domingo, 15 de julho de 2012

CRIAÇÃO, SALVAÇÃO, RECONCILIAÇÃO E VIDA COM DEUS

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas pelo qual também fez o universo.” Hb.11:1-2.
A Biblia, do inicio ao fim, possui uma única e importante incumbência que é: revelar a pessoa do Nosso Senhor Jesus Cristo ao homem. Nós, contudo, nascemos, vivemos e morremos tentando entender todos os por quês que surgem em nossas mentes, buscando em outras fontes as respostas desses questionamentos. Quem sou eu? De onde eu vim? Para onde vou? São perguntas que transitam pelo nosso intelecto, as quais muitas vezes procuramos responder apoiados na razão e na ciência. Adauto Lourenço – cientista cristão - conhecido como a voz do criacionismo científico no Brasil, em uma de suas ricas palestras, sobre o assunto, assim declarou: - “para se crer na ciência é preciso ter fé, pois, nada sobre a criação do ponto de vista da teoria da evolução está comprovado”.
“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” Hb.11:3.
“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber para aonde ia.” Hb.11:8. Isso aconteceu quando Abrão contava com setenta e cinco anos de idade: “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei;” Gn.12:1. Vinte quatro anos depois... “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.” Gn.17:1
Onde estava apoiada a fé de Abrão? Na palavra de Deus. Abrão estava apoiado no que Deus lhe havia dito. E creu.
O escritor aos hebreus, ratificando a nossa convicção de fé nos fatos os quais não vimos, e nem vamos ver, inicia sua carta dizendo: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas pelo qual também fez o universo.” Hb.1:1-2. Desta revelação, surgem pelo menos duas questões importantíssimas: Primeiramente, nos remete ao poder da palavra de Deus e, em segundo lugar, à constituição do herdeiro do Criador, que é seu Filho. Para ganharmos a dimensão do poder da palavra de Deus, vamos buscar na própria Palavra, quando da criação do mundo, que diz: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz.” Gn.1:3. E, no Antigo Testamento, Davi assim escreveu: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.” Sl.19:1-2. “Ele criou os céus e a terra ex-neil, isto é, do nada existente, mas os criou a partir do seu poder e em sua energia pré-existente.” Como muito bem nos ensina Glenio Fonseca Paranaguá em sua pregação do dia quatro de julho passado. Daí, o inicio de toda criação pelo poder da palavra de Deus a partir do nada existente.
Muitos são como Tomé, somente acreditam naquilo que vêem – na matéria – e chegam a duvidar da própria existência do Criador. Contudo, mesmo sem saberem, buscam sempre de alguma forma preencher o vazio interior produzido pela entronização do pecado no mundo e, pela separação que o pecado produziu entre nós e Deus.
Acerca deste assunto, Paulo, divinamente inspirado, em certa ocasião encontrando-se no Areópago em Atenas, falando aos idólatras e aproveitando a oportunidade aonde os gregos adoravam a muitos deuses e, encontrando dentre eles um altar que lhe chamou a atenção, disparou: “...Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.”At.17:22.b –24. E continuando Paulo a ensinar sobre a nossa dependência no Senhor e sobre qual é o lugar que Ele deve ocupar em nossas vidas, e, sobre a comprovação de Sua existência, conclui: “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns de vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” At.17:28.
Quanto a Jesus Cristo, o herdeiro, o unigênito que se tornou primogênito e nos deu vida, estando nós mortos em nossos delitos e pecados, sua missão não foi menos importante para o homem do que a da criação. Ou seja, do que adiantaria Deus ter criado o homem e o mundo para que nele o homem habitasse, se esse homem, tivesse seu destino certo de passar a eternidade no inferno, longe da presença de Deus?
Por que conhecer Jesus? Qual a diferença que Ele faz em nossas vidas? Por que buscarmos a face de Cristo? Continuamos atrás de respostas.
“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;” Rm5:10. É para a salvação e reconciliação.
E quem é Jesus Cristo?
Elohim, o Deus Trino, foi o criador dos céus e da terra, e em Cristo, também participante da obra da criação, tudo subsiste. “Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus, que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” Cl.1:18-20.
A justificação, pela fé, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, foi o resultado do sacrifício da morte de cruz em nosso favor. O combustível usado para a nossa salvação foi o amor. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rm.5:8
Assim, podemos entender, que tanto na criação do homem, como na reconciliação por meio de seu Filho Jesus Cristo, o que moveu o coração de Deus foi o seu infinito amor, não por merecimento, mas por graça. Como disse Pedro: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus...” At.15:11.a.
Então, amados irmãos, pudemos ver que temos todas as respostas que precisamos na revelação da Palavra de Deus, onde diz que: “Ele (Cristo) vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;” Ef.2:1-2 E, sendo Cristo obediente, cumpriu o propósito do Pai assim: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fl.2:8.
E para que não corramos o risco de dar ouvidos a outras fontes que não sejam do alto, e que talvez nos levem a falsas verdades, devemos observar com todo nosso coração as Escrituras. “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” Hb.12:1-2
Considerando sempre, a importância do amor de Deus em nossas vidas, e desejando levar sempre e por toda parte o morrer de Jesus para que a vida Dele se manifeste em nossos corpos. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo;” 2ªCo.10:5.
Que Deus em sua infinita graça nos ensine a viver sempre na Sua dependência. Essa é a nossa oração. Em nome de Jesus. Amém.

Solo Deo Glória.

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