domingo, 24 de junho de 2012

A RESSURREIÇÃO, O AMÉM DE DEUS

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Romanos 5:1-4.


A justificação é o nosso estado real perante Deus em virtude da obra de Cristo, em razão da Sua morte e da Sua ressurreição. Pela justificação, o homem é introduzido na presença de Deus, sem mácula, inteiramente e completamente perdoado. E isto significa que o homem experimenta a aprovação de Deus; significa também, que o homem é aceitável a Deus porque a obra realizada por Jesus satisfez inteiramente a Deus. A justificação está estabelecida e firmada pela ressurreição de Cristo. O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Romanos 4:25. Sobre toda a virtude de Sua vida, o valor de Sua morte, e a vitória do Seu conflito, Deus coloca selo à vista do céu, da terra e do inferno quando O ressuscitou da morte. Campbel Morgan.
O Espírito Santo responde a pergunta feita por Jó há muitos séculos atrás: como pode o homem ser justo para com Deus? Jo 9:2. Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.Romanos 3:24-25. O que compete à justificação é nos tornar justos aos olhos de Deus, tornar-nos aceitáveis a Deus, habilitar-nos a estar na presença de Deus. O nascido de novo é declarado, pela autoridade que tem a voz do Espírito Santo nas Escrituras, como alguém que está completo em Cristo – perfeito, quanto à sua consciência – aperfeiçoado perpetuamente – limpo de toda mancha – agradável no Amado – feito justiça de Deus em Cristo. A boa nova do evangelho nada mais é do que a Pessoa de Cristo. E o que o evangelho anuncia é que Deus O enviou para nos justificar. E o meio de que Deus se utiliza para a salvação é que agora Ele nos dá, em Cristo, a justiça do próprio Senhor Jesus Cristo. Ele no-la “imputa”, o que significa que Ele a põe em nossa conta. Ele credita em nossa conta a justiça de Jesus Cristo. Deus cancela os nossos débitos porque Cristo os pagou, de modo que nessa parte o livro fica cancelado e limpo; este é o lado negativo da nossa vida. Depois, Ele credita toda a perfeição e toda a justiça de Cristo a nosso favor; e assim, vestido e adornado com a Justiça de Jesus Cristo, ficamos na presença de Deus. Este é o lado positivo da nossa experiência.
Justificação imputada pela fé: Então, o que é fé? A fé não é algo que existe em todos os homens; não é uma posse subjetiva de toda a humanidade. A fé é a contradição de tudo o que é meritório no homem. A fé é a negação de toda tendência que leva o homem a pensar que o seu mérito é suficiente. A fé é simplesmente o instrumento pelo qual recebemos a justiça. A nossa fé não nos justifica. O que nos justifica é a justiça de Cristo, e essa fé vem pelo ouvir da palavra de Cristo. E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Romanos 10:17. A partir do momento em que a alma recebe a revelação de sua total miséria, sua completa e irremediável ruína, não poderá descansar até que o Espírito Santo revele ao coração um Cristo pleno e todo suficiente. A única e a perfeita solução de Deus para o homem caído é a revelação da suficiência de Seu Filho Jesus Cristo. E, como fruto da justificação, temos a paz. O verdadeiro segredo da paz está em descer até o fundo de um eu irremediavelmente culpado, arruinado e sem esperança, e encontrar Cristo todo suficiente que nunca pode ser perturbado. Quando um pecador é salvo, ele simplesmente descansa no fato estabelecido desde a fundação do mundo. O Calvário foi a expressão visível de um fato já estabelecido pelo determinado conselho e presciência de Deus. A ressurreição é o amém do Pai à exclamação do Seu Filho: Está consumado. Ruth Paxson
A paz como fruto da presença de Cristo: Ele é a nossa paz, paz permanente e duradoura.O Espírito Santo revelou ao profeta Isaías, setecentos anos antes da vinda de Jesus, a obra da cruz. Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido por bosque; o juízo habitará no deserto, e a justiça morará no pomar. O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre. O meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em lugares quietos e tranqüilos, ainda que haja saraivada, caia o bosque e seja a cidade inteiramente abatida. Isaías 32:15-19. Pode haver tristezas, pressões, conflitos e o fardo de se ter que passar por múltiplas tentações, por subidas e descidas e por toda sorte de dificuldades e tribulações. E, em meio a tudo isso, a alma é verdadeiramente levada pelo Espírito de Deus a enxergar o fim do seu próprio eu, e a descansar em Cristo pleno. A alma aflita encontra uma paz que nunca poderá ser interrompida. Pela justificação, obtivemos livre acesso e esta graça. O que significa isto? A fé crê em Deus que fez a obra pela qual nós somos justificados; mas este Deus é um Deus que nos amou e que, exercendo o Seu poder em amor e em justiça, ressuscitou Aquele que levou sobre si os nossos pecados, introduzindo-O na Sua presença como Aquele que aboliu inteiramente esses pecados e que, fazendo-o, glorificou perfeitamente ao próprio Deus. Pela mesma razão, nós estamos, de fato, por Jesus, na plena graça de Deus, perante Quem nos encontramos. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Efésios 2:4-7
É nisto que a fé viva deve tranqüilizar a consciência. Se Deus satisfez a Si próprio com a solução para os nossos pecados, devemos ficar igualmente satisfeitos. Sabemos que nossos pecados são inúmeros como os cabelos da cabeça, que são negros como a meia noite – negros como o próprio inferno. O menor dos pecados, se podemos assim chamar, merece as chamas do inferno. Uma simples partícula de pecado não pode jamais entrar em Sua presença, e por conseguinte, não havia outro destino para nós a não ser a eterna separação de Deus. Mas Deus, oh quão profundo é o mistério da cruz! O glorioso mistério do amor redentor. O próprio Deus levou todos os nossos pecados, do modo como Ele os viu e os avaliou. Vemos colocando-os sobre a cabeça do nosso bendito Salvador, do nosso bendito Substituto. Sua ira foi contra os nossos pecados, pecados que nos levariam por toda a terrível eternidade; sua ira foi derramada sobre o Homem que ficou em nosso lugar, que nos representou diante de Deus. O Deus, perante Quem nos encontramos, é o Deus de amor, tendo-nos amado, nos salvou. E qual é o resultado desse amor? Sermos introduzidos por Jesus ali, aonde Ele mesmo foi. Entrar lá, onde Ele está, é entrar na glória; e nós já nos gloriamos na esperança da glória de Deus. O próprio Deus é a origem de tudo, Ele é Aquele que tudo realizou. A Boa Nova, na qual nos é anunciada a salvação que Ele efetuou, é o Evangelho de Deus. E o Evangelho de Deus é uma Pessoa, é o Seu próprio Filho. A justiça que é revelada é a justiça de Deus. A glória em que somos introduzidos em esperança é a glória de Deus. Deste modo, a esperança fundada sobre a obra de Cristo torna-se mais clara e mais liberta da mistura de tudo aquilo que é humano. A experiência produz a esperança, porque, através de tudo, o amor de Deus que nos deu esta esperança é manifesto em nossos corações. Sem a revelação deste amor, poderíamos ser desencorajados pelas tribulações e supormos que Deus é contra nós; mas este amor é demonstrado não só pela obra e pela ressurreição de Cristo, mas também pela presença do Espírito Santo, que o derramou em nossos corações.
A eficácia da nossa justificação é a paz, a graça e a glória. A presença de Cristo em nós gera paz. Ele mesmo é pleno de graça e, na atmosfera desta graça, podemos contemplar a glória do Senhor. E, assim, seremos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. II Coríntios 3:18.
A entrada, pela fé, na caminhada cristã não começa com um grande FAÇA, mas com um grande ESTÁ CONSUMADO. O nosso andar começa com o descanso. O apóstolo Paulo inicia sua carta aos Efésios com a revelação de que Deus já nos abençoou. Portanto, somos convidados, desde o início, a descansar e a celebrar com o que Deus já fez. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo. Efésios 1:3. A base de nossa justificação foi a ressurreição do nosso Senhor. Cristo ressuscitado pessoalmente de entre os mortos é colocado à direita de Deus, bem acima de todo o poder e autoridade, e acima de todo o nome que se nomeie entre as hierarquias deste universo. Maravilhosa porção dos santos, em virtude da redenção e do poder divino que operou na ressurreição de Cristo, após ter sido morto, morto por causa das nossas transgressões; nos ressuscitou, justificou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Tendo sidos justificados por Deus, estamos salvos eternamente. Sendo justificado por Deus, estamos justificados para sempre. Nada e ninguém jamais poderão mudar isso. Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Romanos 8:31-34. Nossa vida cristã é um antegozo do banquete celestial que ainda está por vir. Mas, este banquete celestial pode ser experimentado dia após dia antes da consumação de todas as coisas. Cristo em nós é este banquete. O fundamento da vida cristã não é apenas Cristo, mas também o conhecimento de Cristo. Conhecê-Lo é o alvo de todo o regenerado.

Solo Deo Glória.

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