domingo, 4 de novembro de 2012

SOMOS LIVRES

Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna. Romanos 6:22.
Alguns fatos concernentes à nossa experiência cristã, revelados no capítulo seis de Romanos.
ESTAMOS MORTOS PARA O PECADO (versículo 2).

O capítulo seis começa com uma pergunta: Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? O pecado é descrito em termos de aguilhão da morte: Ora, o aguilhão da morte é o pecado... Visto que a morte não tem poder algum sobre os homens, exceto em decorrência do pecado, assim, o pecado executa seu domínio por meio da morte. Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Romanos 5:12. O efeito do pecado é a morte. Deste modo, o domínio ou o reinado da morte tem seu fim através da morte do homem para o pecado. Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Romanos 6:1 e 2. O médico não tem por alvo tornar a doença ainda mais grave, quando sua meta é destruí-la. Argumentar que Cristo nos comunica a justificação gratuita, sem comunicar igualmente uma vida nova é tripudiar da graça de Deus. No entanto, pela graça revelada na pessoa de Cristo, estamos mortos para o pecado. Morrer com Cristo é, portanto, morrer para o pecado e ressuscitar com ele para uma vida nova. Jamais encontraremos, na Palavra de Deus, a solução para o pecado fora do sacrifício de Cristo ou a aprovação de libertinagem naquele que morreu em Cristo.

FOMOS UNIDOS COM ELE NA SEMELHANÇA DA SUA MORTE (versículo 5).

Fomos enxertados em Cristo na sua morte: E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. João 12:32. Visto que a morte de Cristo é inseparável de sua ressurreição, à nossa morte se seguirá a nossa ressurreição, a saber: morremos e ressuscitamos em Cristo. Na enxertadura de árvores, a parte enxertada extrai sua nutrição das raízes. Semelhantemente, a vida de Cristo flui em nós naturalmente. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. João 7:38. Alguém disse: A arte que conduz à manifestação da vida de Cristo em nós é a confissão diária da nossa morte com Cristo. Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. 2Coríntios 4:10. Se você tiver o segredo de morrer com Cristo, você não terá de aborrecer a mente sobre como viver a vida cristã. Lance Lambert.

SABENDO ISTO: QUE FOI CRUCIFICADO COM ELE O NOSSO VELHO HOMEM (versículo 6).
Velho homem, aqui, se refere a toda a nossa natureza, que não passa de uma massa de pecado, a qual herdamos do ventre materno. Definimos natureza humana como a soma de tudo aquilo que somos por essência e esta essência está podre. Está também condenada por Deus, e como não podemos entrar no reino de Deus com esta natureza, por mais brilhante que seja, o veredicto de Deus é: morte. Mas o Senhor dos Exércitos se declara aos meus ouvidos, dizendo: Certamente, esta maldade não vos será perdoada, ou expiada, até que morrais, diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos. Isaías 22:14. A cruz é sempre uma contradição ao nosso velho homem e sua mentalidade decaída. Christian Chen.

PORQUANTO QUEM MORREU ESTÁ JUSTIFICADO DO PECADO (versículo 7).
O termo justificado, aqui, significa libertado da escravidão. Assim, como o prisioneiro que é absolvido da sentença do juiz se vê livre do vínculo de sua acusação, também o somos mediante a nossa justificação. E cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz. Colossenses 2:l4. (NVI). A escrita de dívida é uma nota promissória que significa uma dívida a ser paga. A dívida que tínhamos para com Deus foi totalmente paga em Cristo. O velho posseiro foi deposto ou destituído do cargo, o pecado foi aniquilado, perdeu o seu domínio. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:14 (NVI).

A MORTE JÁ NÃO TEM DOMÍNIO SOBRE ELE (versículo 9).
Cristo se submeteu, por um momento, ao domínio da morte, o qual terminou na sua ressurreição. O significado aponta para o fato de que Cristo, que agora comunica ou inspira sua própria vida em nós, pelo seu poder nos deixou livres do jugo da morte. Pois ele morreu com o fim de destruir o pecado. Dizer ao escravo não-libertado: não se comporte como escravo, é zombar da sua escravidão. Mas dizer o mesmo ao escravo que já foi libertado, que usufrua dos seus direitos e privilégios de sua libertação, é graça.

ASSIM TAMBÉM VÓS CONSIDERAI-VOS MORTOS PARA O PECADO (versículo 11).
Sabemos que, por causa da graça de Deus, fomos libertados e perdoados. Este conhecimento, em sua forma mais simples, deve ser o fato de que o nosso homem velho foi com ele crucificado. A palavra considerar pode ser traduzida como "computar" ou "pesar uma coisa em relação à outra". O pecado é descrito como o senhor de escravos que antes controlava a nossa vida: mas desde que morremos para o pecado, em Cristo, somos livres desse cativeiro. Então a exortação é: ...considerai-vos... Estamos em Cristo por um ato gracioso de Deus que pôs em nossa conta a justiça de Cristo. Nas palavras de Denney, Podemos esquecer aquilo que devemos ser; podemos também nos esquecer daquilo que somos e fizemos. Estamos mortos para o pecado na morte de Cristo; estamos vivos para Deus na ressureição de Cristo; consideremo-nos então como tais em Cristo Jesus.

ESTAMOS DEBAIXO DA GRAÇA (versículo 15). Sabemos que o nosso antigo dono, o velho homem, foi crucificado com Cristo. O antigo governo das nossas almas foi estituído do cargo e substituído por outro, a saber: o novo homem. E se revestiram do novo, o mal está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. Colossenses 3:10 (NVI). Estamos livres da condenação do pecado, da culpa, dos fantasmas do passado, dos "fiscais espirituais", enfim, livres para celebrarmos a vida. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36.
 
Solo Deo Glória.

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