domingo, 2 de setembro de 2012

DESORIENTE SEU NATAL

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz. Do incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9: 6 e 7
Tratar dos sintomas de uma doença sem levar em conta as causas é um problema sério. É um perigo muito grande tratar da felicidade das pessoas sem a troca do coração. Dar às pessoas impressão de que elas podem ser felizes sem que haja uma cura profunda da alma humana. E é isto que queremos tratar aqui, sobre a áurea do espírito do Natal. O que está por trás do espírito do Natal? Qual é o incentivo à alegria e à felicidade das pessoas, sem levar em conta a troca do coração? Por que estamos valorizando a euforia natalina, a paz natalina, tratada através de uma série de expedientes que não produzem o verdadeiro estado de paz que Deus veio dar ao coração dos homens? Como desorientar o Natal que está tão orientalizado?
E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente; e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista e boa para alimento e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Gênesis 2: 8 e 9. A palavra da banda do oriente ou ao lado, para o oriente, coloca em foco tudo o que a Bíblia diz, de onde provém a mentalidade que tenta orientar o homem, desorientando-o.
A palavra oriental ou oriente ou orientar decorre exatamente desta procedência: a busca do sol , do lado do oriente onde há um sol nascente. Daí vem toda a filosofia que rege a tentativa do homem de se auto dirigir. Deus, quando criou todas estas árvores, colocou duas árvores centrais no jardim, como vimos no texto. A do conhecimento da ciência do bem e do mal e a árvore da vida. Nos versos 16 e 17 deste mesmo capítulo, Ele dá uma ordem ao homem: E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: de toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Deus criou todas as árvores, e o homem deveria comer delas livremente. Mas uma árvore era proibida; a árvore da ciência do bem e do mal. A árvore da vida não foi proibida ao homem comer. Ele poderia comer livremente do fruto desta árvore. Porém a árvore da ciência do bem e do mal estava proibido ao homem comer, porque no dia em que ele comesse, certamente morreria. A desobediência surgiu exatamente de um sentimento que foi introduzido no coração do homem, pela serpente. Se o homem comesse da árvore da ciência do bem e do mal, ele se tornaria como Deus. E a mulher foi até ao jardim e contemplou aquela árvore. Veja o verso 6 do capítulo 3 de Gênesis, o que diz: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. A mulher ficou fascinada com a idéia brilhante que poderia torná-los iguais a Deus. E ela ficou olhando detidamente para aquela árvore e viu três coisas marcantes: a árvore era agradável aos olhos; aquilo que nos agrada aos olhos, que enche os nossos olhos, fascina; o fruto era gostoso, saboroso ao paladar. Ela nunca tinha comido, mas intuiu: é bom para ser comido. E era uma árvore desejável para dar entendimento, pois nela estava inserida a ciência do conhecimento do bem e do mal. E ela ficou olhando com aquele desejo da imaginação - que exatamente é a coisa que está na áurea do Natal. Porque tudo que existe no Natal é imaginativo: o Papai Noel tem uma riqueza de imaginação muito grande. Ela foi lá e pegou o fruto, e comeu, e deu ao marido, que também comeu. E quando eles caíram no pecado, os versos 7 e 8 nos dizem o que aconteceu: Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.
Toda a trama do pecado está envolvida com a flora: o fruto de uma planta foi o objeto da cobiça. As folhas de outra planta foram usadas para confeccionar as tangas, e as árvores do jardim se tornaram em esconderijo do casal. O homem tem usado a floresta para manifestar a sua forma de adoração. As formas de adoração mais primitivas do homem são aquelas ligadas à floresta, às coisas da mata. Junto com o fetichismo da floresta está toda uma filosofia orientalista que manifesta sobre os homens a tendência de buscar os poderes fitológicos, ou poderes das plantas que podem gerar no homem, energias. A proposta é fazer com que o homem se torne cada vez mais naturalista e energeticamente poderoso. Faz parte desta religião, que está tomando conta do mundo, até na alimentação: não se come carne vermelha, porque carne representa sacrifício e sacrifício apela para a morte, e morte aponta para o sacrifício e morte de Cristo. Caim detestou a idéia de sacrifício, preferindo ficar dentro da religião das plantas. O homem comeu de uma árvore, cobriu-se com folhas de árvore, escondeu-se atrás das árvores, porque a religião do homem, a religião humanista, é a religião das plantas, do naturalismo das florestas. Depois do pecado, o homem foi proibido por Deus de poder comer da árvore da vida. O verso 24 do capítulo 3, mostra exatamente isto: E, expulso o homem, colocou querubins ao Oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. Deus colocou querubins ao oriente do jardim. Não ao ocidente, não ao norte nem ao sul, mas ao oriente do jardim, para proteger, para guardar a árvore da vida, a fim de que o homem não pudesse comer do fruto da árvore da vida. Gênesis 22: 3: Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. Deus proibiu. Deus impediu que o homem comesse do fruto da árvore da vida depois do pecado, para que ele não se tornasse um pecador eterno. Se o homem comesse da árvore da vida com o pecado no seu coração, ele seria eternamente pecador, sem condições da salvação. No primeiro caso, Deus não impediu, porque Ele deu liberdade ao homem para que comesse de todas as árvores, inclusive da árvore da vida. Mas depois do pecado, o amor de Deus é tão grande que não permitiu mais ao homem comer da árvore da vida, evitando assim, que ele se tornasse um pecador permanente, no tempo e no espaço. Então Deus providenciou o escape, impedindo o acesso à arvore da vida.
Contudo, o protótipo da religião de Caim é este: quando veio apresentar a sua oferta, veio apresentar uma oferta que era fruto do seu esforço. Era o fruto das plantas da terra, que ele havia produzido. Entretanto Deus rejeitou a oferta de Caim. Rejeitou aquele ato religioso, porque foi uma oferta que custou-lhe suor. O suor é um produto do pecado, é conseqüência da rebeldia: com o suor do teu rosto ganharás o teu pão, foi a sentença a partir do pecado. Caim se desgostou e futicou seu irmão. Ele matou seu irmão, porque a religião tem a tendência de matar, de perseguir, de destruir aqueles que lhes são contrários. O Evangelho, não. O Evangelho salva. O Evangelho de Jesus Cristo é para salvar. Religião é esta confusão generalizada no mundo; estas perseguições, estes engodos, esse tirar vantagem do povo. O Evangelho dá; a religião pede. A religião exige; o Evangelho concede. O Evangelho é graça; a religião é esforço. E como os religiosos normalmente se irritam com a graça, eles matam os graciosos. Foi o que aconteceu com Caim. E depois, Deus disse: Mas, Caim, se você fez mal, o pecado está na porta, a ovelha está lá esperando para você sacrificá-la e cabe a ti dominá-la; e se você fizer isto , você vai ser aceito. Mas ele não quis e saiu, diz o capítulo 4, verso 16, da face do Senhor. Presta atenção para onde ele foi: Retirou-se Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao Oriente do Éden. Para onde ele foi? Onde é o Oriente? O lugar onde Deus havia colocado os anjos para ninguém entrar em contato com a árvore da vida. Mas foi para o Oriente que ele se dirigiu. A palavra Oriente aparece com letra maiúscula na Bíblia, porque não está falando dos quatro pontos cardeais, mas da localização da filosofia que está governando o mundo. Caim foi para o Oriente do Éden, de onde pretendia penetrar no território da árvore da vida.
Gênesis 13: 11 mostra qual foi a desgraça de Ló. Este sobrinho de Abrão, que saiu juntamente com Abrão da sua terra, da terra de Ur dos caldeus, terra que significa luz. Ur significa luz, e a Caldéia é exatamente o Oriente. É da luz da filosofia oriental que Deus tirou Abrão e disse: Vem para cá para o Ocidente, para o outro lado, Eu quero você no ocaso, na morte e não na vida do sol nascente. Eu quero você sem este poder que a humanidade quer levantar no mundo.
A família de Abrão teve dificuldades com a disputa dos pastores por causa das ovelhas e do gado que cresceram. Eles começaram a ter problemas e houve necessidade de uma separação. Mas a desgraça de Ló está neste versículo: Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. Partiu Ló para o Oriente. Isto significa muito mais do que uma região. Significa uma orientação; um comando de influências no modo de viver.
A desgraça de Jacó foi se envolver com a filosofia do Oriente, quando saiu da casa dos seus pais. Ele foi buscar uma mulher no Oriente para se casar. E esta mulher foi que trouxe os primeiros vestígios da idolatria, para a família dos patriarcas. Raquel furtou os ídolos da casa de seu pai e os trouxe como marca da religião oriental. Ela colocou os ídolos debaixo da sela, e sentada na sela dizendo-se menstruada, para que o pai não tocasse nela. Nesta condição ela encontrava-se imunda. Foi lá do Oriente que ela trouxe os seus primeiros ídolos. Pôs-se Jacó a caminho e se foi à terra do povo do Oriente. Gênesis 29:1.
Quando Jacó teve um sonho em que ele viu uma escada por onde os anjos desciam e subiam, Deus lhe fez uma promessa de que nele seriam benditas todas as famílias. Nele, o povo de Israel iria ser uma bênção para a humanidade. Gênesis 28:14 diz que ele seria uma bênção em todas as partes do mundo, nos quatro cantos: A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Aí está falando já de Jesus Cristo, o descendente de Jacó, que seria uma bênção para todas as famílias da terra. Mas Jacó, ao invés de tomar uma orientação de Deus e não ir para o Oriente, se desorientou e foi exatamente para o Oriente buscar a forma de comportamento orientalizado que veio através da sua esposa. Quando Balaque quis amaldiçoar o povo de Israel, foi pedir a Balaão, um mago, um profeta que vinha do Oriente, para buscar os poderes dos altos orientais, dos montes orientais, a fim de amaldiçoar o povo de Deus: Então, proferiu a sua palavra e disse: Balaque me fez vir de Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem, amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel. Números 23:7.
A sabedoria de Salomão, o homem mais sábio que já existiu na face da terra para governar, é maior do que a sabedoria do Oriente. Mas foi Hirão, filho da viúva, um oriental, que deturpou a sabedoria de Salomão e trouxe problemas sérios para o Rei Salomão, fazendo com que ele construísse um templo, que Deus não havia requerido. E nos moldes do oriente, que se casasse com aquele mundo de mulheres; mulheres que trouxeram influências para o povo de Israel, disseminando a idolatria, para nunca mais ser livre. Pois, quando o povo tirou a idolatria dos ídolos visíveis, depois do cativeiro babilônico, entrou na idolatria da numeralogia, da Cabala, que até hoje está acabando com Israel. No livro de 1 Reis 4:29 e 30 temos o pensamento de Salomão, maior do que o oriental: Deu também a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. A palavra de Deus começa a chamar a atenção bem significativamente: a sabedoria de Salomão era maior do que a sabedoria do Oriente, porque a sabedoria de Salomão era revelada por Deus e a sabedoria do Oriente é a do homem, apresentando os seus próprios pensamentos. É do Oriente que vem toda a deturpação do povo de Deus: Isaías 2: 5 e 6: Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor. Pois tu, Senhor, desamparaste o teu povo, a casa de Jacó, porque os seus se encheram da corrupção do Oriente e são agoureiros como os filisteus e se associam com os filhos dos estranhos. Do Oriente vem a filosofia que deturpou e que deturpa toda a obra de Deus. É do Oriente que vem o pensamento positivista, o pensamento ariano do homem superior. Da cabeça do Brahma superior é que vem a divisão das castas, a seleção do homem especial que governa o mundo. É do Oriente que vem todo o sinal relevante do anticristo . E a Bíblia está chamando a atenção para a deturpação que procede desta influência orientalista. Estamos começando a entrar no significado do Natal. Estamos falando da adoração do deus sol que é o deus do Oriente, de onde o Japão tem o seu rei como o filho do sol nascente. Um dos princípios da adoração ao sol, começou no Oriente, desenvolvendo-se pelos babilônios e chegando vivo ao povo de Israel, nos tempos do profeta Ezequiel . No capítulo 8, verso 16, ele mostra como foi que as pessoas se faziam adoradores do sol. Dentro do templo, eles se ajoelhavam olhando para o sol: Levou-me para o átrio de dentro da Casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor e com o rosto para o Oriente; adoravam o sol, virados para o Oriente. Viravam as costas para o átrio do Deus da santidade e olhavam para o Oriente, de onde deriva todo o conhecimento da revelação religiosa do mundo. Hoje, a maior religião que manifesta esta idéia é o Induísmo, como o seu sincretismo universal. Também, por meio do Maometismo, o pensamento oriental conseguiu implantar o desenvolvimento da filosofia maçônica, que governa grande parte da estrutura do pensamento Ocidental. É da banda do Oriente dos kadoshes (ou sábios), que ficam com a cabeça voltada para o oriente, para receber os poderes imanentes das forças cósmicas da lua, do sol e da estrela de Sírio, que é a estrela governante do planeta Terra, que vem a filosofia que orienta os governos.
Os magos, aqueles magos decantados em prosa e verso e cantados pelo Natal, são os grandes genocidas da história, porque vieram trazidos por uma revelação de Deus para adorar uma criança. Traziam os seus presentes de ouro, incenso e mirra e é por aí que dizem serem três magos. Mas a Bíblia não diz que eram três. Puseram até nome nesses magos. Mas a Bíblia não diz quantos magos eram nem qual os seus nomes. Eles vieram do Oriente trazendo os seus presentes. Alguns autores chegam a dizer que estes presentes foram as primeiras formas de corrupção da religião da posse, tentando conquistar o reino de Deus pelo próprio esforço. Nós vamos fazer alguma coisa, para que Deus nos dê em troca o seu reino, porque nós merecemos. Esta é a filosofia da religião do Natal, que incita a dar presente às pessoas que merecem, para que elas fiquem felizes, pelos merecimentos que têm. Aqui não se enfatiza o evangelho da graça, que se coloca em benefício de quem não merece, para dar e fazer tudo em favor de quem nada merece. O Evangelho contradiz totalmente a religião do Natal, pois Cristo se oferece em favor dos falidos. Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei.
O modelo do Natal é um esquema de valores da religião do esforço. Lá vêm os magos do Oriente, Mateus 2:1 e 2, trazendo presentes para entregar a Jesus. Porém, trouxeram também junto com a bagagem a morte das crianças que Herodes mandou matar. É sempre assim: o Oriente começa com a Palavra de Deus, começa com a revelação de Deus e depois vai buscar a opinião dos homens. Quando os magos chegaram em Jerusalém, eles largaram a estrela que Deus lhes havia dado e foram procurar a opinião dos homens. E por causa disto, eles causaram o morticínio daquelas crianças todas que Herodes mandou matar. Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Nós estamos aqui trazendo a nossa adoração do Oriente. Deus não está interessado em coisas que o homem oferece a Ele, mas Deus está interessado em corações. Deus habita num alto e sublime trono e habita no coração quebrantado e contrito. A adoração de Deus é aquela que é oferecida não apenas com as coisas, mas com todo o ser: Estamos entregues nas Tuas mãos.
Mas existe do Oriente os poderes que vêm no final dos tempos trazer a maior deturpação da história da Igreja: Apocalipse 16:12 a 14, mostra que os reis do Oriente, os sábios, vão atravessar o rio Eufrates para poder transmitir a doutrina dos demônios às pessoas, para que elas realizem os poderes da mente: Derramou o sexto anjo a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. Estes poderes estão sendo transmitidos no mundo todo. São os poderes da mente, os poderes cósmicos, os poderes do homem, da auto-suficiência, através da busca, dos desejos do homem. No livro de Provérbios 13: 12, há uma coisa interessante: que a árvore de vida é considerada como a árvore dos desejos e que o homem não gosta de esperar. Quê! esperar, para o homem, é uma coisa muito difícil: ele quer a concretização dos desejos imediatamente. A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida.
Esta árvore da vida é a manifestação dos desejos do homem. O homem não pode ter a árvore da vida porque ele está no pecado, mas ele busca conquistar a árvore da vida pelos seus próprios desejos, realizando-se naquilo que ele pode se fazer desejável. E como ele não pode conquistar, começou lá na Babilônia a manifestação de uma árvore da vida chamada árvore verde. Árvore verde era no momento em que secava tudo por causa do inverno. O inverno é o símbolo da morte, onde todos os animais se enfurnam e desaparecem e as plantas caem as folhas e secam. Só ficavam umas árvores verdes, que são o pinheiro cipreste e as heras. Estas ficavam verdes, e as árvores verdes eram adoradas como a vida eterna, a vida que nunca se acabava. E esta árvore verde começou a entrar no povo de Israel e começou a trazer problemas bem interessantes. Jeremias 2: 20 mostra que o povo quando estava na Babilônia estava sendo influenciado por esta árvore verde: Quando eu já há muito quebrava o teu jugo, e rompia as tuas ataduras, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo em todo outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e corrompendo (ou prostituindo-se). Debaixo das árvores verdes vocês estão entrando para a adoração. De que? Da busca da árvore da vida, da vida eterna sem o sacrifício, sem a morte. É a simbologia da Babilônia. Em Jeremias 3: 6 mostra que a árvore tornou-se a fonte da prostituição espiritual do povo de Israel: Disse mais o Senhor nos dias do rei Josias: Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi-se a todo o monte alto, e debaixo de toda a árvore verde, e ali andou prostituindo-se. Ainda em Jeremias 3: 13, o uso da árvore verde se tornou o símbolo em Judá, da transgressão da Palavra de Deus: Somente reconhece a tua iniqüidade: que contra o Senhor teu Deus transgrediste, e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda a árvore verde, e não deste ouvidos à minha voz, diz o Senhor.
Durante 336 anos, a igreja cristã não teve festa de Natal. No ano 336 a cristandade começou a festejar o Natal de Jesus Cristo, no dia 25 de dezembro, dia que jamais a Bíblia sustentaria para o nascimento de Jesus. Porque Jesus não nasceu no inverno. Provavelmente deve ter nascido na primavera, quando os pastores estariam no campo, cuidando dos seus rebanhos. Não é provável Jesus ter nascido naquela época do inverno. No entanto, o Imperador Constantino havia dado uma condição, em que mais tarde, tornaria permissível a postura de aceitabilidade dos sistemas religiosos vigentes. A conversão deixaria de ser uma radical transformação de vida, para se constituir apenas numa adesão formal a um outro sistema religioso. As pessoas do Império ficaram satisfeitas por pertencer ao cristianismo oficial sem a necessidade de abandonar toda a bagagem do paganismo. Naquela época, as festas de Dioniso, o deus da embriaguez, que tinha como coroa uma guirlanda de hera e um pinheiro verde colocado sobre o seu altar, eram comemoradas em culto ao deus sol, no dia 25 de dezembro, dia do solstício do inverno, no hemisfério norte. Com muito jeito e astúcia, a verdade de Jesus Cristo como o sol da justiça, dirigiu-se para o Oriente verdadeiro, fazendo com que Ele se tornasse o foco da adoração, substituindo a ênfase mitológica. E com isto tudo, foi-se também introduzindo as fogueiras de Natal, que era a forma do paganismo adorar o fogo - porque não podendo atingir o sol, adorava o fogo. Adornavam as festas, as bacanais, com fogueiras, onde Baco e Dioniso que são o mesmo deus, eram adorados com comilança e bebedice à vontade. E para amenizar o sofrimento trocavam-se presentes, a fim de que as pessoas ficassem contentes no momento da ressaca, logo depois daquele festejo. Davam-se os presentes uns aos outros, para amenizar os sofrimentos e abrandar a culpa da comemoração dissoluta.
Estes expedientes descomedidos foram expurgados dos seus exageros e transplantados para dentro da igreja. A orgia se transformou na recatada ceia de Natal, passando a fazer parte do processo de celebração e pouco a pouco começaram a surgir pequenas deturpações: fogueiras se transfiguram em velinhas como fogo, depois em luzinhas, pisca-pisca. As luzinhas são mais bonitinhas. Elas não queimam, não poluem e ficam acendendo nas cidades; acendem e apagam produzindo uma sensação extasiante. É muito bonito e dá uma idéia deslumbrante de euforia. Mas sem troca de coração, que alegria é esta? Maravilhoso, sim! só que não resolve o problema do coração. Do mesmo modo que se eu tomasse um remédio que mascarasse os sintomas poderia trazer prejuízo tremendo. Esta alegria da emoção, esta alegria da visão, esta alegria produzida pelos sentimentos é um prejuízo para o homem. A alegria do Natal é a alegria de ter paz. É a justiça de Deus se manifestando no coração do homem. Não é a alegria de bebida, de comida, de presentes. Não é a alegria de festas, de compras, de cores, de música, de luz, de momentos deleitosos. É a alegria da justiça, porque o reino de Deus, Romanos 14:17 diz claramente: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. O texto que lemos no princípio disse: Do incremento deste principado e da paz não haverá fim sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça.
Jesus Cristo não veio a este mundo para passar a mão na cabeça de ninguém nem veio dar presentinho. Ele veio a este mundo para tirar você de você. Veio para tirar a mim de mim, porque, quem me faz ser insuportável sou eu mesmo, com as minhas manias, com os meus preconceitos, com a minha tacanhez, com a minha soberba, com a minha arrogância, com o meu pecado. Eu preciso ser livre de mim. Jesus não teve lugar na cidade de Belém, senão numa estrebaria, num lugar pobre, vazio. E é também no lugar pobre e vazio do seu coração que Ele quer habitar. Ele não veio para ser um Deus fulgurante, montado num corcel gordo e fogoso. Ele veio como o servo sofredor que montou num jegue, que se despiu da glória, para nos esvaziar desta soberbia que faz tanto mal ao homem. É a alegria proveniente da justiça de Deus, que crucifica a nossa natureza velha juntamente com Cristo e nos dá uma nova natureza, por meio de sua ressurreição. A religião do Oriente, a religião de Caim, da árvore verde do paganismo nega o sacrifício vicário, não aceita o sacrifício de Cristo. O que ela quer são as boas obras, a justiça própria, as coisas que fazemos para a nossa aceitação.
Bonhomme Noël. Sabe o que significa? O Bom Homem Noel, o Papai Noel da tradição francesa que presenteia a todas as criancinhas boas, que valoriza aquelas que são boazinhas e as recompensa com os melhores presentes. Porém, a mesma tradição falava de um outro personagem, Père Fouettard que trazia varas, chicotes para bater nas crianças más. Père Fouettard desapareceu, sumiu da história. Esta é a mitologia trazida pelos galeses, onde Papai Noel se confunde com São Nicolau, padroeiro da Rússia, ou São Klaus da Inglaterra, figura inventada nas lendas, para demonstrar a bondade em favor dos bons. Papai Noel que só surgiu no folclore religioso cristão a partir de 1860, como a figura do velho bondoso de barbas brancas, distribuindo os seus presentes, para engodar as crianças com a idéia de recompensa ao mérito. Temos que enganar as pessoas com as lendas, com as historietas, para que elas tenham sonhos e tenham imaginação; e nessas imaginações elas criem, porque um homem sem imaginação fica saturado da realidade. Mas o homem precisa mais do que imaginação: precisa de vida, e vida eterna, que não é produzida por árvore verde, mas é produzida por Cristo ressuscitado. Não basta você ser bom. Cuidado com este tipo de argumentação: Olha, se você for bom, Papai Noel vai descer pela chaminé e vai dar presente para você porque você é bonzinho. Vocês não são bons e não tem ninguém bom. Todo mundo é mau e nasceu com coração mau. Nós nascemos com coração perverso, mas Jesus Cristo veio para salvar a nós que somos pecadores por natureza. Ele não desceu por uma chaminé de lareira a fim de brindar os bons. Ele desceu através da encarnação para assumir uma cruz e morrer a nossa morte, ressuscitando para nos dar vida. Ele não está querendo que você se apresente a Ele dizendo: Eu sou bonzinho. Não! você pode chegar para Ele dizendo: Eu sou um malandro; sou passador dos outros para trás; sou um mentiroso. Lá na escola eu colo, eu minto, eu faço tudo que não presta porque eu tenho esta natureza. Mas, Jesus, tem misericórdia de mim! Não queiram ser bons, não finjam bondade para ninguém, porque tudo isso é mentira da sociedade oriental. Vá com o nome certo: diga para o médico que você está doente, dê os sintomas certos, pois o médico pode lhe tratar e curar. Diga para Jesus que você tem um coração perverso, pois só Ele pode trocar o seu velho coração e dar um novo. Ele dá para quem não presta. Ele não veio bater nas crianças. Não veio castigar os homens maus nem obsequiar os bons. Ele veio buscar e salvar os perdidos. E Ele já morreu a morte que você precisava morrer, para dar a você vida eterna. Não a vida da árvore de Natal, mas árvore da vida, que nós não podemos comer lá no paraíso, com o pecado. Precisamos parar de inventar historietas e contos para enganar crianças, e falar a verdade, porque a verdade salva: E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. O Evangelho não é invenção. Não propõe iludir as pessoas com novelas. O Evangelho é Jesus fazendo, realizando, trazendo paz; paz na Terra aos homens a quem Ele quer bem; aos homens a quem Ele ama. É Jesus descendo para salvar os homens pecadores e maus. Este é o verdadeiro Natal. Precisamos ser desorientados desse Natal oriental e voltarmos para a santidade do Evangelho de Jesus Cristo. Jesus veio a este mundo para nos salvar de nós mesmos, salvar do nosso egoísmo, trazendo o presente mais espetacular que alguém pode ganhar, a salvação de sua alma. É o Natal da vida de Cristo.
Assim como os micróbios e bactérias contaminam as pessoas transmitindo doenças, os micróbios e os vírus espirituais dentro do cristianismo, infiltraram a vida cristã de toda esta podridão, de todo este lixo, causando o maior dano. É preciso distinguir o verdadeiro significado do Natal. Não sou contra a celebração do Natal, não sou um iconoclasta, não sou um destruidor, nem um desmancha prazer. Mas agora é um tempo de verificação real para refletirmos no verdadeiro valor desta comemoração. Natal não é festividade familiar apenas. Natal é a vida de Cristo no seu coração, 24 horas por dia, 365 dias. É Cristo vivendo; vivendo no seu coração. Enquanto aquela árvore murcha, Cristo verdeja na sua vida. Enquanto aquela árvore não dá fruto, Cristo é o fruto de justiça na sua vida. Não queira ser um religioso, batista, presbiteriano, católico, da Igreja Universal, mas seja universalmente conhecido filho de Deus, nascido de novo por Jesus Cristo, que veio numa estrebaria para livrar você do inferno; que veio de uma família pobre para levar você para um palácio nobre do céu; que veio a este mundo para tornar você uma nova criatura. Este é o Natal, Natal que está além das festividades!
Um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz e o seu reino não terá fim no seu coração!
 
Solo Deo Glória.

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