Justificados,
pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na
qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não
somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a
tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência,
esperança. Romanos 5:1-4.
A justificação é o nosso estado real perante Deus em virtude da obra de Cristo, em razão da Sua morte e da Sua ressurreição. Pela justificação, o homem é introduzido na presença de Deus, sem mácula, inteiramente e completamente perdoado. E isto significa que o homem experimenta a aprovação de Deus; significa também, que o homem é aceitável a Deus porque a obra realizada por Jesus satisfez inteiramente a Deus. A justificação está estabelecida e firmada pela ressurreição de Cristo. O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Romanos 4:25. Sobre toda a virtude de Sua vida, o valor de Sua morte, e a vitória do Seu conflito, Deus coloca selo à vista do céu, da terra e do inferno quando O ressuscitou da morte. Campbel Morgan.
O Espírito Santo
responde a pergunta feita por Jó há muitos séculos atrás: como pode o homem ser justo para com
Deus? Jo 9:2. Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há
Justificação
imputada pela fé: Então, o que é fé? A fé não é algo que existe em todos os
homens; não é uma posse subjetiva de toda a humanidade. A fé é a contradição de
tudo o que é meritório no homem. A fé é a negação de toda tendência que leva o
homem a pensar que o seu mérito é suficiente. A fé é simplesmente o instrumento
pelo qual recebemos a justiça. A nossa fé não nos justifica. O que nos justifica
é a justiça de Cristo, e essa fé vem pelo ouvir da palavra de Cristo. E, assim, a fé vem pela pregação, e a
pregação, pela palavra de Cristo. Romanos 10:17. A partir do momento em que
a alma recebe a revelação de sua total miséria, sua completa e irremediável
ruína, não poderá descansar até que o Espírito Santo revele ao coração um Cristo
pleno e todo suficiente. A única e a
perfeita solução de Deus para o homem caído é a revelação da suficiência de Seu
Filho Jesus Cristo. E, como fruto da justificação, temos a paz. O verdadeiro
segredo da paz está em descer até o fundo de um eu irremediavelmente culpado,
arruinado e sem esperança, e encontrar Cristo todo suficiente que nunca pode ser
perturbado. Quando um pecador é salvo, ele simplesmente descansa no fato
estabelecido desde a fundação do mundo. O Calvário foi a expressão visível de um
fato já estabelecido pelo determinado conselho e presciência de Deus. A ressurreição é o amém do Pai à exclamação
do Seu Filho: Está consumado. Ruth Paxson
A paz como fruto
da presença de Cristo: Ele é a nossa paz, paz permanente e duradoura.O Espírito
Santo revelou ao profeta Isaías, setecentos anos antes da vinda de Jesus, a obra
da cruz. Até que se derrame sobre nós o
Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido
por bosque; o juízo habitará no deserto, e a justiça morará no pomar. O efeito da justiça será paz, e o fruto da
justiça, repouso e segurança, para sempre.
O meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em
lugares quietos e tranqüilos, ainda que haja saraivada, caia o bosque e seja a
cidade inteiramente abatida. Isaías 32:15-19. Pode haver tristezas,
pressões, conflitos e o fardo de se ter que passar por múltiplas tentações, por
subidas e descidas e por toda sorte de dificuldades e tribulações. E, em meio a
tudo isso, a alma é verdadeiramente levada pelo Espírito de Deus a enxergar o
fim do seu próprio eu, e a descansar em Cristo pleno. A alma aflita encontra uma
paz que nunca poderá ser interrompida. Pela
justificação, obtivemos livre acesso e esta graça. O que significa isto? A fé
crê em Deus que fez a obra pela qual nós somos justificados; mas este Deus é um
Deus que nos amou e que, exercendo o Seu poder em amor e em justiça, ressuscitou
Aquele que levou sobre si os nossos pecados, introduzindo-O na Sua presença como
Aquele que aboliu inteiramente esses pecados e que, fazendo-o, glorificou
perfeitamente ao próprio Deus. Pela mesma razão, nós estamos, de fato, por
Jesus, na plena graça de Deus, perante Quem nos encontramos. Mas
Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e
estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela
graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais
É nisto que a fé
viva deve tranqüilizar a consciência. Se Deus satisfez a Si próprio com a
solução para os nossos pecados, devemos ficar igualmente satisfeitos. Sabemos
que nossos pecados são inúmeros como os cabelos da cabeça, que são negros como a
meia noite – negros como o próprio inferno. O menor dos pecados, se podemos
assim chamar, merece as chamas do inferno. Uma simples partícula de pecado não
pode jamais entrar em Sua presença, e por conseguinte, não havia outro destino
para nós a não ser a eterna separação de Deus. Mas Deus, oh quão
profundo é o mistério da cruz! O glorioso mistério do amor redentor. O próprio
Deus levou todos os nossos pecados, do modo como Ele os viu e os avaliou. Vemos
colocando-os sobre a cabeça do nosso bendito Salvador, do nosso bendito
Substituto. Sua ira foi contra os nossos pecados, pecados que nos levariam por
toda a terrível eternidade; sua ira foi derramada sobre o Homem que ficou em
nosso lugar, que nos representou diante de Deus. O Deus, perante
Quem nos encontramos, é o Deus de amor, tendo-nos amado, nos salvou. E qual é o
resultado desse amor? Sermos introduzidos por Jesus ali, aonde Ele mesmo foi.
Entrar lá, onde Ele está, é entrar na glória; e nós já nos gloriamos na
esperança da glória de Deus. O próprio Deus é a origem de tudo, Ele é Aquele que
tudo realizou. A Boa Nova, na qual nos é anunciada a salvação que Ele efetuou, é
o Evangelho de Deus. E o Evangelho de Deus é uma Pessoa, é o Seu próprio Filho.
A
justiça que é revelada é a justiça de Deus. A glória em que somos introduzidos
em esperança é a glória de Deus. Deste modo, a esperança fundada sobre a obra de
Cristo torna-se mais clara e mais liberta da mistura de tudo aquilo que é
humano. A experiência produz a esperança, porque, através de tudo, o amor de
Deus que nos deu esta esperança é manifesto em nossos corações. Sem a revelação
deste amor, poderíamos ser desencorajados pelas tribulações e supormos que Deus
é contra nós; mas este amor é demonstrado não só pela obra e pela ressurreição
de Cristo, mas também pela presença do Espírito Santo, que o derramou em nossos
corações.
A eficácia da
nossa justificação é a paz, a graça e a glória. A presença de Cristo em nós gera
paz. Ele mesmo é pleno de graça e, na atmosfera desta graça, podemos contemplar
a glória do Senhor. E, assim, seremos
transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito. II Coríntios 3:18.
A entrada, pela
fé, na caminhada cristã não começa com um grande FAÇA, mas com um grande ESTÁ
CONSUMADO. O nosso andar começa com o descanso. O apóstolo Paulo inicia sua
carta aos Efésios com a revelação de que Deus já nos abençoou. Portanto, somos
convidados, desde o início, a descansar e a celebrar com o que Deus já fez. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões
celestiais
Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica. Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à
direita de Deus e também intercede por nós. Romanos 8:31-34. Nossa vida cristã
é um antegozo do banquete celestial que ainda está por vir. Mas, este banquete
celestial pode ser experimentado dia após dia antes da consumação de todas as
coisas. Cristo em nós é este banquete. O fundamento da vida cristã não é apenas
Cristo, mas também o conhecimento de Cristo. Conhecê-Lo é o alvo de todo o
regenerado.
Solo Deo Glória.
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O propósito deste blog na sua forma completa é capacitar seus leitores a entenderem a Bíblia. Apresenta instrução básica eficiente do ponto de vista bíblico. Procura remover todas as falsas pressuposições racionalistas, moralistas, antropocêntricas e idólatras que já infectaram,e, na medida desta infecção, cegaram todo homem e toda cultura deste mundo a partir da queda de Adão.
domingo, 24 de junho de 2012
A RESSURREIÇÃO, O AMÉM DE DEUS
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