sábado, 2 de março de 2013

JESUS, A VIDEIRA VERDADEIRA

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. João 15:1



Deus plantou uma videira segundo a carne, trazida do Egito: Trouxeste uma videira do Egito, expulsaste as nações e a plantaste. Dispuseste-lhe o terreno, ela deitou profundas raízes e encheu a terra. Salmo 80:8-9. Esta videira segundo a carne é Israel, que foi plantada aqui na terra; porém, Israel não é a videira verdadeira, a videira verdadeira é o nosso Senhor Jesus Cristo que veio do céu para ser esmagado aqui na terra, por cada um de nós. Quando as uvas amadurecem, devem ser colhidas e postas dentro de um tonel para serem pisadas até perderem a identidade própria. Deste processo surge o vinho, produto do sofrimento, que é usado pelos homens para se satisfazerem. Do mesmo modo o Senhor Jesus Cristo, ao ser pisado pelos homens, veio proporcionar vida que nos satisfaz inteiramente.
Um dos tipos de nossa redenção se encontra no Velho Testamento descrito em Êxodo: O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Êxodo 12:13. O sangue foi posto na verga e nas ombreiras das portas, enquanto que a carne do cordeiro era comida no interior da casa. E Deus disse: Vendo Eu sangue passarei por cima de vós. Deus requer que o Sangue seja apresentado com o fim de satisfazer a Sua própria justiça. O sangue era aspergido nas portas, de modo que os que se encontravam em festa dentro das casas não pudessem vê-lo. O sangue destina-se primeiramente a ser visto por Deus. Vendo Eu... O sangue é precioso para Deus.
A morte do nosso Senhor Jesus Cristo satisfez completamente a Deus. Deus está plenamente e inteiramente satisfeito com a redenção executada pelo nosso Senhor. Nele a justiça de Deus se cumpriu e foi manifesta ao mundo. Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. Romanos 3:24-26.

Portanto, para nos remir, e nos fazer regressar ao propósito de Deus, o Senhor Jesus nos recebeu em Seu corpo, e no Seu corpo; o maior inimigo do homem foi destruído, o seu próprio EU. E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. João 12:32. Não existe outra base pela qual o homem pode ser justificado fora da morte com Cristo. Crer que se pode ter comunhão com Deus sobre qualquer outro fundamento que não seja Cristo, somente Cristo, é tripudiar sobre a graça de Deus. Deus satisfez a si mesmo, e, sendo Deus, todo-suficiente em si mesmo, também tornou-se suficiente para nós em Cristo: Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Colossenses 2:9-10.

Nas igrejas encontramos três grupos de pessoas: O primeiro grupo tenta agradar a Deus e sua linguagem é: "eu preciso fazer a minha parte" "eu preciso melhorar, preciso fazer alguma coisa". Este grupo vive sob pressão o tempo todo. O segundo grupo, "os caçadores de bênçãos", buscam o Senhor para que Ele possa resolver seus problemas financeiros, suas dificuldades, enfim, o sucesso é o que interessa: "Síndrome da sanguessuga". A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá, Da...Provérbios 30:15. O terceiro grupo descobriu que "ainda que sofra ou esteja dentro de uma fornalha", " existe alguém ". Este grupo Descobriu a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Para aquele a quem Deus deu esta visão, visão da Pessoa de Cristo, pode assim expressar: Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre. Salmos 73:25-26. Não é "O Senhor é parcialmente minha porção", nem "O Senhor está em minha porção"; mas Ele mesmo reúne a soma total da herança da minha alma. Dentro da circunferência deste círculo encontra-se tudo o que possuímos ou desejamos. O Senhor é a minha porção. Não simplesmente sua graça, nem seu amor, nem sua aliança, mas o próprio Jeová. C.H. Spurgeon.

O Senhor Jesus preenche todo o universo e, assim, não há lugar algum para outro senhor; porque, se Ele reina em nossas vidas, não haverá espaço para outro poder reinante. Cristo será tudo ou nada. O ramo está diretamente ligado a videira, como o fruto ao ramo. Cada cacho de uvas esteve primeiramente na raiz, passou através do caule, flui através dos vasos condutores, e foi moldado externamente na fruta. Assim é para aquele que está intimamente ligado ao Senhor. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. João 15:5. Quando a seiva da graça flui do tronco para o ramo, e quando se percebe que o próprio tronco é sustentado pela mesma nutrição que alimenta o ramo, reconhecemos que de Deus procede o fruto. Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Eu te ouvirei e cuidarei de ti; sou como o cipreste verde; de mim procede o teu fruto. Oséias 14:8. Quando nascemos de novo, Cristo tornou-se a nossa terra que mana leite e mel. Cristo é a nossa herança e, nele, tudo já está pronto. Nós somos completos nele. Não precisamos cavar cisterna, pois Ele é o nosso manancial de águas vivas.

Estamos de posse plena e indiscutível da vida de ressureição e da justiça eterna. Deixamos a terra da morte e das trevas; fomos trazidos a Deus Mesmo. Quanto mais Cristo se revela em nós, tanto melhor compreenderemos que a nossa comida e a nossa bebida é fazer a Sua vontade. Não uma vontade imposta, como um peso insuportável às costas ou um jugo incômodo ao pescoço. O jugo foi "despedaçado", o fardo foi tirado para sempre pelo sangue da cruz, e ele avança "resgatado", "regenerado", e "desembaraçado". Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos. Filipenses 3:13-16. Assim como a flecha é lançada para o alvo impulsionada pela força do flecheiro, Cristo tanto é a força que nos impulsiona, como também o nosso alvo.
 
Soli Deo Glória.

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