Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz. Do
incremento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no
seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e
para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9: 6 e
7
Tratar dos sintomas de uma
doença sem levar em conta as causas é um problema sério. É um perigo muito
grande tratar da felicidade das pessoas sem a troca do coração. Dar às pessoas
impressão de que elas podem ser felizes sem que haja uma cura profunda da alma
humana. E é isto que queremos tratar aqui, sobre a áurea do espírito do Natal. O
que está por trás do espírito do Natal? Qual é o incentivo à alegria e à
felicidade das pessoas, sem levar em conta a troca do coração? Por que estamos
valorizando a euforia natalina, a paz natalina, tratada através de uma série de
expedientes que não produzem o verdadeiro estado de paz que Deus veio dar ao
coração dos homens? Como desorientar o
Natal que está tão orientalizado?
E plantou o
Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do oriente; e pôs nele o homem que havia
formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvore agradável à vista
e boa para alimento e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do
mal. Gênesis 2: 8 e
A palavra oriental ou oriente
ou orientar decorre exatamente desta procedência: a busca do sol , do lado do
oriente onde há um sol nascente. Daí vem toda a filosofia que rege a tentativa
do homem de se auto dirigir. Deus, quando criou todas estas árvores, colocou
duas árvores centrais no jardim, como vimos no texto. A do conhecimento da
ciência do bem e do mal e a árvore da vida. Nos versos 16 e 17
deste mesmo capítulo, Ele dá uma ordem ao homem: E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: de toda
a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal, não comerás; porque, no dia em que
dela comeres, certamente morrerás. Deus criou todas as árvores, e o
homem deveria comer delas livremente. Mas uma árvore era proibida; a árvore da
ciência do bem e do mal. A árvore da vida não foi proibida ao homem comer. Ele poderia comer livremente do fruto desta
árvore. Porém a árvore da ciência do bem e do mal estava proibido ao homem
comer, porque no dia em que ele comesse, certamente morreria. A desobediência surgiu exatamente de um sentimento
que foi introduzido no coração do homem, pela serpente. Se o homem comesse da árvore da ciência do
bem e do mal, ele se tornaria como Deus. E a mulher foi até ao jardim e
contemplou aquela árvore. Veja o verso 6 do capítulo 3 de Gênesis,
o que diz: Vendo a mulher que a árvore era boa para se
comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe
do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. A mulher ficou fascinada com a idéia
brilhante que poderia torná-los iguais a Deus. E ela ficou olhando detidamente
para aquela árvore e viu três coisas marcantes: a árvore era agradável aos
olhos; aquilo que nos agrada aos olhos, que enche os nossos olhos, fascina; o
fruto era gostoso, saboroso ao paladar. Ela nunca tinha comido, mas intuiu: é
bom para ser comido. E era uma árvore desejável para dar entendimento, pois nela
estava inserida a ciência do conhecimento do bem e do mal. E ela ficou olhando
com aquele desejo da imaginação - que
exatamente é a coisa que está na áurea do Natal. Porque tudo que existe no Natal
é imaginativo: o Papai Noel tem uma riqueza de imaginação muito grande. Ela foi lá e pegou o fruto, e comeu, e deu ao
marido, que também comeu. E quando eles caíram no pecado, os versos 7
e 8 nos dizem o que aconteceu:
Abriram-se, então, os olhos de ambos; e,
percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para
si. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do
dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre
as árvores do jardim.
Toda a trama do pecado está
envolvida com a flora: o fruto de uma planta foi o objeto da cobiça. As folhas
de outra planta foram usadas para confeccionar as tangas, e as árvores do jardim
se tornaram em esconderijo do casal. O homem tem usado a floresta para
manifestar a sua forma de adoração. As formas de adoração mais primitivas do
homem são aquelas ligadas à floresta, às coisas da mata. Junto com o fetichismo
da floresta está toda uma filosofia orientalista que manifesta sobre os homens a
tendência de buscar os poderes fitológicos, ou poderes das plantas que podem
gerar no homem, energias. A proposta é fazer com que o homem se torne cada vez
mais naturalista e energeticamente poderoso. Faz parte desta religião, que está
tomando conta do mundo, até na alimentação: não se come carne vermelha, porque
carne representa sacrifício e sacrifício apela para a morte, e morte aponta para
o sacrifício e morte de Cristo. Caim detestou a idéia de sacrifício, preferindo
ficar dentro da religião das plantas. O homem comeu de uma árvore, cobriu-se com
folhas de árvore, escondeu-se atrás das árvores, porque a religião do homem, a
religião humanista, é a religião das plantas, do naturalismo das
florestas. Depois do pecado, o homem foi
proibido por Deus de poder comer da árvore da vida. O verso 24 do capítulo
3, mostra exatamente isto: E, expulso o homem, colocou querubins ao
Oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para
guardar o caminho da árvore da vida. Deus colocou querubins ao oriente
do jardim. Não ao ocidente, não ao norte nem ao sul, mas ao oriente do jardim,
para proteger, para guardar a árvore da vida, a fim de que o homem não
pudesse comer do fruto da árvore da
vida. Gênesis 22: 3: Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem
se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a
mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. Deus proibiu. Deus impediu que o homem comesse
do fruto da árvore da vida depois do pecado, para que ele não se tornasse um
pecador eterno. Se o homem comesse da árvore da vida com o pecado no seu
coração, ele seria eternamente pecador, sem condições da salvação. No primeiro
caso, Deus não impediu, porque Ele deu liberdade ao homem para que comesse de
todas as árvores, inclusive da árvore da vida. Mas depois do pecado, o amor de
Deus é tão grande que não permitiu mais ao homem comer da árvore da vida,
evitando assim, que ele se tornasse um pecador permanente, no tempo e no espaço.
Então Deus providenciou o escape, impedindo o acesso à arvore da vida.
Contudo, o protótipo da
religião de Caim é este: quando veio apresentar a sua oferta, veio apresentar uma oferta que era fruto do
seu esforço. Era o fruto das plantas da terra, que ele havia produzido.
Entretanto Deus rejeitou a oferta de Caim. Rejeitou aquele ato religioso, porque
foi uma oferta que custou-lhe suor. O suor é um produto do pecado, é
conseqüência da rebeldia: com o suor do teu rosto ganharás o teu
pão, foi a sentença a partir do
pecado. Caim se desgostou e futicou seu
irmão. Ele matou seu irmão, porque a religião tem a tendência de matar, de
perseguir, de destruir aqueles que lhes são contrários. O Evangelho, não. O
Evangelho salva. O Evangelho de Jesus Cristo é para salvar. Religião é esta
confusão generalizada no mundo; estas perseguições, estes engodos, esse tirar
vantagem do povo. O Evangelho dá; a religião pede. A religião exige; o Evangelho
concede. O Evangelho é graça; a religião é esforço. E como os religiosos
normalmente se irritam com a graça, eles matam os graciosos. Foi o que aconteceu
com Caim. E depois, Deus disse: Mas,
Caim, se você fez mal, o pecado está na porta, a ovelha está lá esperando para
você sacrificá-la e cabe a ti dominá-la; e se você fizer isto , você vai ser
aceito. Mas ele não quis e saiu, diz o capítulo 4, verso
16, da face do Senhor. Presta atenção para onde ele foi: Retirou-se Caim da presença do Senhor e
habitou na terra de Node, ao Oriente do Éden. Para onde ele foi? Onde é
o Oriente? O lugar onde Deus havia colocado os anjos para ninguém entrar em
contato com a árvore da vida. Mas foi para o Oriente que ele se dirigiu. A
palavra Oriente aparece com letra maiúscula na Bíblia, porque não está falando
dos quatro pontos cardeais, mas da localização da filosofia que está governando
o mundo. Caim foi para o Oriente do Éden, de onde pretendia penetrar no
território da árvore da vida.
Gênesis 13: 11 mostra qual foi a desgraça de Ló. Este sobrinho de
Abrão, que saiu juntamente com Abrão da sua terra, da terra de Ur dos caldeus,
terra que significa luz. Ur significa luz, e a Caldéia é exatamente o Oriente. É
da luz da filosofia oriental que Deus
tirou Abrão e disse: Vem para cá para o
Ocidente, para o outro lado, Eu quero você no ocaso, na morte e não na vida do
sol nascente. Eu quero você sem este poder que a humanidade quer levantar no
mundo.
A família de Abrão teve
dificuldades com a disputa dos pastores por causa das ovelhas e do gado que
cresceram. Eles começaram a ter problemas e houve necessidade de uma separação.
Mas a desgraça de Ló está neste versículo: Então, Ló escolheu para si toda a campina do
Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. Partiu Ló para
o Oriente. Isto significa muito mais do que uma região. Significa uma
orientação; um comando de influências no modo de viver.
A desgraça de Jacó foi se
envolver com a filosofia do Oriente, quando saiu da casa dos seus pais. Ele foi
buscar uma mulher no Oriente para se casar. E esta mulher foi que trouxe os
primeiros vestígios da idolatria, para a família dos patriarcas. Raquel furtou
os ídolos da casa de seu pai e os trouxe como marca da religião oriental. Ela
colocou os ídolos debaixo da sela, e sentada na sela dizendo-se menstruada, para
que o pai não tocasse nela. Nesta condição ela encontrava-se imunda. Foi lá do
Oriente que ela trouxe os seus primeiros ídolos. Pôs-se Jacó a caminho e se foi à terra do
povo do Oriente. Gênesis 29:1.
Quando Jacó teve um sonho em
que ele viu uma escada por onde os anjos desciam e subiam, Deus lhe fez uma
promessa de que nele seriam benditas todas as famílias. Nele, o povo de Israel
iria ser uma bênção para a humanidade. Gênesis 28:14 diz que ele seria uma
bênção em todas as partes do mundo, nos quatro cantos: A
tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o ocidente e para
o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e na tua descendência serão
abençoadas todas as famílias da terra.
Aí está falando já de Jesus Cristo, o descendente de Jacó, que seria uma
bênção para todas as famílias da terra. Mas Jacó, ao invés de tomar uma
orientação de Deus e não ir para o Oriente, se desorientou e foi exatamente para
o Oriente buscar a forma de comportamento orientalizado que veio através da sua
esposa. Quando Balaque quis amaldiçoar o
povo de Israel, foi pedir a Balaão, um mago, um profeta que vinha do Oriente,
para buscar os poderes dos altos orientais, dos montes orientais, a fim de
amaldiçoar o povo de Deus: Então, proferiu a sua palavra e disse:
Balaque me fez vir de Arã, o rei de Moabe, dos montes do Oriente; vem,
amaldiçoa-me a Jacó, e vem, denuncia a Israel. Números 23:7.
A sabedoria de Salomão, o homem
mais sábio que já existiu na face da
terra para governar, é maior do que a sabedoria do Oriente. Mas foi Hirão, filho
da viúva, um oriental, que deturpou a sabedoria de Salomão e trouxe problemas
sérios para o Rei Salomão, fazendo com que ele construísse um templo, que Deus
não havia requerido. E nos moldes do oriente, que se casasse com aquele mundo de
mulheres; mulheres que trouxeram influências para o povo de Israel, disseminando
a idolatria, para nunca mais ser livre. Pois, quando o povo tirou a idolatria
dos ídolos visíveis, depois do cativeiro babilônico, entrou na idolatria da
numeralogia, da Cabala, que até hoje está acabando com Israel. No livro de
1 Reis 4:29 e 30 temos o pensamento de Salomão, maior do que o
oriental: Deu também a Salomão sabedoria, grandíssimo
entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a
sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a
sabedoria dos egípcios. A palavra de Deus começa a chamar a atenção bem
significativamente: a sabedoria de Salomão era maior do que a sabedoria do
Oriente, porque a sabedoria de Salomão era revelada por Deus e a sabedoria do
Oriente é a do homem, apresentando os seus próprios pensamentos. É do Oriente que vem toda a deturpação do povo de
Deus: Isaías 2: 5 e 6: Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do
Senhor. Pois tu, Senhor, desamparaste o teu povo, a casa de Jacó, porque os seus
se encheram da corrupção do Oriente e são agoureiros como os filisteus e se
associam com os filhos dos estranhos. Do Oriente vem a filosofia que
deturpou e que deturpa toda a obra de Deus. É do Oriente que vem o pensamento
positivista, o pensamento ariano do homem superior. Da cabeça do Brahma superior
é que vem a divisão das castas, a seleção do homem especial que governa o
mundo. É do Oriente que vem todo o sinal relevante do anticristo
. E a Bíblia está chamando a atenção
para a deturpação que procede desta influência orientalista. Estamos começando a entrar no significado do Natal.
Estamos falando da adoração do deus sol que é o deus do Oriente, de onde o Japão
tem o seu rei como o filho do sol nascente. Um dos princípios da adoração ao
sol, começou no Oriente,
desenvolvendo-se pelos babilônios e chegando vivo ao povo de Israel, nos tempos
do profeta Ezequiel . No capítulo 8, verso 16, ele mostra como foi
que as pessoas se faziam adoradores do sol. Dentro do templo, eles se ajoelhavam
olhando para o sol: Levou-me para o átrio de dentro da Casa do
Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o
altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor e com o
rosto para o Oriente; adoravam o sol, virados para o Oriente. Viravam as
costas para o átrio do Deus da santidade e olhavam para o Oriente, de onde
deriva todo o conhecimento da revelação religiosa do mundo. Hoje, a maior
religião que manifesta esta idéia é o Induísmo, como o seu sincretismo
universal. Também, por meio do Maometismo, o pensamento oriental conseguiu
implantar o desenvolvimento da filosofia maçônica, que governa grande parte da
estrutura do pensamento Ocidental. É da banda do Oriente dos kadoshes (ou sábios), que ficam com a
cabeça voltada para o oriente, para receber os poderes imanentes das forças
cósmicas da lua, do sol e da estrela de Sírio, que é a estrela governante do
planeta Terra, que vem a filosofia que orienta os
governos.
Os magos, aqueles magos
decantados em prosa e verso e cantados pelo Natal, são os grandes genocidas da
história, porque vieram trazidos por uma revelação de Deus para adorar uma
criança. Traziam os seus presentes de ouro, incenso e mirra e é por aí que dizem
serem três magos. Mas a Bíblia não diz que eram três. Puseram até nome nesses
magos. Mas a Bíblia não diz quantos magos eram nem qual os seus nomes. Eles
vieram do Oriente trazendo os seus presentes. Alguns autores chegam a dizer que
estes presentes foram as primeiras formas de corrupção da religião da posse,
tentando conquistar o reino de Deus pelo próprio esforço. Nós vamos fazer alguma
coisa, para que Deus nos dê em troca o seu reino, porque nós merecemos. Esta é a
filosofia da religião do Natal, que incita a dar presente às pessoas que
merecem, para que elas fiquem felizes, pelos merecimentos que têm. Aqui não se
enfatiza o evangelho da graça, que se coloca em benefício de quem não merece,
para dar e fazer tudo em favor de quem nada merece. O Evangelho contradiz
totalmente a religião do Natal, pois Cristo se oferece em favor dos falidos. Vinde a mim todos vós que estais cansados e
oprimidos e Eu vos aliviarei.
O modelo do Natal é um esquema
de valores da religião do esforço. Lá vêm os magos do Oriente, Mateus 2:1 e 2, trazendo
presentes para entregar a Jesus. Porém, trouxeram também junto com a bagagem a
morte das crianças que Herodes mandou matar. É sempre assim: o Oriente começa
com a Palavra de Deus, começa com a revelação de Deus e depois vai buscar a
opinião dos homens. Quando os magos chegaram em Jerusalém, eles largaram a
estrela que Deus lhes havia dado e foram procurar a opinião dos homens. E por
causa disto, eles causaram o morticínio daquelas crianças todas que Herodes
mandou matar. Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em
dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E
perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua
estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Nós estamos aqui trazendo a nossa adoração
do Oriente. Deus não está interessado em coisas que o homem oferece a Ele,
mas Deus está interessado
Mas existe do Oriente os
poderes que vêm no final dos tempos trazer a maior deturpação da história da
Igreja: Apocalipse 16:12 a 14,
mostra que os reis do Oriente, os sábios, vão atravessar o rio Eufrates para
poder transmitir a doutrina dos demônios às pessoas, para que elas realizem os
poderes da mente: Derramou o sexto anjo a sua taça sobre o
grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos
reis que vêm do lado do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da
boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a
rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem
aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do
Deus Todo-Poderoso. Estes poderes estão sendo transmitidos no mundo
todo. São os poderes da mente, os poderes cósmicos, os poderes do homem, da
auto-suficiência, através da busca, dos desejos do homem. No livro de Provérbios 13: 12, há uma coisa
interessante: que a árvore de vida é considerada como a árvore dos desejos e que
o homem não gosta de esperar. Quê! esperar, para o homem, é uma coisa muito
difícil: ele quer a concretização dos desejos imediatamente. A
esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de
vida.
Esta árvore da vida é a
manifestação dos desejos do homem. O homem não pode ter a árvore da vida porque
ele está no pecado, mas ele busca conquistar a árvore da vida pelos seus
próprios desejos, realizando-se naquilo que ele pode se fazer desejável. E como
ele não pode conquistar, começou lá na Babilônia a manifestação de uma árvore da
vida chamada árvore verde. Árvore verde era no momento em que secava tudo por
causa do inverno. O inverno é o símbolo da morte, onde todos os animais se
enfurnam e desaparecem e as plantas caem as folhas e secam. Só ficavam umas
árvores verdes, que são o pinheiro cipreste e as heras. Estas ficavam verdes, e
as árvores verdes eram adoradas como a vida eterna, a vida que nunca se acabava.
E esta árvore verde começou a entrar no povo de Israel e começou a trazer
problemas bem interessantes. Jeremias
2: 20 mostra que o povo quando estava na Babilônia estava sendo
influenciado por esta árvore verde: Quando eu já há muito quebrava o teu jugo, e
rompia as tuas ataduras, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo em todo
outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e corrompendo
(ou prostituindo-se). Debaixo das árvores verdes vocês estão entrando
para a adoração. De que? Da busca da árvore da vida, da vida eterna sem o
sacrifício, sem a morte. É a simbologia da Babilônia. Em Jeremias 3: 6 mostra que a árvore
tornou-se a fonte da prostituição espiritual do povo de Israel: Disse mais o Senhor nos dias do rei Josias:
Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi-se a todo o monte alto, e debaixo de
toda a árvore verde, e ali andou prostituindo-se. Ainda em Jeremias 3: 13, o uso da árvore verde se tornou o símbolo em
Judá, da transgressão da Palavra de Deus: Somente reconhece a tua iniqüidade: que
contra o Senhor teu Deus transgrediste, e estendeste os teus caminhos aos
estranhos, debaixo de toda a árvore verde, e não deste ouvidos à minha voz, diz
o Senhor.
Durante 336 anos, a igreja cristã não teve festa de
Natal. No ano
Estes expedientes descomedidos
foram expurgados dos seus exageros e transplantados para dentro da igreja. A
orgia se transformou na recatada ceia de
Natal, passando a fazer parte do processo de celebração e pouco a pouco
começaram a surgir pequenas deturpações: fogueiras se transfiguram em velinhas
como fogo, depois em luzinhas, pisca-pisca. As luzinhas são mais bonitinhas.
Elas não queimam, não poluem e ficam acendendo nas cidades; acendem e apagam
produzindo uma sensação extasiante. É muito bonito e dá uma idéia deslumbrante de
euforia. Mas sem troca de coração, que
alegria é esta? Maravilhoso, sim! só que não resolve o problema do coração. Do
mesmo modo que se eu tomasse um remédio que mascarasse os sintomas poderia
trazer prejuízo tremendo. Esta alegria da emoção, esta alegria da visão, esta
alegria produzida pelos sentimentos é um prejuízo para o homem. A alegria do
Natal é a alegria de ter paz. É a justiça de Deus se manifestando no coração do
homem. Não é a alegria de bebida, de comida, de presentes. Não é a alegria de
festas, de compras, de cores, de música, de luz, de momentos deleitosos. É a
alegria da justiça, porque o reino de Deus, Romanos 14:17 diz claramente: Porque o reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. O texto que
lemos no princípio disse: Do incremento deste principado e da paz não
haverá fim sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em
juízo e em justiça.
Jesus Cristo não veio a este
mundo para passar a mão na cabeça de ninguém nem veio dar presentinho. Ele veio
a este mundo para tirar você de você. Veio para tirar a mim de mim, porque, quem
me faz ser insuportável sou eu mesmo, com as minhas manias, com os meus
preconceitos, com a minha tacanhez, com a minha soberba, com a minha arrogância,
com o meu pecado. Eu preciso ser livre de mim. Jesus não teve lugar na cidade de Belém, senão numa
estrebaria, num lugar pobre, vazio. E é também no lugar pobre e vazio do seu
coração que Ele quer habitar. Ele não veio para ser um Deus fulgurante, montado
num corcel gordo e fogoso. Ele veio como o servo sofredor que montou num jegue,
que se despiu da glória, para nos esvaziar desta soberbia que faz tanto mal ao
homem. É a alegria proveniente da justiça de Deus, que crucifica a nossa
natureza velha juntamente com Cristo e nos dá uma nova natureza, por meio de sua
ressurreição. A religião do Oriente, a
religião de Caim, da árvore verde do paganismo nega o sacrifício vicário, não
aceita o sacrifício de Cristo. O que ela quer são as boas obras, a justiça
própria, as coisas que fazemos para a
nossa aceitação.
Bonhomme
Noël. Sabe o que significa? O Bom
Homem Noel, o Papai Noel da tradição francesa que presenteia a todas as
criancinhas boas, que valoriza aquelas que são boazinhas e as recompensa com os
melhores presentes. Porém, a mesma tradição falava de um outro personagem,
Père Fouettard que trazia varas, chicotes para bater nas crianças más.
Père Fouettard desapareceu, sumiu da história. Esta é a mitologia trazida pelos
galeses, onde Papai Noel se confunde com
São Nicolau, padroeiro da Rússia, ou São Klaus da Inglaterra, figura inventada
nas lendas, para demonstrar a bondade em favor dos bons. Papai Noel que só
surgiu no folclore religioso cristão a partir de 1860, como a figura do velho
bondoso de barbas brancas, distribuindo os seus presentes, para engodar as crianças com a idéia de recompensa
ao mérito. Temos que enganar as pessoas com as lendas, com as historietas, para
que elas tenham sonhos e tenham imaginação; e nessas imaginações elas criem,
porque um homem sem imaginação fica saturado da realidade. Mas o homem precisa
mais do que imaginação: precisa de vida, e vida eterna, que não é produzida por
árvore verde, mas é produzida por Cristo ressuscitado. Não basta você ser bom. Cuidado com este tipo de
argumentação: Olha, se você for bom,
Papai Noel vai descer pela chaminé e vai dar presente para você porque você é
bonzinho. Vocês não são bons e não tem ninguém bom. Todo mundo é mau e
nasceu com coração mau. Nós nascemos com coração perverso, mas Jesus Cristo veio
para salvar a nós que somos pecadores por natureza. Ele não desceu por uma
chaminé de lareira a fim de brindar os bons. Ele desceu através da encarnação
para assumir uma cruz e morrer a nossa morte, ressuscitando para nos dar vida.
Ele não está querendo que você se apresente a Ele dizendo: Eu sou bonzinho. Não! você pode chegar
para Ele dizendo: Eu sou um malandro; sou
passador dos outros para trás; sou um mentiroso. Lá na escola eu colo, eu minto,
eu faço tudo que não presta porque eu tenho esta natureza. Mas, Jesus, tem
misericórdia de mim! Não queiram ser bons, não finjam bondade para ninguém,
porque tudo isso é mentira da sociedade oriental. Vá com o nome certo: diga para
o médico que você está doente, dê os sintomas certos, pois o médico pode lhe
tratar e curar. Diga para Jesus que você tem um coração perverso, pois só Ele
pode trocar o seu velho coração e dar um novo. Ele dá para quem não presta. Ele
não veio bater nas crianças. Não veio castigar os homens maus nem obsequiar os
bons. Ele veio buscar e salvar os perdidos. E Ele já morreu a morte que você
precisava morrer, para dar a você vida eterna. Não a vida da árvore de Natal,
mas árvore da vida, que nós não podemos comer lá no paraíso, com o
pecado. Precisamos parar de inventar
historietas e contos para enganar crianças, e falar a verdade, porque a verdade
salva: E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará. O Evangelho não é invenção. Não propõe iludir as pessoas com
novelas. O Evangelho é Jesus fazendo, realizando, trazendo paz; paz na Terra aos
homens a quem Ele quer bem; aos homens a quem Ele ama. É Jesus descendo para
salvar os homens pecadores e maus. Este é o verdadeiro Natal. Precisamos ser
desorientados desse Natal oriental e voltarmos para a santidade do Evangelho de
Jesus Cristo. Jesus veio a este mundo para nos salvar de nós mesmos, salvar do
nosso egoísmo, trazendo o presente mais espetacular que alguém pode ganhar, a
salvação de sua alma. É o Natal da vida de Cristo.
Assim como os micróbios e
bactérias contaminam as pessoas transmitindo doenças, os micróbios e os vírus
espirituais dentro do cristianismo, infiltraram a vida cristã de toda esta
podridão, de todo este lixo, causando o maior dano. É preciso distinguir o
verdadeiro significado do Natal. Não sou
contra a celebração do Natal, não sou um iconoclasta, não sou um destruidor, nem
um desmancha prazer. Mas agora é um tempo de verificação real para refletirmos no verdadeiro valor desta
comemoração. Natal não é festividade familiar apenas. Natal é a vida de Cristo
no seu coração, 24 horas por dia, 365 dias. É Cristo vivendo; vivendo no seu
coração. Enquanto aquela árvore murcha, Cristo verdeja na sua vida. Enquanto
aquela árvore não dá fruto, Cristo é o fruto de justiça na sua
vida.
Um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz e o seu reino não terá fim no seu coração!
Solo Deo Glória.
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O propósito deste blog na sua forma completa é capacitar seus leitores a entenderem a Bíblia. Apresenta instrução básica eficiente do ponto de vista bíblico. Procura remover todas as falsas pressuposições racionalistas, moralistas, antropocêntricas e idólatras que já infectaram,e, na medida desta infecção, cegaram todo homem e toda cultura deste mundo a partir da queda de Adão.
domingo, 2 de setembro de 2012
DESORIENTE SEU NATAL
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