fizer isto , você vai ser
aceito. Mas ele não quis e saiu, diz o capítulo 4, verso
16, da face do Senhor. Presta atenção para onde ele foi: Retirou-se Caim da presença do Senhor e
habitou na terra de Node, ao Oriente do Éden. Para onde ele foi? Onde é
o Oriente? O lugar onde Deus havia colocado os anjos para ninguém entrar em
contato com a árvore da vida. Mas foi para o Oriente que ele se dirigiu. A
palavra Oriente aparece com letra maiúscula na Bíblia, porque não está falando
dos quatro pontos cardeais, mas da localização da filosofia que está governando
o mundo. Caim foi para o Oriente do Éden, de onde pretendia penetrar no
território da árvore da vida.
Gênesis 13: 11 mostra qual foi a desgraça de Ló. Este sobrinho de
Abrão, que saiu juntamente com Abrão da sua terra, da terra de Ur dos caldeus,
terra que significa luz. Ur significa luz, e a Caldéia é exatamente o Oriente. É
da luz da filosofia oriental que Deus
tirou Abrão e disse: Vem para cá para o
Ocidente, para o outro lado, Eu quero você no ocaso, na morte e não na vida do
sol nascente. Eu quero você sem este poder que a humanidade quer levantar no
mundo.
A família de Abrão teve
dificuldades com a disputa dos pastores por causa das ovelhas e do gado que
cresceram. Eles começaram a ter problemas e houve necessidade de uma separação.
Mas a desgraça de Ló está neste versículo: Então, Ló escolheu para si toda a campina do
Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. Partiu Ló para
o Oriente. Isto significa muito mais do que uma região. Significa uma
orientação; um comando de influências no modo de viver.
A desgraça de Jacó foi se
envolver com a filosofia do Oriente, quando saiu da casa dos seus pais. Ele foi
buscar uma mulher no Oriente para se casar. E esta mulher foi que trouxe os
primeiros vestígios da idolatria, para a família dos patriarcas. Raquel furtou
os ídolos da casa de seu pai e os trouxe como marca da religião oriental. Ela
colocou os ídolos debaixo da sela, e sentada na sela dizendo-se menstruada, para
que o pai não tocasse nela. Nesta condição ela encontrava-se imunda. Foi lá do
Oriente que ela trouxe os seus primeiros ídolos. Pôs-se Jacó a caminho e se foi à terra do
povo do Oriente. Gênesis 29:1.
Quando Jacó teve um sonho em
que ele viu uma escada por onde os anjos desciam e subiam, Deus lhe fez uma
promessa de que nele seriam benditas todas as famílias. Nele, o povo de Israel
iria ser uma bênção para a humanidade. Gênesis 28:14 diz que ele seria uma
bênção em todas as partes do mundo, nos quatro cantos: A
tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o ocidente e para
o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e na tua descendência serão
abençoadas todas as famílias da terra.
Aí está falando já de Jesus Cristo, o descendente de Jacó, que seria uma
bênção para todas as famílias da terra. Mas Jacó, ao invés de tomar uma
orientação de Deus e não ir para o Oriente, se desorientou e foi exatamente para
o Oriente buscar a forma de comportamento orientalizado que veio através da sua
esposa. Quando Balaque quis amaldiçoar o
povo de Israel, foi pedir a Balaão, um mago, um profeta que vinha do Oriente,
para buscar os poderes dos altos orientais, dos montes orientais, a fim de
amaldiçoar o povo de Deus: Então, proferiu a sua palavra e disse:
Balaque me fez vir de Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem,
amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel. Números 23:7.
A sabedoria de Salomão, o homem
mais sábio que já existiu na face da
terra para governar, é maior do que a sabedoria do Oriente. Mas foi Hirão, filho
da viúva, um oriental, que deturpou a sabedoria de Salomão e trouxe problemas
sérios para o Rei Salomão, fazendo com que ele construísse um templo, que Deus
não havia requerido. E nos moldes do oriente, que se casasse com aquele mundo de
mulheres; mulheres que trouxeram influências para o povo de Israel, disseminando
a idolatria, para nunca mais ser livre. Pois, quando o povo tirou a idolatria
dos ídolos visíveis, depois do cativeiro babilônico, entrou na idolatria da
numeralogia, da Cabala, que até hoje está acabando com Israel. No livro de
1 Reis 4:29 e 30 temos o pensamento de Salomão, maior do que o
oriental: Deu também a Salomão sabedoria, grandíssimo
entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a
sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a
sabedoria dos egípcios. A palavra de Deus começa a chamar a atenção bem
significativamente: a sabedoria de Salomão era maior do que a sabedoria do
Oriente, porque a sabedoria de Salomão era revelada por Deus e a sabedoria do
Oriente é a do homem, apresentando os seus próprios pensamentos. É do Oriente que vem toda a deturpação do povo de
Deus: Isaías 2: 5 e 6: Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do
Senhor. Pois tu, Senhor, desamparaste o teu povo, a casa de Jacó, porque os seus
se encheram da corrupção do Oriente e são agoureiros como os filisteus e se
associam com os filhos dos estranhos. Do Oriente vem a filosofia que
deturpou e que deturpa toda a obra de Deus. É do Oriente que vem o pensamento
positivista, o pensamento ariano do homem superior. Da cabeça do Brahma superior
é que vem a divisão das castas, a seleção do homem especial que governa o
mundo. É do Oriente que vem todo o sinal relevante do anticristo
. E a Bíblia está chamando a atenção
para a deturpação que procede desta influência orientalista. Estamos começando a entrar no significado do Natal.
Estamos falando da adoração do deus sol que é o deus do Oriente, de onde o Japão
tem o seu rei como o filho do sol nascente. Um dos princípios da adoração ao
sol, começou no Oriente,
desenvolvendo-se pelos babilônios e chegando vivo ao povo de Israel, nos tempos
do profeta Ezequiel . No capítulo 8, verso 16, ele mostra como foi
que as pessoas se faziam adoradores do sol. Dentro do templo, eles se ajoelhavam
olhando para o sol: Levou-me para o átrio de dentro da Casa do
Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o
altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor e com o
rosto para o Oriente; adoravam o sol, virados para o Oriente. Viravam as
costas para o átrio do Deus da santidade e olhavam para o Oriente, de onde
deriva todo o conhecimento da revelação religiosa do mundo. Hoje, a maior
religião que manifesta esta idéia é o Induísmo, como o seu sincretismo
universal. Também, por meio do Maometismo, o pensamento oriental conseguiu
implantar o desenvolvimento da filosofia maçônica, que governa grande parte da
estrutura do pensamento Ocidental. É da banda do Oriente dos kadoshes (ou sábios), que ficam com a
cabeça voltada para o oriente, para receber os poderes imanentes das forças
cósmicas da lua, do sol e da estrela de Sírio, que é a estrela governante do
planeta Terra, que vem a filosofia que orienta os
governos.
Os magos, aqueles magos
decantados em prosa e verso e cantados pelo Natal, são os grandes genocidas da
história, porque vieram trazidos por uma revelação de Deus para adorar uma
criança. Traziam os seus presentes de ouro, incenso e mirra e é por aí que dizem
serem três magos. Mas a Bíblia não diz que eram três. Puseram até nome nesses
magos. Mas a Bíblia não diz quantos magos eram nem qual os seus nomes. Eles
vieram do Oriente trazendo os seus presentes. Alguns autores chegam a dizer que
estes presentes foram as primeiras formas de corrupção da religião da posse,
tentando conquistar o reino de Deus pelo próprio esforço. Nós vamos fazer alguma
coisa, para que Deus nos dê em troca o seu reino, porque nós merecemos. Esta é a
filosofia da religião do Natal, que incita a dar presente às pessoas que
merecem, para que elas fiquem felizes, pelos merecimentos que têm. Aqui não se
enfatiza o evangelho da graça, que se coloca em benefício de quem não merece,
para dar e fazer tudo em favor de quem nada merece. O Evangelho contradiz
totalmente a religião do Natal, pois Cristo se oferece em favor dos falidos. Vinde a mim todos vós que estais cansados e
oprimidos e Eu vos aliviarei.
O modelo do Natal é um esquema
de valores da religião do esforço. Lá vêm os magos do Oriente, Mateus 2:1 e 2, trazendo
presentes para entregar a Jesus. Porém, trouxeram também junto com a bagagem a
morte das crianças que Herodes mandou matar. É sempre assim: o Oriente começa
com a Palavra de Deus, começa com a revelação de Deus e depois vai buscar a
opinião dos homens. Quando os magos chegaram em Jerusalém, eles largaram a
estrela que Deus lhes havia dado e foram procurar a opinião dos homens. E por
causa disto, eles causaram o morticínio daquelas crianças todas que Herodes
mandou matar. Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em
dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E
perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua
estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Nós estamos aqui trazendo a nossa adoração
do Oriente. Deus não está interessado em coisas que o homem oferece a Ele,
mas Deus está interessado
Mas existe do Oriente os
poderes que vêm no final dos tempos trazer a maior deturpação da história da
Igreja: Apocalipse 16:12 a 14,
mostra que os reis do Oriente, os sábios, vão atravessar o rio Eufrates para
poder transmitir a doutrina dos demônios às pessoas, para que elas realizem os
poderes da mente: Derramou o sexto anjo a sua taça sobre o
grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos
reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da
boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a
rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem
aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do
Deus Todo-Poderoso. Estes poderes estão sendo transmitidos no mundo
todo. São os poderes da mente, os poderes cósmicos, os poderes do homem, da
auto-suficiência, através da busca, dos desejos do homem. No livro de Provérbios 13: 12, há uma coisa
interessante: que a árvore de vida é considerada como a árvore dos desejos e que
o homem não gosta de esperar. Quê! esperar, para o homem, é uma coisa muito
difícil: ele quer a concretização dos desejos imediatamente. A
esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de
vida.
Esta árvore da vida é a
manifestação dos desejos do homem. O homem não pode ter a árvore da vida porque
ele está no pecado, mas ele busca conquistar a árvore da vida pelos seus
próprios desejos, realizando-se naquilo que ele pode se fazer desejável. E como
ele não pode conquistar, começou lá na Babilônia a manifestação de uma árvore da
vida chamada árvore verde. Árvore verde era no momento em que secava tudo por
causa do inverno. O inverno é o símbolo da morte, onde todos os animais se
enfurnam e desaparecem e as plantas caem as folhas e secam. Só ficavam umas
árvores verdes, que são o pinheiro cipreste e as heras. Estas ficavam verdes, e
as árvores verdes eram adoradas como a vida eterna, a vida que nunca se acabava.
E esta árvore verde começou a entrar no povo de Israel e começou a trazer
problemas bem interessantes. Jeremias
2: 20 mostra que o povo quando estava na Babilônia estava sendo
influenciado por esta árvore verde: Quando eu já há muito quebrava o teu jugo, e
rompia as tuas ataduras, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo em todo
outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e corrompendo
(ou prostituindo-se). Debaixo das árvores verdes vocês estão entrando
para a adoração. De que? Da busca da árvore da vida, da vida eterna sem o
sacrifício, sem a morte. É a simbologia da Babilônia. Em Jeremias 3: 6 mostra que a árvore
tornou-se a fonte da prostituição espiritual do povo de Israel: Disse mais o Senhor nos dias do rei Josias:
Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi-se a todo o monte alto, e debaixo de
toda a árvore verde, e ali andou prostituindo-se. Ainda em Jeremias 3: 13, o uso da árvore verde se tornou o símbolo em
Judá, da transgressão da Palavra de Deus: Somente reconhece a tua iniqüidade: que
contra o Senhor teu Deus transgrediste, e estendeste os teus caminhos aos
estranhos, debaixo de toda a árvore verde, e não deste ouvidos à minha voz, diz
o Senhor.
Durante 336 anos, a igreja cristã não teve festa de
Natal. No ano
Estes expedientes descomedidos
foram expurgados dos seus exageros e transplantados para dentro da igreja. A
orgia se transformou na recatada ceia de
Natal, passando a fazer parte do processo de celebração e pouco a pouco
começaram a surgir pequenas deturpações: fogueiras se transfiguram em velinhas
como fogo, depois em luzinhas, pisca-pisca. As luzinhas são mais bonitinhas.
Elas não queimam, não poluem e ficam acendendo nas cidades; acendem e apagam
produzindo uma sensação extasiante. É muito bonito e dá uma idéia deslumbrante de
euforia. Mas sem troca de coração, que
alegria é esta? Maravilhoso, sim! só que não resolve o problema do coração. Do
mesmo modo que se eu tomasse um remédio que mascarasse os sintomas poderia
trazer prejuízo tremendo. Esta alegria da emoção, esta alegria da visão, esta
alegria produzida pelos sentimentos é um prejuízo para o homem. A alegria do
Natal é a alegria de ter paz. É a justiça de Deus se manifestando no coração do
homem. Não é a alegria de bebida, de comida, de presentes. Não é a alegria de
festas, de compras, de cores, de música, de luz, de momentos deleitosos. É a
alegria da justiça, porque o reino de Deus, Romanos 14:17 diz claramente: Porque o reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. O texto que
lemos no princípio disse: Do incremento deste principado e da paz não
haverá fim sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em
juízo e em justiça.
Jesus Cristo não veio a este
mundo para passar a mão na cabeça de ninguém nem veio dar presentinho. Ele veio
a este mundo para tirar você de você. Veio para tirar a mim de mim, porque, quem
me faz ser insuportável sou eu mesmo, com as minhas manias, com os meus
preconceitos, com a minha tacanhez, com a minha soberba, com a minha arrogância,
com o meu pecado. Eu preciso ser livre de mim. Jesus não teve lugar na cidade de Belém, senão numa
estrebaria, num lugar pobre, vazio. E é também no lugar pobre e vazio do seu
coração que Ele quer habitar. Ele não veio para ser um Deus fulgurante, montado
num corcel gordo e fogoso. Ele veio como o servo sofredor que montou num jegue,
que se despiu da glória, para nos esvaziar desta soberbia que faz tanto mal ao
homem. É a alegria proveniente da justiça de Deus, que crucifica a nossa
natureza velha juntamente com Cristo e nos dá uma nova natureza, por meio de sua
ressurreição. A religião do Oriente, a
religião de Caim, da árvore verde do paganismo nega o sacrifício vicário, não
aceita o sacrifício de Cristo. O que ela quer são as boas obras, a justiça
própria, as coisas que fazemos para a
nossa aceitação.
Bonhomme
Noël. Sabe o que significa? O Bom
Homem Noel, o Papai Noel da tradição francesa que presenteia a todas as
criancinhas boas, que valoriza aquelas que são boazinhas e as recompensa com os
melhores presentes. Porém, a mesma tradição falava de um outro personagem,
Père Fouettard que trazia varas, chicotes para bater nas crianças más.
Père Fouettard desapareceu, sumiu da história. Esta é a mitologia trazida pelos
galeses, onde Papai Noel se confunde com
São Nicolau, padroeiro da Rússia, ou São Klaus da Inglaterra, figura inventada
nas lendas, para demonstrar a bondade em favor dos bons. Papai Noel que só
surgiu no folclore religioso cristão a partir de 1860, como a figura do velho
bondoso de barbas brancas, distribuindo os seus presentes, para engodar as crianças com a idéia de recompensa
ao mérito. Temos que enganar as pessoas com as lendas, com as historietas, para
que elas tenham sonhos e tenham imaginação; e nessas imaginações elas criem,
porque um homem sem imaginação fica saturado da realidade. Mas o homem precisa
mais do que imaginação: precisa de vida, e vida eterna, que não é produzida por
árvore verde, mas é produzida por Cristo ressuscitado. Não basta você ser bom. Cuidado com este tipo de
argumentação: Olha, se você for bom,
Papai Noel vai descer pela chaminé e vai dar presente para você porque você é
bonzinho. Vocês não são bons e não tem ninguém bom. Todo mundo é mau e
nasceu com coração mau. Nós nascemos com coração perverso, mas Jesus Cristo veio
para salvar a nós que somos pecadores por natureza. Ele não desceu por uma
chaminé de lareira a fim de brindar os bons. Ele desceu através da encarnação
para assumir uma cruz e morrer a nossa morte, ressuscitando para nos dar vida.
Ele não está querendo que você se apresente a Ele dizendo: Eu sou bonzinho. Não! você pode chegar
para Ele dizendo: Eu sou um malandro; sou
passador dos outros para trás; sou um mentiroso. Lá na escola eu colo, eu minto,
eu faço tudo que não presta porque eu tenho esta natureza. Mas, Jesus, tem
misericórdia de mim! Não queiram ser bons, não finjam bondade para ninguém,
porque tudo isso é mentira da sociedade oriental. Vá com o nome certo: diga para
o médico que você está doente, dê os sintomas certos, pois o médico pode lhe
tratar e curar. Diga para Jesus que você tem um coração perverso, pois só Ele
pode trocar o seu velho coração e dar um novo. Ele dá para quem não presta. Ele
não veio bater nas crianças. Não veio castigar os homens maus nem obsequiar os
bons. Ele veio buscar e salvar os perdidos. E Ele já morreu a morte que você
precisava morrer, para dar a você vida eterna. Não a vida da árvore de Natal,
mas árvore da vida, que nós não podemos comer lá no paraíso, com o
pecado. Precisamos parar de inventar
historietas e contos para enganar crianças, e falar a verdade, porque a verdade
salva: E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará. O Evangelho não é invenção. Não propõe iludir as pessoas com
novelas. O Evangelho é Jesus fazendo, realizando, trazendo paz; paz na Terra aos
homens a quem Ele quer bem; aos homens a quem Ele ama. É Jesus descendo para
salvar os homens pecadores e maus. Este é o verdadeiro Natal. Precisamos ser
desorientados desse Natal oriental e voltarmos para a santidade do Evangelho de
Jesus Cristo. Jesus veio a este mundo para nos salvar de nós mesmos, salvar do
nosso egoísmo, trazendo o presente mais espetacular que alguém pode ganhar, a
salvação de sua alma. É o Natal da vida de Cristo.
Assim como os micróbios e
bactérias contaminam as pessoas transmitindo doenças, os micróbios e os vírus
espirituais dentro do cristianismo, infiltraram a vida cristã de toda esta
podridão, de todo este lixo, causando o maior dano. É preciso distinguir o
verdadeiro significado do Natal. Não sou
contra a celebração do Natal, não sou um iconoclasta, não sou um destruidor, nem
um desmancha prazer. Mas agora é um tempo de verificação real para refletirmos no verdadeiro valor desta
comemoração. Natal não é festividade familiar apenas. Natal é a vida de Cristo
no seu coração, 24 horas por dia, 365 dias. É Cristo vivendo; vivendo no seu
coração. Enquanto aquela árvore murcha, Cristo verdeja na sua vida. Enquanto
aquela árvore não dá fruto, Cristo é o fruto de justiça na sua
vida.
Um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz e o seu reino não terá fim no seu coração!
Solo Deo Glória.
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