domingo, 15 de abril de 2012

CRISTO É TUDO QUE TODOS PRECISAM

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6
Todos nós nascemos com uma doença universal que é humanamente incurável e irreversível: o pecado. Esta doença podería ser representada por um acróstico que chamaríamos de “h i v” espiritual. A letra h representaria a herança do pecado Eis que em iniqüidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe. Salmo 51:5. Esta é a herança que atinge em cheio toda a raça humana, contaminando-a com o pecado de Adão.


A letra i sería a inclinação para o pecado Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras. Salmo 58:3. A inclinação das pessoas é voltada inteiramente para a maldade. É uma conseqüência direta do pecado de Adão. Toda a humanidade possui uma inclinação herdada para o pecado, que se manifesta na indiferença para com a vontade e “o caminho” de Deus. Esta tendência nos acompanha desde o nascimento. As crianças não precisam ser ensinadas para praticar o mal até a morte.

E, por fim, o v significaría a vontade de pecar Anteriormente, todos nós também vivia entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira Efésios 2:3. Não somos pecadores porque cometemos pecados; pecamos porque somos pecadores.

A vontade é aquilo que queremos por nossa própria escolha aprisionada e escravizada. Nossa vontade é escrava de uma rebeldia que nos separa do Pai Celestial. A natureza humana é caída e a sua rebeldia contra Deus é pessoal, mesmo que na maioria das vezes não seja declarada. A vontade do ser humano determina o que vai falar, pensar e fazer. Enquanto esta vontade não for gerada e controlada por Deus nunca e de nenhuma maneira poderemos agradá-Lo para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado Efésios 1:6.


 O pecado é o princípio que move as pessoas que ainda não sofreram os impactos da obra de Deus em Cristo. O pecado de Adão tornou impossível à humanidade ter acesso ao caminho da vida por seus próprios feitos E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida Gênesis 3:24.

Desde então, o ser humano se tornou alguém que vive uma separação natural de Deus. À partir do nosso nascimento natural já estamos em “rota de colisão” com a vontade Divina. Nascemos e vivemos numa estrada contrária àquele caminho pretendido e proposto por Deus ao nos criar porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus Romanos 3:23.

Mas, mesmo que as pessoas nasçam em rebeldia contra Deus, porque ainda persiste a intenção humana de ir ao encontro, forjando seus próprios caminhos para alcançar a um ser superior? E o que dizer do desejo íntimo e não satisfeito que a humanidade tem de se aproximar de alguma divindade?


No momento em que O Criador expulsou Adam (homem e mulher) do Éden, toda a busca do sentido da vida e o consequente vazio existencial gerado por esta busca só podem ser plenamente satisfeitos pela ação redentora de Deus, na suficiência da obra de Cristo e pela ministação do Espírito Santo que traz o convencimento da realidade da separação de Deus do pecado proque não crêem em mim João 16:9!
É no contexto desta encruzilhada de cegueira existencial humana que a afirmação cristocêntrica do Mestre em João 14:6 faz todo o sentido! A única capacidade que o ser humano tem, na tentativa de se re-aproximar de Deus, é a de criar sistemas teológicos e rituais religiosos que revelam somente a sua fuga e a distância do amor do seu Criador.

Disse-lhe Jesus
é uma afirmação que remete a autoridade de Cristo. Fala também da origem e de quem é a posse desta autoridade. Disse-lhe é uma ação verbal presente, contínua e durativa que demonstra a certeza da afirmação que será feita. Este tipo de declaração de Jesus é sempre um pronunciamento que pode até ser rejeitado mas, não aceita a contestação ou o descrédito das avaliações humanas.

Sempre que nos reportamos a uma declaração revelada pelo Pai nas Escrituras, não devemos considerar somente o peso da autoridade de Quem fala, mas, a origem e as intenções redentoras contidas em Suas declarações. O maior beneficiário da revelação do Pai em Cristo é a nossa raça caída (separada de Deus) e humana (sem possibilidades de chegar até Ele).

Quando Jesus diz algo sobre a sua Pessoa e Obra, o benefício sempre recai sobre as pessoas que dão crédito às suas declarações. Quando o Mestre fala é para ser ouvido, crido e experimentado. Em nenhuma das declarações de Jesus cabe a dúvida ou mesmo o relativismo próprios do ser humano. Afinal, estas palavras só podem fazer efeito na vida daqueles que foram convencidos da sua absoluta impotência e carência humanas e se vêm necessitados da mensagem e da obra de Cristo na cruz!

Eu sou o caminho
aponta para a centralidade de Cristo. O Eu sou é um jogo de palavras que enfatiza e centraliza todas as atenções de seus ouvintes, convergindo-as para uma só Pessoa. É o sujeito da ação chamando a atenção para Si mesmo. Esta declaração só pode ser feita por Quem tem totais condições de assumir a responsabilidade da centralidade em relação ao projeto redentor da Divindade.

A obra de Cristo, através da sua morte, ressurreição e ascenssão, abre o caminho para aqueles que crêem Nele. Está sendo apontanda aqui uma estrada ou caminhada única que levam a humanidade à restauração da comunhão com o Seu Criador, por causa daquilo que O Filho já realizou em Sua obra. Tem também o sentido de um “estado” ou uma “condição” na qual somos inseridos por uma única operação Divina: a obra da cruz!

Não se trata apenas de viver um estilo de vida diferente das demais pessoas. Neste caminho só podemos ser colocados por Deus, jamais poderíamos achá-Lo por nós mesmos. Seguir por este caminho proposto pelo Senhor é trilhar na contra-mão da história humana em sua fuga de Deus e sempre enclausurada na mesma tentação feita no Éden e sereis como Deus Gênesis 3:5. Estar no caminho é andar pela estrada sem volta que leva a Deus. Esta estrada de mão única que nos conduz ao paraiso calestial, sempre apontou (Antigo Testamento), aponta e apontará (Novo Testamento) para a bendita Pessoa de Cristo!

E a verdade diz respeito ao conteúdo ensinado pela Pessoa de Cristo sobre Si mesmo. Por esta razão, a verdade revelada por Deus em Cristo é a não-ocultação de Sua intenção redentora na esfera da eternidade. A verdade revelada pelo Pai é o Seu tema teológico principal: o ensino do Seu Filho Amado!


A experiência do conhecimento da verdade de Deus em Cristo, exige uma relação harmônica e pactual entre Aquele que a revela e o que a recebe com conteúdo revelado. Cristo é a verdade que converge a Pessoa Daquele que está em nós com aquilo que somos, isto é, com aquilo que queremos, sentimos, pensamos e fazemos.

Só conhecemos a verdade quando somos levados a experimentar a realidade, autenticidade, confiabilidade e dependência total da Pessoa que se auto-personifica ou se diz ser a verdade em Pessoa: Cristo!


E a vida
nos remete a essência da obra de Cristo. É o dom que Deus dá possibilitando a comunhão com Ele. Viver a vida de Cristo significa participar de uma realidade imperecível e plenamente triunfante sobre a nosssa morte. É viver através de uma vida que não é e nem pode vir de nós mesmos. Uma das coisas mais significativas da teologia de João é o fato de situar a possibilidade da vida, que é o próprio Cristo e tem dimensões eternas, à partir da realidade presente de quem conhece o Filho E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verddeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste João 17:3.


Ninguém vem ao Pai senão por mim
diz respeito ao acesso ao Pai pela obra do Filho. O verbo vem enfatiza uma ação que acessa a humanidade ao Pai pela obra de Cristo. Também chama a atenção para o fato de que o maior beneficiário nesta obra de Deus em Cristo é a humanidade. É impossível irmos até Deus por nós mesmos porque a intenção redentora Divina é fazer o caminho contrário.


Não existe nada que possamos fazer para nos achegar a Deus. O máximo que conseguimos por esforço próprio é forjar sistemas religiosos, oriúndos da religiosidade humana desde o Éden. A única coisa que podemos e devemos fazer é “crer” que Cristo já fez tudo em Sua obra, proporcionando o caminho de retorno à comunhão com o Criador! “Todo o que vê a Cristo pela fé, vê ao Pai Nele” Matthew Henry.


A suficiência do método redentor Divino está no fato de Ele vir até mim e não em minha tentativa de ir até Ele! Cada pessoa que nasceu, nasce ou nascerá neste planeta é objeto exclusivo de um amor Divino que não desiste da raça humana “Deus ama tanto a cada um como se não existisse ninguém mais a quem pudesse dedicar seu amor” Santo Agostinho. Somente a Sua vinda até nós pode fazer com que nos acheguemos a Ele!


Porém, apesar de sermos uma humanidade amada pelo Seu Criador, ninguém pode ser incluido neste projeto redentor de Deus, enquanto não for levado a confessar que é somente pela fé Dele gerada em nós, que temos acesso à Sua gloriosa presença!


Nunca existiu, existe ou existirá uma só pessoa que não precise passar pela obra da cruz. Não há nada que eu possa ou deva fazer para contrariar a esta intenção eterna do Pai. Mas, para que a obra de Cristo seja reveladaa nós, precisamos desistir de viver tentando conquistá-Lo e agradá-Lo por nós mesmos. O Pai não se deixa levar a não ser pelo Seu próprio amor expressado em Cristo na obra da cruz.


A obra de Deus em Cristo é demarcada pela dinâmica da morte. O Pai só tem relacionamento e comunhão com pessoas mortas-vivas, ou seja, aqueles que já foram mortos para o pecado em e através da Sua obra no calvário e vivificados pela ressurreição do Filho, revelada pelo Espírito. Deus não tem relacionamento com pessoas vivas-mortas que ainda tentam fazer a sua lição de casa religiosa para obterem acesso ao Pai. São os que ainda estão mortos em seu pecado e pensam que podem viver ou se aproximar de Deus por si mesmos.


O crer na obra de Cristo só acontece quando o Pai, pelo Espírito, nos revela que é somente pelo desempenho redentor do Filho que temos acesso a Ele! Que o Senhor nos revele que este fato universal centralizado em Cristo, a obra da cruz, por nós, em nós e para a Sua glória!


Solo Deo Glória

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